É comemorado em todo o mundo no dia 21 de setembro o Dia do Doador de Medula Óssea. A data foi criada visando a conscientização da importância da doação de medula óssea ao redor do planeta. E, este ano no Brasil, essa conscientização é, mais do nunca, necessária.

Segundo dados do Registro de Doadores de Medula Óssea no Brasil (Redome), o número de doações caiu cerca de 30% nos 6 primeiros meses do ano, em relação ao mesmo período de 2019. A principal causa apontada para a diminuição das doações foi a pandemia do Novo Coronavírus, que afetou toda a cadeia de assistência de saúde no Brasil.

Mesmo com a decretação de quarentena e a proibição de diversos estabelecimentos, os hemocentros continuam abertos e realizando coletas. E claro, as medidas de segurança e prevenção contra o Coronavírus têm sido seguidas à risca: desde evitar aglomerações e a higienização frequente dos locais, até o uso de álcool gel pelos doadores e o respeito à distância mínima de 2 metros entre as pessoas.

Doadores no centro de coleta da Fundação Pró-Sangue Hemocentro São Paulo
(Foto: Agência Brasil/ Reprodução)

Medula óssea?

Localizada no interior dos ossos, a medula óssea contém as células-tronco, as responsáveis pela produção dos componentes do sangue, como as hemácias, os leucócitos e as plaquetas. Pessoas portadoras de doenças como leucemia, entre tantas outras, precisam muitas vezes de um transplante de medula óssea, que segundo o Hemocentro de Campinas, é um procedimento muito semelhante a uma transfusão sanguínea, e que ocorre após um tratamento que literalmente destrói a medula do próprio paciente para dar lugar à medula saudável. Em semanas, o material transplantado já estará produzindo novas e saudáveis células, e assim recompondo o tecido da medula.

Como e onde doar

Para ser doador de medula óssea é simples: é necessário ter entre 18 e 55 anos, estar em bom estado de saúde, não possuir nenhuma doença infecciosa ou incapacitante, câncer, doenças no sangue ou do sistema imunológico e estar munido com documento original com foto.

No hemocentro especializado em doação de medula óssea, será necessário preencher uma ficha de inscrição com algumas informações pessoas, e então será coletada uma pequena quantidade de sangue para a realização de um exame que identificará as características das células. Até aqui, a doação ainda não foi realizada, ok?

O resultado do exame e os dados pessoais serão então adicionados ao Redome e, caso o sistema encontre um paciente da lista de espera compatível, o hemocentro convocará o doador para a realização de novos exames. Novamente confirmada a compatibilidade e o bom estado de saúde do doador, aí siiim o procedimento de doação é marcado.

Aqui, em nossa região, não há hemocentro especializado em doação de medula óssea, portanto o mais recomendado é se deslocar a um dos hemocentros das cidades mais próximas – no nosso caso, Campinas -, e lá fazer o procedimento inicial acima explicado. Você pode conferir hemocentros em outras cidades nesta página do Redome.

(Foto: Getty Images – iStockphoto/ Reprodução)

Seja um herói ou heroína!

Atualmente, existe uma fila de espera de aproximadamente 850 pacientes aguardando o transplante de medula na modalidade de doação de não aparentados, aquela em que o doador não tem nenhum grau de parentesco com o receptor. A modalidade de doação de aparentado é quando o doador e o receptor são irmãos ou parentes próximos, geralmente os pais. Ainda segundo dados do Hemocentro de Campinas, estima-se que a chance de se encontrar um doador compatível seja de 1 em 100 de doadores aparentados e 1 em 100 mil não aparentados. Pois isso também que esse cadastro inicial já é tão importante!

Não esqueça que essa pequena ação fará a diferença para outro alguém. Previna-se, cuide de sua saúde e seja um verdadeiro herói na vida de uma outra pessoa. <3

Serviço

Posto Unicamp – Hemocentro

  • Endereço: Rua Carlos Chagas, nº 480, Cidade Universitária “Zeferino Vaz” – Barão Geraldo, Campinas
  • Horário de funcionamento:  Segunda a sábado, das 7h30 às 15h
  • Telefones: 0800 722 8432 /  (19) 3521-8705
  • Site

Com informações do Hemocentro da Unicamp, Agência Brasil e Inca


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