Luiz Carlos Cichini, professor de Língua Portuguesa há mais de 14 anos é uma das figuras mais interessantes de Santa Cruz do Rio Pardo, além de professor, escritor ele também é restaurador e coleciona mais de 300 imagens sacras em sua residência.

A história

O profissional conta que ganhou sua primeira imagem santa de sua avó, um anjinho. “Pouco tempo depois encontrei uma capelinha de Nossa Senhora Aparecida que pertencia a meu bisavó. Restaurei-a e a conservo até hoje. O desejo de iniciar uma coleção em si se iniciou em janeiro de 1997 quando comprei minha primeira imagem, São Sebastião. Daí em diante passei a adquirir imagens com frequência, o que se intensificou quando comecei a viajar para Aparecida todos os anos. Em uma única viagem cheguei a trazer 25 imagens para casa, de tamanhos variados”, relembra contando.

Profissional tem mais de 330 imagens em sua casa

O acervo

Atualmente, Luiz possui um acervo com 330 imagens, as quais variam de 5cm a 75cm, em materiais variados, como gesso, resina e madeira. Ao longo desses quase 25 anos de coleção mandou fazer armários expositores para acomodá-las e protegê-las. São seis armários, todos com portas de vidro, que acomodam as imagens de até 45cm, incluindo quatro presépios.

“As imagens maiores estão espalhadas pela casa. Além das imagens, possuo algumas relíquias de primeiro grau de santos da igreja católica, como Santa Paulina e o Papa João Paulo II”, mostra.

Professor, escritor e restaurador de imagens sacras

A restauração

Como realizou algumas mudanças de residência nos últimos anos, muitas imagens sofreram avarias, pois a grande maioria é de gesso. O profissional conta que até então sabia envelhecer a pintura, o que cobria as falhas. Porém, o resultado não era satisfatório.

“Ao visualizar as fotos das restaurações de amigas, como a Suzete Mendes e a Flávia Soares, ficava encantado com a técnica e tinha vontade de aprender, mas por conta de meus tremores nas mãos, acabei desistindo da ideia”, explica.

Depois que perdeu a mãe no final de 2020, em meio à busca de sentido causada pelo luto, interrompeu a produção de meu segundo livro por um tempo e entrou em contato com a Flávia pedindo algumas aulas de restauração.

“Ela me atendeu prontamente e em quatro encontros aprendi as principais técnicas e conheci os materiais necessários para a higienização, pintura e correção das partes faltantes. Eram encontros recheados de aprendizados e boas conversas. Dois meses depois, com todo o material comprado, iniciei a restauração de algumas peças minhas e algumas que haviam pertencido à minha mãe. O resultado final é muito satisfatório, e durante todo o processo de pintura conseguia me desligar de tudo, sem nem perceber a passagem das horas”, lembra.

A técnica que salva

Ao postar as fotos do “antes e depois” em suas redes sociais, recebeu muito incentivo para continuar.

“Hoje estou recebendo encomendas para restauração. Aos 36 anos aprendi a técnica que foi um divisor de águas em minha vida”, finaliza comemorando mais uma profissão.

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