Antonio Rodrigues de Souza, 80 anos, mais conhecido como B-12, se tornou um símbolo penapolense por sua autenticidade e alegria contagiante ao vender seu produto pelas ruas da cidade. 

Para quem não sabe, Antônio está vivo. Infelizmente, não executa mais suas funções de vendedor, pois, além da idade que tem, o Alzheimer deixa ele muito debilitado. Antes disso, sua fama chegou até nos jornais e revistas da cidade durante os anos 2000, momento possível de registro da sua trajetória e pôde contar um pouco de sua vitoriosa luta. Os moradores que vivenciaram essa época, não esquecem de como B-12 era animado, sempre gritando as propriedades das bananas pelas ruas em busca de conquistar mais seus clientes.

Como chegou em Penápolis

Por uma incrível coincidência do destino, nasceu no dia do trabalhador, 1º de maio, em uma casa coberta de palha à beira mar, um lugarzinho conhecido como Ingazeira no município de Maceió, Alagoas. Chegou em Penápolis em 1952, onde vive até hoje, porém, para chegar aqui sua trajetória foi muito longa. 

Começou a trabalhar com quatro anos para ajudar seus pais, capinando roça e auxiliando-os em uma propriedade em Maceió. Viveu no Nordeste até os dez anos. Entretanto, ambicioso por trabalho, saiu de lá com seus familiares e os 18 irmãos, sem rumo, pegaram um trem chegando em Caculé, BA. 

Passou por uma jornada de caminhada que durou três meses até Montes Claros, Minas Gerais. Lá, buscavam pessoas para trabalhar nas lavouras de algodão no interior de São Paulo. Decidido a vir para o sudeste, embarcou em um caminhão pau-de-arara que o levou até Luiziânia. Depois disso, ainda residiu três anos em Alto Alegre, chegando, finalmente, em Penápolis.

Jeitinho único de ser

Trabalhou em outros lugares até chegar na profissão de vendedor. Assim, se encantou com suas queridas vitaminas e iniciou sua rotina diária que se resumia em acordar bem cedo e sair empurrando o carrinho cheio de bananas maçãs. Seu chapéu de cangaceiro relembra sua terra natal, as sandálias de couro e seus apetrechos no pescoço complementam a figura que já fazia parte do cotidiano dos penapolenses.

Com sua alegria e entusiasmo, caminhava quilômetros vendendo e conquistando seus clientes dos benefícios da banana. Ainda dizia que não se pode viver sem a “vitamina”, pois esta era capaz de curar várias doenças. Ganhou seu apelido por falar que a banana possuía uma vitamina chamada B-12.

Homenagens

Não para por aí! Qualquer um que passava na rua, conhecia o B-12. Não tinha como não se encantar com aquela animação. Depois deste post, vieram vários comentários relembrando histórias e como ele foi marcante na vida dos penapolenses. Comentários como estes:

  • Saudades daquele tempo. Ele parava em frente a minha casa para dar uma banana pra um cachorro que o esperava feliz.
  • Não sei como está agora, mas pouco tempo atrás andava com seu carrinho, tipo charrete, puxado pela bicicleta. Todo enfeitado como uma festa junina e som. Além da esposa que sempre levava junto. Felizão que dava gosto!
  • Que figura! A B-12 curava tudo: gripe, resfriado, tétano…etc. Hoje até acabaria com a pandemia. Ele era patrimônio municipal.

E você lembra do B-12?  Já comprou alguma vitamina com ele? Conta aí para nós. Gostaria de saber!


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