19 de julho é o dia nacional de uma das maiores paixões brasileiras: o futebol. Esse dia foi escolhido por ser a data de fundação do primeiro time do Brasil, o Sport Clube Rio Grande, do Rio Grande do Sul. O time completa 119 anos em 2019 e foi criado apenas cinco anos após o esporte ter sido trazido para o país, em 1985, por Charles Miller.

O esporte que segrega

Apesar de ser considerado uma paixão nacional, será que todas as pessoas têm liberdade para jogá-lo livremente? Infelizmente não. O mundo do futebol ainda é um espaço restrito. Mesmo com o aumento do debate acerca do assunto, o esporte permanece sendo visto como uma atividade a ser praticada apenas por homens.

Marta, jogadora de futebol brasileira eleita cinco vezes a melhor do mundo, promove campanha pela igualdade no esporte

No ano de 2019 aconteceu a oitava edição da Copa do Mundo de Futebol Feminino. A competição ocorre de quatro em quatro anos, assim como na modalidade masculina. No entanto, a disputa realizada pelos homens já contou com sua 21ª edição. Enquanto a feminina teve início em 1991, a masculina teve seu primeiro jogo em 1928. 

O preconceito ainda é a maior barreira enfrentada pelas amantes da bola. A falta de visibilidade e a falta de patrocínios fazem com que um número enorme de meninas não sigam seus sonhos no mundo do esporte. O preconceito puro afasta aquelas que buscam um momento de diversão.

Iniciativas que fazem o bem

Algumas iniciativas têm tentado mudar a realidade dessas meninas. No dia 27 de junho na França, foi realizada uma partida com o objetivo de quebrar um recorde mundial. A proposta do grupo Equal Playing Field (“Campo de Jogo Igual” na tradução livre), era juntar o máximo de pessoas possível para realizarem a partida de futebol mais longa do mundo.

Para cumprir a façanha o grupo organizou o Festival de Futebol de Lyon, cidade da França que recebeu a semifinal da copa do mundo este ano. Embora não tenham conseguido juntar as 3000 pessoas que objetivavam, 807 jogadores compareceram ao festival. A maioria esmagadora dos atletas eram mulheres, de 54 países diferentes.

O recorde

O grupo conseguiu bater o recorde, jogando por 69 horas consecutivas. As regras eram um pouco diferentes das convencionais. Os times eram formados por cinco pessoas, sendo um goleiro e quatro jogadores na linha. O goleiro não podendo sair da área do gol e os demais jogadores impedidos de entrar, não importando se fossem de ataque ou defesa.

Além disso, a bola não podia ser chutada mais alto que o jogador em campo mais alto. Os jogadores podiam entrar em campo apenas uma vez, sendo obrigatória sua presença ali por no mínimo dez minutos e o tempo máximo seria aquele aguentassem ou quisessem. Tudo pensado para que o fair-play fosse o melhor possível.

Foto publicada no Instagram reúne parte dos participantes do Festival que contou com a presença desde meninas de 4 anos – que jogaram uma partida pela primeira vez – a idosas que mostraram força e vitalidade no campo.

Mulheres em campo

A partida teve início às 17 horas do dia 27 de junho e foi finalizada apenas no dia 1 de julho. Seu resultado final foi 404 a 369 para um dos times. Qual deles? Não importava! O objetivo era a diversão e o incentivo para que mais mulheres se sintam à vontade e possam jogar a modalidade.

 O lema do festival foi “Any girl, anywhere”, “qualquer garota, em qualquer lugar” na tradução livre. E assim foi, meninas e mulheres de todas as idades e de diferentes nacionalidades dividindo um campo pelo bem comum.


“Nós acreditamos que qualquer garota, em qualquer lugar tem o direito às mesmas oportunidades, igualdade e respeito. Nada mais, nada menos.”
Postagem do Equal Playing Field em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

As jogadoras brasileiras levaram para a torcida presente nas arquibancadas a música que foi tema da seleção brasileira na última copa. A música “Jogadeira”,  composta e cantada pelas atletas Cacau e Gabi Kivitz da seleção. A canção fala sobre a figura das mulheres no futebol e você pode assistir abaixo:

Fontes: Hypeness, Dibradoras, Tribuna do Ceará.



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