Desde o ano de 1909 que o dia 17 de maio amanhece, diríamos, mais tricolor aqui em Jundiaí. Isso porque neste dia, há 112 anos, nascia um dos mais tradicionais clubes do futebol paulista – e uma das paixões de todo o jundiaiense: o Paulista Futebol Clube! ???
Embora não seja todo mundo um fanático por futebol, no fim das contas, todos nós temos, no mínimo, alguma afinidade com algum time – seja o Santos, o Corinthians, PSG ou o Barcelona. E cá entre nós: ao menos para quem mora aqui na cidade e é jundiaiense raiz, por mais que tenha simpatia ou torça para um desses grandes clubes, o Galo de Jundiaí também tem um espacinho reservado como time do coração, não é mesmo? ??
Então vamos, neste dia tão especial, conhecer um pouco da história desse patrimônio jundiaiense e algumas de suas curiosidades! Bora lá? ?⚽
Paulista FC: para se orgulhar!
O Galo de Jundiaí foi fundado por funcionários da antiga Companhia Paulista de Estradas de Ferro em 1909. O Paulista sucedeu outro clube que existiu na cidade entre 1903 e 1908, o Jundiahy Foot Ball Club. Nos primeiros anos de sua existência, o Paulista concentrou as suas atividades em disputas internas entre os associados e alguns jogos amistosos contra outras equipes.
Em 1926, o time foi convidado para integrar a LAF (Liga dos Amadores de Futebol). Na liga, o time jundiaiense, disputou os campeonatos paulistas da divisão principal de 1926 até 1929, sendo o primeiro clube do interior a disputar de forma completa um campeonato na elite estadual. ? Com o fim da LAF, o Paulista concentrou suas atividades nos campeonatos municipais, e durante os anos 30 e 40 tornou-se o maior campeão da cidade.
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Em 1957, o Paulista inaugura o estádio Dr. Jayme Cintra, sua amada casa até os dias atuais. No ano de 1968 ele consegue seu primeiro acesso à divisão principal do futebol paulista após uma campanha inesquecível, quando conquistou o título de maneira invicta, sendo até hoje o único clube do estado a conseguir um acesso sem perder nenhum jogo. ??
Após ser rebaixado, conquistou o acesso novamente em 1984, desta vez sendo o vice-campeão, mas com uma goleada inesquecível no último jogo por 7 a 1 (esse número te lembra algo? ?) diante do VOCEM, de Assis, no estádio do Parque Antárctica em São Paulo. A permanência na elite desta vez não durou tanto, sendo rebaixado novamente em 1986.
Nome diferente, grandeza igual
E você sabia que o Paulista nem sempre manteve esse nome? ? Em 1998, o Galo fez a parceria e se associou com a Parmalat, mudando o seu nome para Etti Jundiaí. A mudança desagradou muitos torcedores, mas trouxe resultados imediatos em campo, com o time vencendo a Copa Estado de São Paulo (atual Copa Paulista) em 1999, o Campeonato Paulista da Série A2 e o Brasileiro da Série C, ambos em 2001.
No ano seguinte, a Parmalat anunciou a retirada de seus investimentos em futebol e o time passou por uma curta fase de transição, durante a qual se denominou Jundiaí Futebol Clube. Finalmente, um plebiscito entre os torcedores devolveu-lhe o nome de Paulista Futebol Clube. ?
Mesmo sem mais nenhum parceiro, o clube não deixou de conseguir resultados importantes, como o vice-campeonato Paulista de 2004, que lhe deu o direito de no ano seguinte disputar a Copa do Brasil. E em 2005 então veio a maior conquista da sua história: a Copa do Brasil, quando o Paulista venceu equipes tradicionais, todas elas da elite do futebol brasileiro na época. ?
Com a conquista, o time ganhou o direito de disputar a Copa Libertadores da América de 2006 e, apesar de ter sido eliminado na primeira fase, chegou a vencer o River Plate da Argentina no estádio Dr. Jayme Cintra. Entre os anos 2004 e 2006, foi considerada a época do auge do time da cidade.
E… Galo?
E muita gente tem curiosidade pra saber porque o mascote do nosso Paulista é um galo… ? A explicação é a seguinte: diz a lenda que, em uma partida realizada no antigo estádio da Vila Leme contra o Comercial, clube amador da década de 40, a torcida do Paulista atirou um galo para dentro do gramado enquanto o time vencia. A caça ao galo dentro de campo pelos rivais tornou-se histórica, e a torcida o adotou para sempre como mascote do clube. Um mascote o tanto inusitado, não? ??
Nos últimos tempos, ano após ano, o Galo tem vivido quase que um pesadelo sem fim, com dívidas milionárias e rebaixamentos recorrentes. Entretanto, como a torcida canta esperançosa em seu hino, “mas se a luta te enfraquece, a poder dos desenganos, a história não te esquece”, também nós, jundiaienses, torcedores ou não do Galo, esperamos que esse verdadeiro patrimônio da cidade se recupere e volte a brilhar dentro dos campos, tanto quanto brilha em sua história. ? Parabéns, Paulista! E avante! ⚽??
Fonte: Calendarr; Site Oficial Paulista FC; Página Oficial Paulista FC
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Gostaria que o nosso Paulista, o galo do Japi figurasse na elite do futebol paulista como aconteceu algumas vezes. Eu na minha infância no final dos anos 50 morando na capital, nas minhas férias escolares partia pra Jundiaí onde moravam meus tios e primos no bairro da Colonia. Dias de treinos do Paulista, eu e meu primo íamos assistir os treinos lá no Jaime Cintra, não só assistíamos mas também atuávamos como gandulas durante o bate bola. Me lembro a escalação do Paulista FC. Jogava assim: Andu, Mindo e Martinelli. Belé, Pé de Valsa e Jákson. Clive, Moacir, Silvano, Lero e Rodrigues. Moacir e Rodrigues eram veteranos que jogaram no Palmeiras que receberam passe livre, o mesmo acontecendo com Pé de Valsa que jogava no São Paulo. Tenho saudades daqueles tempos. O goleiro Andu viera da Portuguesa Santista, depois veio o Ciasca goleiro da Ponte Preta. O Paulista tinha um grande time. Em 73 fui trabalhar na extinta Vigorelli morei 7 anos, depois vim pra minha cidade natal Descalvado. Abraço a todos.