Feedback, em inglês, retroalimentação em português. Feedback significa ter a capacidade de dar ou receber críticas, elogios, sugestões de algo profissional ou pessoal, ou seja, se comunicar. O grande objetivo do feedback é melhorar o desempenho para atingir os objetivos.
A cultura de feedback foi o tema ligado à liderança com o pior resultado, segundo a pesquisa da FIA Employee Experience (FEEx), respondida anonimamente por 150 mil trabalhadores brasileiros de mais de 300 empresas em todo o país, entre agosto e setembro de 2020.
Alguns pontos da pesquisa
De acordo com reportagem do portal Uol, cerca de 20% dos trabalhadores brasileiros sentem que não recebem feedback suficiente. Cultura de feedback teve a pior avaliação entre todos os tópicos ligados à percepção do trabalhador sobre seu chefe.
O coordenador da pesquisa acredita que problema está ligado à cultura organizacional brasileira, que prefere promoções baseadas em conhecimento técnico.
O feedback sempre pareceu importante no mundo corporativo. Mas quando a pandemia da Covid-19 “bateu em nossa porta”, passou a ser essencial. Os líderes que tinham o comando diário dos colaboradores vendo de perto o que estava sendo feito mudou da noite para o dia, e a liderança precisou se adequar e vivenciar um novo cenário, e treinar ainda mais essa ferramenta tão poderosa.

André Fischer, professor da FIA, especialista em clima organizacional e um dos mentores intelectuais do Prêmio Lugares Incríveis para Trabalhar, afirma que “temos uma cultura que não vê com bons olhos qualquer tipo de avaliação”. “Somos [os brasileiros] mais coletivistas. ‘O grupo é mais importante do que minha posição pessoal’. ‘A minha relação com a equipe é mais importante do que meu papel de avaliador’.”
A comunicação, seja no mundo corporativo ou pessoal, é essencial para manter as boas relações, sem dramatização, sem vitimismo…
Você tem habilidade para dar feedback?
Para promover um bom feedback você precisa:
- Ser assertivo: passar a informação com clareza.
- Ser objetivo: ir direto ao ponto e de preferência levar por escrito para não se perder no raciocínio. Levar evidências também é sempre bom.
- Ser empático (e essa habilidade aqui, a pandemia nos ajudou “a força” a adquiri-la ??): Capacidade de entender como o outro se sente e se colocar em seu lugar.

Há dois tipos de feedbacks
- Feedback positivo: reforçar algo que está sendo feito de bom e que traz resultados positivos. Esse feedback pode até ser dado em uma reunião coletiva para mostrar os méritos, parabenizar e motivar o restante da equipe.
Aliás, você já ouviu a frase do filósofo Mario Sérgio Cortella que fala: “Elogie em público e corrija em particular. O sábio orienta sem ofender, e ensina sem humilhar”? Receber feedback positivo é bom demais, certo? Vamos praticar mais? - Feedback negativo: reforçar o que precisa ser melhorado devido aos impactos causados. Para muitas pessoas parece bem difícil dar um feedback negativo, e para outras é mais difícil ainda receber, mas é essencial. Se não for dito o que precisa melhorar, o colaborador não terá conhecimento. Ele pode até achar que não está no caminho certo, mas muitos não contestarão e a “obrigação” é do líder.
Aqui temos também algumas técnicas de feedback
- Auto avaliação: o colaborador avalia o seu próprio desempenho.
- Avaliação do líder: o líder avalia os seus colaboradores.
- Equipe de trabalho: a equipe se avalia, ou seja, todos podem avaliar o trabalho do outro sugerindo melhorias. Essa avaliação é muito legal para analisar o comportamento de algum membro especifico. Às vezes, um colaborador na equipe está fazendo algo que desagrada a todos.

- Avaliação 360 graus: todos aqueles diretamente ligados ao colaborador participam da avaliação, incluindo líder, colega de equipe, pares e em alguns casos até clientes e fornecedores. É uma avaliação que está sendo muito usada.
Analise o melhor tipo e técnicas e comece hoje mesmo a usar esta poderosa ferramenta na sua empresa, na sua vida, no seu dia a dia…
E aí, vamos começar?
Um abraço e até a próxima!
