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São 11 jogadores em campo. Dez correm atrás da bola, mas um deles corre da bola. Ou melhor, prefere que ela nem chegue na pequena área… e, se chegar, essa é função do goleiro: fechar o gol e afastar qualquer chance do adversário tirar da garganta do torcedor o grito mais esperado de qualquer partida.

Celso de Francesco tem 54 anos. Não é natural de Jaú, nasceu em Aparecida d’Oeste, interior de São Paulo, divisa com Mato Grosso do Sul.

“Sai de lá porque eu fui indicado, eu tinha uma certa altura, então eu vim fazer teste de goleiro”– pontua Celso.

A chegada na terrinha

Chegou aqui aos 14 anos, sem pai, sem mãe e com um sonho de fazer parte do elenco do XV de Jaú:

“na época que eu vim só tinha sub 20 o XV de Jaú, né? E eu fiquei praticamente um ano só pegando experiência. Ai depois no outro ano, de 1984 começaram a montar a base: sub 15, sub 17, que o XV de Jaú não tinha. A minha vinda para Jaú foi uma superação, eu vim de uma cidadezinha com cinco mil habitantes, sem conhecer nada, já é uma superação ficar longe pai, da mãe…já não era fácil naquela época. Meu pai me viu jogar só duas vezes.”

Celsinho com o pai, esposa e filho- acervo pessoal.

DIVIDINDO HOLOFOTES COM O CRAQUE NETO

Celsinho não lembra quantas defesas fez, mas a mais recente tem um sabor especial.  É que no ano de 1990 ele tomou um gol jogando pelo XV de Jau, contra o Corinthians em partida válida pelo campeonato paulista, foi na gaveta, do craque neto. E quase 30 anos depois, em 2019, na reinauguração dos refletores do Estádio Zezinho Magalhães, em um jogo do master, Celso defendeu a bola que já tinha o endereço certo. Ele defendeu, nada mais nada menos, do que uma cobrança de falta do próprio craque neto, no mesmo estilo.

“imagina um Pacaembu lotado, eu com apenas 20 anos de idade e o XV tomou o gol com seis minutos de jogo e o estádio inteiro chamando de frangueiro. Mas foi de falta, na gaveta… não tinha como.”

E ele acrescenta: “quando o corinthians veio aqui no master, eu peguei uma falta do Neto e está em tudo quanto é site e jornal. No vestiário, no dia, ele foi me abraçar e conversar comigo e falar que eu tinha dado o troco nele, que ele achou que eu não fosse pegar.”

VIDA DE GOLEIRO

Celso esteve presente na primeira conquista da base do XV de Jaú, o Campeonato Paulista sub-17, no mesmo ano em que foi para o Japão.

“Em 1983 nós fomos vice-campeões paulista de sub20, júnior…só que eu era terceiro goleiro porque eu era novinho. Ai em 1985 foi o primeiro título importante do XV, que foi o de Campeão Paulista sub 17, foi uma hexagonal final, só com time bom, Ponte Preta, Guarani, XV, Palmeiras, Juventus e Portuguesa… e nós ficamos campeões nesse ano”;

Conexão Jaú – Japão

Esse ano foi mesmo especial. Junto com outros jovens, Celsinho viveu momentos inesquecíveis do outro lado do Mundo.

“Ainda em 1985, antes do paulista nós fomos pro Japão, foi uma equipe até 17 anos. Nós ficamos lá mais de 30 dias, andamos no Japão inteiro. Eram amistosos da cidade. Nós ganhamos 12 jogos e empatamos um, não perdemos nenhum jogo, ai depois nós voltamos e a base desse time foi campeã paulista.”

Time Sub-17 do XV de Jaú campeão paulista da época – acervo pessoal.

GRATIDÃO AO CLUBE

Apesar da vida agora ser outra e os negócios estarem voltados ao ramo alimentício, Celsinho mantém viva as amizades do passado e gratidão ao clube.

“O XV me deu estudo, XV me dava uma ajuda de custo e eu me formei em Educação Física na Barra Bonita. Tem muita gente que não sabe isso, mas eu tinha 50% do curso. Foi um sacrifício mas eu consegui me formar, mas antes dos 21 eu estava formado professor de educação física. Quando eu comecei profissional eu já era professor.”

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