Foz do Iguaçu é a segunda maior colônia árabe do Brasil. Houve uma grande imigração entre 1986 e 1996. O resultado foi um dos maiores centros comerciais do mundo. Logicamente, um povo tanta relevância trouxe fortes raízes culturais, tanto que foi construída uma Mesquita. O Ramadã é uma das provas dessas raízes. Neste ano, acontece durante maio, a partir do dia 5, acabando no dia 4 de julho.
A tradição
Durante o período do Ramadã, o povo muçulmano pratica um ritual de jejum (suam). A fé passa por renovações, a caridade e os valores são intensamente vividos. Durante o Ramadã, o crente aproxima-se mais dos preceitos sacros, lê com maior ênfase o Alcorão e torna mais frequentes as visitas à mesquita.
Como o calendário islâmico é lunar, não pode ser comemorado na sempre mesma data, mas a duração, que beira um mês, não se altera. É um ritual obrigatório para os muçulmanos que atingem a puberdade. Sua importância é tanta que simboliza a o começo da vida adulta. Porém, o Ramadã não é obrigatório para quem tenha qualquer incapacidade de jejuar, por exemplo, se a mulher está grávida. No caso de quebra do ritual, deve-se fazer jejum por 60 dias consecutivos.
O Ramadã é praticado durante o todos os dias do mês, começando na alvorada e terminando no entardecer. São realizadas cinco orações por dia (sala) e é recitado o Taraweeh, uma oração especial feita à noite.
O crente deve se manter longe de coisas imorais, visto que o Ramadã é uma prática que envolve a doutrina e disciplina moral e do espírito. O ritual não se refere unicamente à abstinência da bebida e da comida, mas também dos maus atos e pensamentos. O jejuador precisa ser condescendente caso seja alvo de insulto ou agressão, evitando obscenidades.
Se você se interessou pela cultura de Ramadã, pode visitar a Mesquita Omar Ibn Al-Khatab e também outros templos religiosos da cidade, como mostramos no nosso post Roteiro Solutudo: onde fazer turismo religioso.
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