Vocês já ouviram falar do Caminho da Fé?

O Caminho da Fé aqui no Brasil foi inspirado no milenar Caminho de Santiago de Compostela, lá na Espanha. Aqui no Brasil, ele foi criado para dar estrutura às pessoas que buscam fazer peregrinação para o Santuário Nacional de Aparecida. Religiosidade a parte, percorrer esse Caminho de Fé, proporciona muitos aprendizados. Além de contar com necessários pontos de apoio e infraestrutura durante o percurso, o peregrino, tem vários insigths.

O caminho proporciona para quem o percorre momentos de reflexão de fé, saúde física, mental e psicológica além de interação com a natureza. Seguindo o caminho, o peregrino vai reforçando sua fé, observando a  natureza, superando as dificuldades do Caminho, que é a síntese da Própria Vida.  O Caminho da Fé pode ser feito à pé ou de bike. 

Dito isso, trazemos a história de uma Avareense que resolveu percorrer esse Caminho. Conheçam Maria Luisa Borges, 56 anos. 

Pois é minha gente, ela percorreu 318 Km o Caminho da Fé, a pé.  A Maria Luisa é de Avaré, podóloga e nunca tinha feito algo parecido antes.

Juntamente com sua filha Ana Luisa Borges de Araujo, 12 anos, começou a madurar a ideia em outubro de 2019, enquanto frequentava a academia e lá tinham esse projeto.

O que a atraiu? “Além da religiosidade, foi também a questão do físico, do turismo e do propósito”, ela nos contou.

A partir daí ela começou a se preparar. Acordava cedo e fazia caminhadas longas, alimentava-se melhor e treinava aos finais de semana. Afinal ela havia decidido partir em agosto de 2020.

Aí veio a pandemia do Coronavírus e precisou adiar seus planos. Mas o desejo de percorrer o Caminho da Fé ainda estava ali, bem vivo.

Assim, Maria começou a procurar grupos que fizessem o Caminho, encontrando um em Jundiaí, SP que era bem diversificado, com pessoas do Rio de Janeiro e de São Paulo também. 

No dia 13 de fevereiro de 2021, Maria Luisa saiu de Avaré e foi até Águas de Prata, SP, localizado a 238 KM de São Paulo. Lá que encontrou seu grupo e partiram rumo ao Santuário Nacional de Aparecida. Haja fôlego.

O grupo acordava todos os dias às 4h 30, tomando café reforçado às 5h e saíam para a Caminhada. Andavam cerca de 25 KM por dia, e ao final do dia chegavam nos hotéis ou hospedagem que são pontos de descanso já estabelecidos e pré reservados. “tomava um banho, jantava e já ia descansar” nos contou Maria Luisa. 

318 KM percorridos de muita serra, subidas, descidas, estradas. Contavam com apoio de uma caminhonete que os acompanhavam e levava água e lanches. Contando com ela, o grupo contava com 14 pessoas, porém no meio do caminho uma mulher se juntou a eles, pois não estava conseguindo fazer sozinha e assim precisava de apoio. 

A maioria do grupo tinham mais de 50 anos, somente sua filha, Ana Luisa, com 12 anos, que rapidamente foi considerada a Mascote do grupo. 

Para Maria Luisa, o maior desafio que encontrou, foi a Porteira dos Céus, durante o percurso. Fazendo jus ao nome, é uma serra de 7 Km de subida íngreme. “O nome da serra é esse, porque o pessoal fala que não pode erguer o braço, senão Jesus te leva” brinca Maria Luisa. 

O maior propósito para Maria foi essa caminhada ter a experiência de um retiro pessoal e espiritual. 

Foram 15 dias de Caminhada, saindo na data 12 de fevereiro de 2021 e chegando dia 26 de fevereiro. Para ela, foi um dos momentos mais emocionantes, a chegada.

“Momento que a gente fala: eu venci, eu cheguei, eu consegui” 

Maria Luisa ainda descreve sua experiência como fantástica:

“ O Caminho escolhe a gente, simboliza que você pode fazer, por fé, independente da crença”  

E Maria não pára, ela nos contou que pretende em 2022 fazer o Caminho da fé novamente, com sua filha, pois traz um sentimento de gratidão em viver, em estar vivenciando o momento, e podendo cada dia se levantar com propósito e melhorar. 

Estamos na torcida Maria Luisa. 

Fontes: entrevista Maria Luisa Borges

Caminho da Fé site

Avalie este conteúdo

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, deixe o seu comentário
Por favor insira o seu nome aqui