Além das dores físicas, o ex-militar americano precisou superar, inclusive, as emocionais. Após quase 10 anos em missão no Iraque, uma explosão que poderia ter acabado com a sua vida, provoca uma mudança gigante.

Depois daquela madrugada, em 2004, Dan Nevins nunca mais seria o mesmo. Uma bomba estourou sob o veículo em que ele estava, atingindo também um companheiro e o chefe do pelotão em que atuava. Dan tinha perdido as pernas.

O ex-militar passou por 36 cirurgias e viveu as cicatrizes invisíveis da guerra. “Eu costumava pensar: o que um cara pode fazer sem as pernas? e em minha mente a resposta era nada.”

A cura onde menos esperava

Amigos de verdade surgem em todos os momentos da vida, principalmente, nos ruins. E foi assim com Nevins. Uma de suas amigas – que é instrutora de Ioga – ao observar seu comportamento de desânimo perante a vida, decidiu convidá-lo para realizar três aulas. Na época, ele riu sobre o assunto e tratou com desdém, mas acabou por ceder ao convite.

Na primeira aula, sentiu dores devido à prótese, que tinha acabado de recolocar após a última cirurgia. A prática o frustrou. Mesmo assim, cumpriu a promessa que fez para sua amiga e compareceu de novo ao Ioga. Ele sabia que em algum momento, precisaria resolver sua dor.

Então, na aula seguinte, tirou as próteses e enquanto realizava um movimento solicitado (que requer apoio do corpo com as mãos), algo mudou dentro dele.

 “Eu me senti com dois metros e meio altura e mais poderoso do que jamais havia me sentido. Eu me senti vivo. Era meu corpo que estava tendo uma reação naquele momento”, explicou.

Nos dias de hoje, Nevins percorre o mundo oferecendo aulas de Ioga, não apenas para veteranos de guerra como ele.

Foto: Reprodução/BBC News Brasil

Quando um amigo persiste em nós

Para o ex-militar, através do Ioga foi possível encontrar paz de espírito e força para superar o próprio sofrimento. “A prática em conjunto com meditação e busca por autoconhecimento, me ajudou a ver como os traumas estavam comandando a minha vida”, explicou.

Por sorte ou talvez obra do destino, a vida enviou para Nevins alguém que recomendou a prática da atividade em sua rotina, e isso fez toda a diferença.

Não ignorar um amigo ao perceber a sua dor é a chave para transformar comportamentos e vidas. O que você tem feito para ajudar quem sofre?

Fonte: BBC News | Brasil


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