Hoje, dia 22 de novembro, é celebrado o Dia do Músico. A data não foi escolhida a toa, pois hoje também é o Dia de Santa Cecília, a santa padroeira dos músicos.
Nascida em Roma no século III, a jovem participava das missas do Papa Urbano I e era bastante devota. Contudo, um dia foi prometida por seu pai para se casar com Valeriano, um homem pagão (ou seja, não-cristão).
Após o casamento, Cecília recusou-se a perder a castidade e para isso, cantou para seu esposo. O seu canto foi tão emocionante para Valeriano que este decidiu se converter ao cristianismo e sair da vida pagã.
Mais tarde, Cecília enfrentaria a corte romana e seria torturada a fim de renunciar a sua fé. Entretanto, quanto mais lhe submetiam aos sofrimentos, mais ela cantava a Deus. Passados alguns dias, a Santa foi decapitada.
Sua festa se comemora desde o século V, mas somente em 1594 ela foi nomeada padroeira da música pelo papa Gregório XIII.
Mitologia Grega
Já na versão grega da história, os deuses pediram para que Zeus criasse divindades que pudessem cantar em celebração às vitórias contra os Titãs.
Atendendo aos pedidos, Zeus criou 9 entidades, que foram chamadas de “Musas”. Aliás, é esta a origem da palavra música.
Entre suas novas criações, estava a musa da música, Euterpe. Ela formou um par com Apolo, deus do Sol, e juntos louvaram as vitórias dos outros deuses.
Educadores musicais de Marília
Ensinar música não é uma tarefa fácil. Cada instrumento possui sua particularidade e suas dificuldades, mas com a ajuda deles, tudo facilita: os educadores musicais.
Flávio Marcondes tem 41 anos, é pianista, tecladista e educador musical. Sua paixão começou cedo, aos 12 anos. “Após a conclusão do curso de Direito, eu percebi que poderia trabalhar com o que realmente me identifico. Aos poucos a música foi preenchendo os meus dias e hoje me dedico exclusivamente a essa linda profissão“.
Com influências passando pelo rock como Deep Purple e Rush, até as brasilidades Lô Borges, Tom Jobim, Gilberto Gil e Milton Nascimento, o educador trata a arte como prazer e terapia, mas também como sentido de vida. Ele conta que certa vez estava tocando em uma cerimônia de casamento quando recebeu a notícia de que seu filho havia nascido. Isso para todos foi “muito emocionante, as músicas que executamos, a alegria da equipe e o sentimento de ser pai“.
Já Robert Martins tem uma “pegada” mais erudita e utiliza a música como forma de linguagem, para se expressar. Também começou cedo, com 12 anos e com 32 vive da arte. Para ele, o melhor que a música pode propiciar em sua vida é ver seus alunos se destacando em âmbito nacional e internacional.
Outra educadora musical que também está no âmbito erudito, é Carla da Silva Tegana, de 23 anos. Violinista, ela se interessou por essa carreira quando adolescente, ao iniciar os estudos do instrumento.
Seu maior desafio foi a fase em que estudou no Conservatório de Tatuí, pois “continuei morando em Marília e fazia bate e volta toda segunda para estudar música em Tatuí. Na época, eu estava no último ano do ensino médio, foi bem difícil conciliar com os estudos musicais e viagens de madrugada”. Suas primeiras inspirações refletem em sua profissão: eram seus professores.
Para Júnior Matos, guitarrista, professor de música e afinador de pianos, um dos maiores desafios do educador musical é a falta de motivação de familiares que não conhecem a fundo esta profissão e as eventuais frustrações e incertezas que aparecem ao se trabalhar com a arte.
Influenciado por Eddie Van Halen, Joe Pass, Wes Montgomery e Helio Delmiro, Júnior olha para o passado e para o presente com muito carinho: “não consigo lembrar de somente um momento marcante, são vários. Mas na minha primeira viagem profissional com uma banda nos anos 90, eu parei e pensei ‘nossa, estou vivendo de música. Não acredito!’. Aquilo foi muito bom, pois vim de uma família que ninguém tocava e que para viver tinha que ralar em trabalhos pesados”.
O rockeiro Luiz Gustavo Napoleone, de 37 anos, é músico e educador musical. Aos 14 anos começou com os considerados “clássicos”, Led Zeppelin, Queen e Deep Purple. Depois foi para São Paulo para estudar, onde diz que abriu muito a sua mente e hoje em dia aprecia qualquer música boa e leva como influência para a vida.
Segundo o músico, a arte o tornou uma pessoa mais sensível, além de ser o seu sustento há 23 anos. “É o que paga minha casa própria e meu carro”. Mas ele entende as complicações da profissão ao dizer que “o maior desafio é acordar e viver de música no Brasil. É um leão por dia!”.
E para quem está começando?
Para Flávio, o jovem estudante que quer seguir carreira na música deve acreditar em si mesmo: “escute todo tipo de música, dê o seu melhor, experimente tocar com diversos grupos e formações, adquirindo a prática em conjunto para acompanhar e improvisar”.
Carla reforça para não desanimar com os comentários de que é difícil viver de música no Brasil, mas para a violinista “se você tiver amor e foco, tudo fica mais fácil”. Luiz concorda com Carla, pois diz que a dica é “ser APAIXONADO pela música. Assim, as dificuldades se tornarão amenas e o estudante conseguirá apreciar melhor os prazeres desta profissão”.
Tanto Robert quanto Carla, Flávio e Luiz repetiram a dica: muito estudo, dedicação e disciplina. “Independente do aluno estar em uma boa escola ou se possui um bom professor, ele deve se esforçar, pois só assim terá bons resultados e estes que irão fazer diferença no mercado de trabalho”, completou Júnior.
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Parabéns a todos os músicos, em especial aí meu querido Flávio Marcondes
Eles alegram nossa vida…
Parabéns Nathalia!
Mais uma bela matéria!