Ao nascermos somos preparados para enfrentar o mundo. Mas, se estivermos mais fortes, a situação torna-se ainda melhor. Esse é o caso da amamentação que é tão importante em nossas vidas desde o nascimento. O único alimento que é permitido para o bebê é o leite materno, por isso, ele se torna tão necessário. Agora imagine poder amamentar o próprio filho e ajudar a alimentar o filho de até mais dez mamães. Que dádiva, não é mesmo?
A Maria Victoria Fontenele Ortega, mãe da pequena Helena, é doadora de leite materno há três meses.
“Quando eu sai do hospital, eu tinha muito leite e minha filha não estava conseguindo se alimentar com tudo. Eu resolvi doar por indicação da minha vó paterna, por que antes eu não sabia o que fazer e acabava jogando fora”, conta Maria Victoria.
As mães de leite como são conhecidas às doadoras ajudam a alimentar os recém-nascidos que estão na UTI neonatal do Hospital Regional de Presidente Prudente “Dr. Domingos Leonardo Cerávolo”. De três em três horas, eles despertam chorando, pedindo o leite materno. Para alimentar os bebês são necessários mais de nove litros de leite, e acredite, grande parte do leite consumido vem da doação de mães de toda região para o Banco de Leite Humano de Presidente Prudente.
Para incentivar o aumento no número de doadoras, o HR aderiu a Campanha Agosto Dourado, que tem como tema “Empoderar mães e pais para favorecer a amamentação”. Além disso, são realizadas palestras durante todos os dias com profissionais que auxiliam e tiram dúvidas sobre o aleitamento materno, orientando as mães sobre o processo de amamentação e doação do leite.
Segundo a coordenadora do Banco de Leite, Adriana Trevisan Monteiro, o leite materno é considerado o alimento “Padrão Ouro”.
“Ele tem fatores protetores imunológicos, que favorecem a proteção contra infecções pulmonares e gastrointestinais, além de diminuir o risco de mortalidade infantil, contém também substâncias anti-inflamatórias, e ativa melhor o desenvolvimento cerebral, além de favorecer o vínculo mãe e filho”, conta Adriana.
E não pense que só os bebês é quem são beneficiados nesse processo natural, ao amamentar as mamães também passam por processo de readaptação. “Para as mães, o corpo emagrece mais rápido, pois existe um alto gasto calórico na amamentação que previne o Câncer de Mama e, o leite já está pronto na temperatura certa, não precisa preparar no fogão, e claro, não tem o gasto financeiro”, afirma ela.
Ainda segundo Adriana, atualmente 62 mulheres doam parte do leite aos Hospitais Regional, Estadual, Yamada e Nossa Senhora das Graças, mas esse número ainda não é suficiente para atender toda a demanda. A Maria Victoria, que você conheceu no início dessa reportagem vive incentivando as amigas a doarem.
“As pessoas me parabenizam por estar doando, e eu penso que para doar é importante não se importar com que os outros dizem, e sim pensar que você está salvando muitas vidas”, finaliza.
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