Ourinhos é a cidade do agronegócio. São diversas produções agrícolas realizadas na cidade e há empresa que processa os alimentos para chegarem com qualidade aos supermercados e, consequentemente, na mesa dos ourinhenses.

Um destes produtos do agro é o café. E a safra deste produto é algo bem delicado e específico. A planta demora de dois a três e meio para dar os primeiros frutos, algo que depende da forma de irrigação, os produtos utilizados no solo, adubação e o manejo das lavouras durante todo o processo.

Você imaginava que o fruto era vermelho?

O interessante é que o café precisa ficar “adormecido” durante os meses de frio, o mais comum é de maio a agosto, e com a primeira chuva começar a florescer. As flores serão as responsáveis por uma nova safra, depois vem as rosetas que dão espaço aos chumbinhos e, por fim, se transformam em frutos maduros em fevereiro, março, abril e maio.

É um ciclo anual com árvore bianual, isto significa que a safra produz muito durante um ano e no outro se preserva. Portanto, o café ourinhense pode vir de qualquer lugar do Brasil. E a escolha de qual safra será processada na cidade, porque em Ourinhos tem a empresa Jaguari, depende de algumas qualidades.

Qualidades que estão relacionadas ao tipo de produto a ser vendido. Cafés mais baratos são os que possuem mais defeitos, café de boa qualidade são os de padrão e especiais com um valor agregado.

“A qualidade do Café está ligada diretamente no perfil da bebida a qual ele apresentará na prova de xícara, chamado cupping. Os defeitos, leia-se grãos ardidos, verdes, pretos, granados e chochos, também implicam na qualidade, mas não na bebida final, tendo em vista que são coisas diferentes”, explica Bruno Labs, provador, classificador e comprador de café do Jaguari.

Por exemplo, este café da cidade é produzido de acordo com a classificação de preço mais baixo com mais defeitos em seus grãos-sem perder qualidade. E possui outros com uma bebida mais limpa e menos defeito, bem como produção de cápsulas para máquinas com um café mais selecionado naturalmente adocicado. Ao fim, todos são diferentes em notas sensoriais e ponto de torra.

Maquinário do Jaguari. Foto: Assessoria

Com o café escolhido, o produto chega até a indústria a granel ou em big bags. Eles vão para área de produção de acordo com a necessidade do setor, mas antes eles passam por uma etapa de pré-limpeza para eliminar impurezas, como pedras, paus, cascas, etc.

“Estando dentro dos silos da fábrica (são cinco dentro da fábrica), os mesmos vão sendo “puxados” pelo torrados assim que selecionados pelo nosso funcionário. Isto é, realizamos torras separadas para cada produto. E por torra, conseguimos torrar até 420 kg de café”, conta Bruno.

Finalizada a torra, o café vai para os moinhos de rolo para ser moído, curioso que dependendo do café o pó altera a sua espessura. Em seguida, fica armazenado nos silos por oito horas antes de ser embalado.

“Temos empacotadeiras que empacotam com Nitrogênio ou a vácuo. O processo parece simples, mas é bastante complexo desde a escolha do café a ser comprado, ponto de torra a ser utilizado, granulometria do pó, etc. Cada etapa muda a bebida final”, adverte o classificador.

Quase no fim do processo, o café passa por um laboratório para que sejam realizadas análises que comprovem o padrão de qualidade do produto. Por último, o café é embalado e estocado em depósitos dos agentes de venda para serem comercializados para padarias, cafeterias e supermercados.

O ourinhense também pode comprar o grão, caso tenha máquina em casa.

E é neste momento que a população ourinhense entra em cena. O café é algo do dia a dia das pessoas, está presente no café da manhã e da tarde. É um alimento que não pode faltar na mesa e nos proporciona energia para encarar os obstáculos da vida. Com toda certeza, as vendas de café na cidade é um ponto forte para a economia local.

Flávio Roberto Massoni, propagandista de medicamentos, é um cidadão de Ourinhos que não deixa de comprar o seu cafezinho. Ele conta que este hábito veio com os avós, desde criança, quando tomava café com leite. Época que gostava muito do café solúvel.

“O melhor café se diferencia pela época, ora mais fraco, ora mais forte, mas sempre com sabor e amora marcantes”, opina Flávio. O mais legal é que ele afirma tomar café desde o momento que acorda.

O expresso é o modo mais popular para degustar de um bom café.

Em sua casa, no fim de tarde dos finais de semana é certeza de sentir o cheirinho do café. “Particularmente, gosto bastante do café ourinhense e não falta na nossa mesa”, exalta o cidadão.

Maria Edilza dos Santos, barista, é outra ourinhense que não vive sem um café. Aprendeu desde muito nova com sua mãe a ingerir esta bebida, ela preparava todo dia de manhã no sítio e fazia o pingado com o leite tirado da mama da vaca, fresquinho ao amanhecer.

“Foi o cheiro forte do café que me despertou a curiosidade. A minha família toda pegou este costume. E o café de Ourinhos, para mim, são bem diferentes nos sabores, mas o tradicional é o que mais me cativa”, assume Maria.

Café gelado é outra forma de ingerir a bebida que caiu no gosto dos mais jovens.

Para finalizar, Natália Santana, atendente de cafeteria, explica que as pessoas preferem o sabor do café coado na hora. “É a bebida que mais vendemos diariamente. O ourinhense não fica sem o cafezinho do dia a dia”, finaliza.


E aí, o café também não pode faltar em sua mesa? Conte para nós suas lembranças relacionadas ao café!


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