Lá no passado de Ourinhos, no dia 15 de fevereiro de 1941, o jornal A Voz do Povo divulgou a chegada da família de Archipo Matachana. Comerciante proprietário da famosa Casa Matachana. Durante os 30 anos que se estende pela frente, ele sempre foi visto na varanda da sua casa em uma cadeira de balanço.

Já não se preocupava mais com a loja, seus filhos, Fausto, Alberto e Paulo, eram os administradores desde 1939 quando se aposentou. Basicamente trabalhou por 40 anos até se permitir viver livremente sem compromissos.

Ele nasceu em 1879 em Valladolid, na Espanha. De acordo com um de seus filhos, o Alberto, o pai chegou em Ourinhos em 1905 depois de ter vivido uma parte de sua vida como confeiteiro. Aí em terras de ouro, instalou a loja Secos e Molhados e a Casa Matachana.

Em paralelo, tinha seus negócios de madeira, algo que também foi continuado pelos seus filhos. Depois de um tempo, cada um criou o seu próprio comércio. Alberto inaugurou a famosa Casa Alberto na Rua Nove de Julho, uma loja luxuosa que durou por 20 anos. O Faustou continuou na Antônio Prado. E Paulo foi para a Avenida Jacintho Sá com a Feira de Calçados.

O curioso é que Archipo ainda teve algumas filhas, a Gaudência, Luísa, Esperança, Maria, Mercedes e Alzira. Sua morte foi em 1968.


Outra pessoa que vale relembrar é o Miguel Cury, um libanês que nasceu em Kfeir. Cristão ortodoxo sem habilitações profissões para vir ao Brasil em 1905, mas era jovem corajoso. Começou a vida em outro país como sapateiro na Praça Mello Peixoto. Durou bastante tempo, inclusive seu filho, Esperidião, sempre se lembra do pai com muito orgulho.

Miguel se casou com Benedita, filha do comerciando de Secos e Molhados, o José Fernandes Grillo, outra peça importante da economia ourinhense. Em 1924, conseguiu a concessão da Chevrolet. A loja ficava na praça, ao lado da sua residência.

Cury teve nove filhos que expandiram as atividades do pai. Foram proprietários da companhia de ônibus Ourinhos-Assis. Esperidião foi o primeiro prefeito de Ourinhos nascido no município. Foi batizado na Igreja Velha pelo Padre David Corso. E ele define seu pai como homem ativo e que se destacou como um dos fundadores do Ourinhense.

Nunca quis saber de política e voltou para o Líbano 60 anos depois, mas voltou para Ourinhos convencido de que seria brasileiro. Sua morte foi em 1975.

Fonte: “Ourinhos-Memórias de uma Cidade Paulista” – Jefferson Del Rios (livro)


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