Foi através do filme “Exit Through The Gift Shop” que, ainda na adolescência, o grafitti entrou na vida do design gráfico e serígrafo Jean Fernandes, 27 anos.
Ele achou interessante a ideia sobre intervenção artística nos ambientes urbanos das cidades. “Empolgado acabei conversando com um amigo (Eduardo Cruz) que tinha latas de spray. Sendo assim, com essas latas eu fazia lambe-lambes, stencil e algumas pichações”, revela.
Jean desenha desde criança, quando costumava rabiscar personagens no papel e desenvolver colagens. As técnicas foram evoluindo para camisetas pintadas à mão, e outras técnicas. Atualmente o artista se dedica à arte digital.
“Gosto da ideia de impactar por meio da arte. Enfim, fazer a pessoa refletir pelo menos um segundo durante o dia corrido que vive”, comenta.
A preferência do artista é pelo trabalho com letras no estilo wildstyle, bomb além das transições de cores. “Certamente uma das minhas paixões é a natureza. Então tento trazer elementos como flores, animais ou insetos para meus graffitis”.
Apesar de ter bastante trabalho pela cidade, Fernandes revela que não desenvolve murais com a frequência que gostaria. “Não consigo viver sem, utilizo como uma válvula de escape aonde tenho todo o tempo do mundo para transmitir uma mensagem. Atualmente estou me dedicando bastante na arte digital, e continuo produzindo telas, desenhos e camisetas”, diz.
Faltam incentivos e oportunidades
O grafiteiro relata que faltam oportunidades para desenvolver trabalhos com incentivo e apoio. “Sinto que falta oportunidades para o artistas na cidade. Sinto falta de editais que nos contemple, vivemos em uma cidade rica nesse seguimento. Existem artistas excelentes aqui, e atualmente a cidade contempla artistas de fora e não valoriza os que já existem aqui”, posiciona.
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