As vezes o corpo soletra palavras que nenhuma voz consegue gritar.
Rio de Janeiro, 1948. Mercedes Ignácia da Silva é admitida como bailarina profissional no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
Ela é considerada a primeira bailarina negra do RJ, além de ser a precursora da dança afro-brasileira. Uma figura com uma grande importância história que não tem tantos holofotes.
Após reconhecer-se como mulher e negra, com todo o estigma social disto, Mercedes inicia sua pesquisa étnica e, aos poucos, conquista o seu espaço como ganha destaque como professora: criou um grupo de dança formado exclusivamente por bailarinos negros.
Enquanto insere a presença do artista negro no teatro, no cinema e na televisão, a coreógrafa introduz a disciplina dança afro-brasileira na Escola de Dança do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e cria uma imagem da cultura negra brasileira dentro e fora do país.
Desde seu sucesso as homenagens não param. Em 2005, ocorreu a exposição Mercedes Baptista – A Criação da Identidade Negra na Dança. Em 2007, como desdobramento da mostra, Paulo Melgaço da Silva Júnior lança a biografia da dançarina.
Grupo EMÚ de Teatro
“Mercedes” é o primeiro projeto de construção cênica e pesquisa em Teatro Negro do Grupo Emú.
Reprodução: Daniel Barboza
A música é utilizada como signo poético de representação da ponte entre a formação clássica e os conhecimentos das danças negras, através da junção de instrumentos eruditos com os tambores de matrizes africanas.
Serviço
Espetáculo “Mercedes”
Dias: 6 e 7 de março, sexta e sábado
Horário: 20h
Local: Sesi Birigui
Classificação: 12 anos
Entrada gratuita
Mais informações:(18) 3643-1400
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