A catira é uma dança que utiliza palmas e batidas de pés com botas, e faz parte da cultura popular brasileira, difundida nas regiões sudeste e centro-oeste. Juntamente com a folia de reis, a catira faz parte da história da região de Araçatuba (SP), trazida pelos tropeiros.  

Com a pandemia, a expressão artística encontrou um meio de se modernizar, criando o projeto Catira no Brasil. A ideia de colocar a iniciativa em prática é da catireira e professora Fernanda Colli, de Araçatuba, que há mais de 10 anos criou o projeto Folclorear, que trabalha com danças típicas do Brasil, levando a temática para alunos de escolas do município.

A inicativa

Pensando em manter viva a tradição, mostrando as possíveis adaptações da cultura popular, Fernanda criou o Catira no Brasil, que tem como objetivo unir grupos de catireiros do País, por meio do WhatsApp. “Vários de nossos encontros da cultura foram suspensos por conta da pandemia e então achei que essa seria a melhor forma de nos abraçarmos neste momento sem precedentes”, conta Fernanda.

Para a criadora do grupo, o Catira no Brasil é uma grande oportunidade de alcançar também pessoas que não conheciam essa cultura, já que os vídeos gravados pelos catireiros podem ser compartilhados. “A cultura popular tradicional muitas vezes é exibida apenas para pequenos grupos e comunidades em que a manifestação está enraizada”, lembra.

Dançando junto

O grupo no WhatsApp foi criado para que os membros pudessem trocar experiências e levar mais conhecimento a cada um. Mesmo com a distância, os catireiros conseguem até dançar juntos: cada estado faz um passo típico para que os demais possam reproduzir.

Ver e reproduzir os grupos mais tradicionais do País, e estes mostrando interesse e respeito aos grupos novos, é uma troca de experiências, de história, até porque os passos foram gravados pelos grupos e junto foi anexada a história e origem do mesmo. Enfim, (…) está sendo possível a produção de um material riquíssimo (…)

O resultado incrível é este:

Fernanda também destaca a questão das pessoas acharem que a cultura popular não exige estudo, enquanto na verdade, segundo a professora, é algo que precisa ser acompanhado por se tratar de um produto final da manifestação de um povo que se reinventa e se moderniza, sendo a catira parte dessa dinâmica.

Nesse sentido, Fernanda ressalta que o projeto tem ajudado nos estudos, já que o grupo está tendo contato com diferentes estados brasileiros: “São estilos bem diferentes e está sendo uma experiência incrível (…) Para os participantes do grupo, é uma grande oportunidade de aprendizado por reunir os maiores mestres dos grupos mais tradicionais da catira com os grupos mais contemporâneos”.  

Fonte: Hojemais


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