Para as gerações mais novas, muitas vezes fica difícil imaginar como era Botucatu décadas atrás. Qual o padrão das construções? Qual o estado de conservação dos prédios que são nossas referências e constituem importante patrimônio para nossa identidade cultural? Quais as modificações que edifícios e lugares conhecidos sofreram ao longo do tempo?
O trabalho de preservação dessa memória urbana realizado por entidades culturais, historiadores, amantes da fotografia ou pessoas comuns nos permite viajar no tempo e fazer essas comparações. Um delicioso exercício que revela como a cidade mudou.
Nós, que adoramos revelar os detalhes que fazem de Botucatu essa cidade maravilhosa, resolvemos lançar uma série que vai premiar você com um passeio através do tempo.
Depois de selecionarmos imagens da Botucatu do passado, que compõem o acervo do Museu Histórico e Pedagógico Francisco Blasi, percorremos os mesmos pontos e registramos fotos atuais, que permitem esse comparativo. Confira o resultado.
Cruzamento das ruas Amando de Barros e Major Leônidas Cardoso. Na foto antiga, à direita, a Escola Botucatuense criada pela Igreja Presbiteriana. Na foto atual, à esquerda, a agência do Banco do Brasil, na Praça Emílio Peduti.
Para muitos, o principal cruzamento de Botucatu, entre as ruas Marechal Deodoro e Amando de Barros. O prédio onde hoje funciona a Padaria do Bosque abrigou as Casas Pernambucanas. Na esquina, à direita, a Casa Confiança viria a dar lugar, anos depois, a principal agência do Banco do Brasil.
O prédio, que em 1934 abrigava a Prefeitura Municipal, no cruzamento das ruas Marechal Deodoro e Cesário Alvim (atual João Passos), hoje é a sede da Câmara Municipal. O tempo passou, mas a estrutura de poder se manteve por lá.
Na Praça Dom Luiz Maria de Santana, no chamado Centro Histórico, bem ao lado da Catedral, encontramos dois edifícios icônicos: o antigo Orfanato “Casa das Meninas Amando de Barros”, hoje Fundação Casa das Meninas, inaugurado em 1927 e a Caridade Portuguesa, construído no início do século passado e que abrigou a Câmara Municipal e o Consulado de Portugal.
A Catedral de Sant’Ana é a principal edificação do chamado centro histórico. Sua construção substituiu a antiga matriz, erguida em 1893, devido ao precário estado de conservação. A pedra fundamental foi lançada em 08 de dezembro de 1927, mas sua inauguração solene só viria a acontecer exatos 16 anos depois, em 1943.
Inaugurado em 1893, o Cemitério Portal das Cruzes era praticamente o ponto final da cidade, na chamada Avenida do Campo Santo. Mais de 100 anos depois, hoje está em área nobre da cidade, na confluência da badalada Avenida Dom Lúcio com a Rua Carlino de Oliveira. No local estão sepultadas mais de 60 mil pessoas.
A construção do prédio foi iniciada no final da década de 1930, para abrigar a Diretoria Regional dos Correios e Telégrafos. A inauguração ocorreu em 24 de outubro de 1940. Em 1975, com a extinção da regional, o imóvel foi transferido para o município, que a partir de janeiro de 1977 passou a ocupá-lo como sede da Prefeitura. Mantém os traços originais até os dias atuais.
Com a proposta de servir como Fórum e Cadeia Pública, o Estado decidiu erguer um edifício na confluência das ruas Marechal Deodoro e General Telles, em um amplo terreno que havia servido de Cemitério para a Igreja Católica. A inauguração do prédio aconteceu em 1924. Com a construção de uma nova cadeia pública, na década de 1970, apenas o Fórum permaneceu funcionando no mesmo local. Em 2004, sob alegação de que não reunia condições de segurança, o edifício foi interditado. Um novo Fórum foi construída na região do Jardim Santa Elisa e o antigo prédio, após meticuloso processo de restauro, hoje abriga a Pinacoteca Fórum das Artes.
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