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Você conhece o Professor Carlos Toloi? Já foi um aluno dele? Se você não conhece a história dele e outras curiosidades, vai admirar ainda mais o grande profissional da educação de Marília.

Carlos Toloi

Ele lecionava história na escola estadual Baltazar de Godoy, no bairro São Miguel, em Marília, e morava a poucas quadras do colégio. Uma de suas alunas do Ensino Médio, aliás uma das mais aplicadas da turma, lhe revelou o sonho de um dia ser professora e cursar Pedagogia. Imediatamente, Carlos Toloi a incentivou a se preparar para a carreira. A aluna, então, revelou: “O senhor é o primeiro professor que me apoia nesta decisão”. Aquilo marcou Toloi, educador nascido em Pompeia, cidade vizinha de Marília, em 1954, e que aos 67 anos continua compartilhando o que sabe e aprende com seus estudantes. “Como pode um professor não incentivar seus alunos a seguir na carreira de professor?”, questionou Toloi, como é mais conhecido, na entrevista concedida a Solutudo Marília na véspera do Dia do Professor, no Grappa Café, na praça Saturnino de Brito.

Gratidão

Os anos se passaram, a estudante aplicada cursou Pedagogia e avançou. Hoje, Aline de Novaes Conceição é uma doutora em Educação e, ao longo de sua formação superiora e pós-graduação, à gratidão ao inteligente e dedicado professor Toloi jamais foi deixada de lado. “No prefácio de um dos estudos acadêmicos da Aline, ela me menciona”, contou o educador.

Professores mestres

A doutora em Educação não foi a única aluna que mantem a referência ao professor que pisou pela primeira vez dentro de uma sala de aula aos 22 anos, quando ainda cursava Ciências Sociais na instituição que precedeu ao campus da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Marília.

“Tive um professor chileno, na época da faculdade, que transmitia uma ampla consciência social e, durante as aulas, nos lembrava de quem era o responsável pelos custos de nossos estudos: o povo paulista. Pois a faculdade era pública, mantida, portanto, com recursos públicos. Este professor nos lembrava que deveríamos retribuir ao povo aquilo que ele estava nos dando, que era um diploma universitário”, lembrou.

Assim, ainda na década de 1970, o recém-formado Carlos Toloi aceitou retribuir seus ensinamentos acadêmicos para o pessoal do corte de cana da Usina Paredão, em Oriente, ao lado de Marília.

“Lecionei por três anos, no período noturno, e os estudantes – moças e rapazes, de 14, 15, 16 anos – cortavam cana o dia inteiro e à noite iam para escola estudar. Chegava às nove horas da noite, todos estavam extremamente cansados, porque levantavam às cinco da manhã e trabalhavam debaixo de um sol forte”.

Alunos marcantes

Depois da Usina Paredão, Toloi ingressou no Estado. Foram 32 anos lecionando na escola Baltazar de Godoy. Conciliou aulas na rede particular, trabalhando na rede Objetivo não só em Marília, mas em Araçatuba, São José do Rio Preto, Londrina e Maringá. Eram tempos de intensa dedicação. Vejam: em média um professor leciona 40 horas/aulas semanais e, nesta época, em três turnos, de segunda a sábado, Toloi chegava a dobrar a carga, lecionando quase 80 horas/aula! Um recorde, pois neste período, por semana o professor ensinava quase 1.400 alunos.

Entre eles, o jovem que tinha o sonho de ser engenheiro mecânico, com muitos esforços, concluiu Engenharia Mecânica, se especializou em Engenharia Aeronáutica e hoje é um dos experts em manutenção e reparos de asas de jatos e aeronaves, Josivaldo Gianini Jesus. Toloi também lecionou para grandes jornalistas e comunicadores de Marília, como o articulista Rodrigo Viúdes e a apresentadora de televisão Mayra Messeder. Outro aluno de Carlos Toloi foi o cineasta premiado com vários Kikitos em Gramado, Rodrigo Grota.

“O professor precisa ser um incentivador, não pode desestimular seus alunos”, concluiu.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Foi meu professor de história no interação, grande professor, inesquecível. Eu não conhecia a história de sua trajetória, muito bonita a homenagem, merecida.
    “Existe um aparelhinho que você compra no camelô, chama-se desconfiômetro.” ?
    Professor Toloi.

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