Trabalhos sociais valorizam a nossa cidade, mostram que existem pessoas preocupadas em ajudar o próximo. Em Santa Cruz do Rio Pardo existe o projeto “Ajude um Animal”, o AJA, que começou com atitude simples de uma moradora do município.

A sua idealizadora se chama Juliana Mazini, ela ajudava resgatar os animais abandonados de rua do seu bairro. Promovia vaquinha para castrações e medicamentos. Certo dia, ela teve a ideia de criar um grupo em uma mídia social para tentar reunir um número maior de pessoas interessadas em ajudar os animais.

A reação foi imediata! Muitas pessoas se propuseram a ser voluntários e alguns começaram a ajudar com a parte organizacional do projeto, a parte financeira, os resgates e outros departamentos. Mas é um trabalho que gera desgaste físico e emocional, por esta razão muitos já saíram do projeto. Atualmente, as cabeças do projeto é a Juliana e Ana Paula Locali.

O simples sentimento de amor para com os animais é que impulsionou o nascimento do projeto. É incômodo ver os animais sofrendo por serem abandonados, doentes e por estarem com fome. “A Ju e eu já ajudávamos os animais do bairro em que moramos e trabalhamos, e foi através do projeto que nos conhecemos e decidimos juntar forças para conseguir ajudar cada vez mais animais”, conta Ana Paula.

Portanto, o principal objetivo do AJA é encaminhar os animais ao veterinário, medicar, fazer tratamento quando é necessário, exames e tentar encontrar lares de famílias responsáveis para cada pet resgatado. E, claro, as meninas buscam conscientizar a população em relação ao respeito e cuidado com o animal. Vale ressaltar que todo material e medicação são advindas de doações e promoções de sorteio e parcerias com lojas.

AJA e Santa Cruz do Rio Pardo

Mesmo que o projeto seja lindo e tenha a sua importância social, infelizmente, não é possível de atingir toda a cidade. O mais legal é que pelas mídias sociais a população entra em contato e pede ajuda para encontra algum animal em situação de abandono ou doente.

Vale frisar que nosso trabalho não é o de “retirar” o animal da rua, visto que Santa Cruz não tem abrigo. O que fazemos é encaminhar para tratamento veterinário, entregar ração quando necessário, tirar fotos e postar para tentar doar. Muitos desses animais que ajudamos com tratamentos conseguiram um lar de amor”, ressalta Ana Paula.

Isto já demonstra uma boa receptividade da população com o projeto. Entretanto, são sempre as mesmas pessoas que procuram pelas líderes. O motivo é que muitos não enxergam a causa animal como uma prioridade, mas se cada um fizesse o seu pouquinho, dentro do possível, a situação já poderia ser alterada. Há muitos animais em abandona neste período de pandemia.

Por isso que Juliana e Ana Paula buscam conscientizar as pessoas, via mídias sociais, sobre castração, vacinação e adoção consciente e responsável. A esperança é de que as pessoas parem de ver os animais como um objeto descartável. “Animais são seres vivos, sentem fome, medo, frio e, principalmente, eles têm sentimentos, eles AMAM. Esperamos que as pessoas passem a entender que um animal de rua não é um animal DE RUA, que ele está nessa situação porque alguém o descartou e o deixou ali. A culpa não é do bichinho, então por que maltratar?”, lamenta Ana Paula.

O lado bom é que as líderes são transparentes. Tudo que fazem é divulgado e esta maneira de agir com verdade e transparência garante credibilidade de ser um projeto sério e responsável. Algo que pode atrair novos olhares dispostos a ajudar.

Emoções à flor da pele

Ana Paula garante que as emoções e sensações em fazer parte deste projeto são indescritíveis. Muitas vezes, ao estarem frente a frente com um problema, elas já sabiam que poderiam não dar conta, mas o coração não deixava virar as costas. Com certeza, a vontade desistir já surgiu e de forma arrebatadora, porém relembrar dos casos de sucessos é o gás que elas sempre precisam para se manterem firmes e fortes.

“Pegar um animal atropelado, descartado em uma situação lamentável e vê-lo depois de um tempo curado, é o que não nos deixa parar”, conta uma das líderes.

Relato de uma adoção que deu certo. Foto: mídia social AJA

Futuro

Para o dia de amanhã, é de esperança de que as pessoas tenham mais responsabilidade e consciência. “Espero que com o tempo as pessoas tenham mais responsabilidade e consciência. O ideal seria que um projeto desse tipo nem existisse, concorda? Em um mundo sem abandono, sem maus tratos e com adotantes responsáveis, um projeto, como o AJA, teria talvez outros propósitos”, finaliza Ana Paula.

De modo racional, o desejo é que o AJA continue existindo e fazendo a diferença na cidade. E com a ajuda de mais pessoas, porque o projeto só pode evoluir com a colaboração de cada morador.


E você aí, vai começar a ajudar quando? Entre em contato pelo @aja_ajude_um_animalderua !


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