A pesca é praticada há milhares de anos e, esse costume, apesar de arriscado, é o passatempo preferido de muitos pescadores de Presidente Prudente, pois além de apreciar o peixe como refeição, também lhe proporciona um momento de distração curtindo a natureza.

Para comemorar o Dia do Pescador, conheça algumas histórias daqueles que amam a experiência de passar horas em um bote para capturar o próprio alimento.

Northon Miguel Garcia

Desde pequeno, o pai de Northon sempre o levava para as pescarias raízes de traíra nas represas da cidade, usando vara de bambu e isca viva, pescavam com a água até a cintura na madrugada. Era assustador para uma criança, mas quando não ia, ele ficava triste, já que preferia passar medo, mas estar ali participando da aventura.

“Todo tipo de contato com a natureza tem seus riscos, além dos perigos do mato e manusear anzóis exige cuidado redobrado para não ocorrer acidentes, tanto para o próprio pescador, como para os parceiros de pesca. Comigo isso nunca aconteceu, mas já presenciei situações de risco, como o tempo fechar muito rápido e estar em um lugar desabrigado ou até mesmo dentro da água de caiaque. Não podemos subestimar a natureza!”, comenta.

Northon prefere a pesca de peixes predadores, como o tucunaré e traíra, que possuem mais força e brigam na hora da captura. Mas, assim como muitos pescadores, ele ainda sonha em pescar um dourado, peixe bem difícil de encontrar e embarcar, por ser extremamente forte e que corre risco de extinção devido à pesca predatória.

No fim do dia, Northon costuma comer os peixes que ele mesmo pescou, fazendo diversas receitas.

“Traíra prefiro frita em pedaços pequenos, por ter muitos espinhos. Tucunaré recheado e assado no forno ou na brasa também é um espetáculo. Mas, a melhor forma de preparo é na beira do rio mesmo, o sabor é único e a satisfação de buscar seu próprio alimento e consumir no local é uma experiência fantástica”, ressalta.

Dentre esses anos, o que mais marcou Northon nas pescarias, foi o contato com a natureza, as amizades que ganhou na beira do rio e a simplicidade de ver o sol nascer no horizonte que, segundo ele, é uma sensação ótima para o corpo e alma.

“Para mim, pescar é mais que jogar o anzol na água e esperar o peixe puxar. É o prazer de estar em contato com a natureza em sua forma bruta e aproveitar cada momento com alegria. Pescar é uma válvula de escape para as frustrações do dia a dia, é uma maneira de desconectar da cidade e se conectar com o que realmente importa, nosso planeta!”, relata.

Karina Mestrinelli Ribeiro

Quando criança, Karina era acostumada a pescar lambari com vara de bambu no lago de um tio. Tempo depois, seu pai que também era fascinado pela prática, veio a escavar alguns tanques no próprio sítio, onde funcionou um pesqueiro entre 1996 e 2000. A partir daí, o contato da família com a pesca só cresceu.

“Sempre foi sonho do meu pai reabrir o Pesqueiro Pesque Pague Ribeiro e, quando ele me disse que eu seria a nova empresária, entendi que precisava continuar esse sonho dele pelo local que nasceu do nosso amor aos peixes”, conta.

Para Karina, a pesca é uma prática viciante. Mas sempre remete que toda pescaria, seja ela embarcada ou não, necessita de cuidados de proteção como: colete salva vidas nos rios, camisas com proteção solar, óculos polarizado, protetor solar, alicates de corte, acaso entre garatéia ou anzol no corpo, como já ocorreu com ela.

Mas, apesar de amar comidas com peixe, existem algumas espécies que a pescadora não tem coragem de comer, pelo simples fato de amar e devolvê-los para a água.

“No pesqueiro, gosto muito de fazer o pacu pizza assado (recheado e aberto), filé de tilápia frito, costelinha de pacu bem fritinha, lambarizinho frito acompanhado pelo delicioso pirão. Quanto as minhas viagens e aventuras de pesca, sempre são ao lado das minhas amigas, ou seja, muitas risadas, histórias de pescadoras, churrasco, cerveja gelada e moda de viola nunca faltam”, diz.

Recentemente, Karina comprou um caiaque e pretende fazer altas aventuras com ele, gravando vídeos para o canal de pesca esportiva que possui no YouTube.

Como mulher, ela nunca foi subestimada ou sofreu qualquer preconceito na pesca, mas pelo contrário. Karina sempre recebe parabéns pelas viagens de pescaria, participações em torneios de pesca esportiva, já que a maioria são homens, e por empreender um pesque pague junto ao restaurante rural em Presidente Prudente há 5 anos.

“A pescaria representa um amor que é movido pela água. Aquela sensação de paz e calmaria, esportividade em meio a natureza. Sou fascinada nos peixes!”, finaliza.

E você, também curte pescar e possui alguma história bacana que queira compartilhar com a gente? Comenta aí embaixo!


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