O Dia das Mães, comemorado todos os anos no segundo domingo do mês de maio, é certamente uma das datas mais importantes do ano.
Isso acontece pois neste dia, homenageamos não somente aquelas que nos colocaram no mundo, mas também as que nos criaram e deram muito amor, podendo ser uma tia, avó ou qualquer outra pessoa, seja ela de sangue ou não.
Portanto, a Solutudo traz uma pequena homenagem à essas mulheres, compartilhando o relato de três mães que dariam o céu e a terra por seus filhos, sem pensarem duas vezes.
Adotando uma vida
Mesmo após sair de seu primeiro casamento, a micro empresária Viviana Luzio Sagredo, ainda sonhava em ter mais filhos, com isso, começou a comprar roupinhas de criança todos os anos à espera da chegada do bebê adotivo, que viria para compor a família.
“Foram sete anos de espera, até que um dia recebi a ligação de que havia uma criança de dez meses para a adoção. Na hora, eu larguei tudo, corri, enchi o carro de enxoval, no trajeto comprei a cadeirinha e fui ao encontro desse pedacinho de gente que seria a resposta para todas as minha orações. Foi assim que a Sheila chegou em minha vida”, comenta.
Hoje, Viviana é mãe de quatro filhos, o processo de adoção durou cerca de dois anos na justiça. Durante esse período, a família recebia visitas da assistente social até que a mãe tivesse a guarda definitiva.
Até que um dia, quando a mesma estava chegando em sua casa, Sheila começou a gritar e ir em sua direção dizendo: “Mamãe, adivinha? eu já sou sua filha de verdade”, pois o documento onde constava a adoção aprovada, havia sido entregue.
“Se você não consegue ou não pode ter um filho de sangue, isso não é empecilho para você ter um filho de amor. A gente fica até triste quando alguém pergunta: ‘Você tem quantos filhos seus e quantos adotados?’; pois todos são meus. Se você adotar, eu garanto que não estará fazendo um favor para essa criança, mas ela chegará na sua vida e mudará totalmente o sentido dela. Adote!”, ressalta.
(Foto: Arquivo Pessoal) Viviana e seus quatro filhos (Sheila abaixo). (Foto: Arquivo Pessoal)
A espera de um milagre
Há cinco anos, a auxiliar de cozinha Graziele Aparecida Bezerra Reis, teve seu sonho de se tornar mãe interrompido. Após o primeiro aborto espontâneo, resolveu procurar um médico, onde foi diagnosticada com micropolicistos na parede uterina (ovário policístico), trazendo consigo o choro, medo e preocupação.
Nesse momento, a futura mamãe precisou dar início ao tratamento e, assim, poderia ter a possibilidade de engravidar um dia. A medicação deveria ser tomada por até seis meses, mas felizmente, esse tempo não foi necessário, já que o milagre de Graziele viria a acontecer logo no segundo mês de tratamento.
“Após oito dias de atraso menstrual, o coração já pulsava muito forte. Fiz o teste BHCG, o resultado sairia em quatro horas, foram as quatro horas mais demoradas da minha vida. Quando peguei aquele papel em minhas mãos, não sabia se abria ou esperava meu esposo, mas a ansiedade foi tão forte que decidi abrir e, lá estava meu tão sonhado filho. Naquele momento algo tomou conta de mim, foi um sentimento inexplicável, um turbilhão de emoções”, relata.
Graziele durante a gestação. (Foto: Arquivo Pessoal) Davi nasceu de 8 meses. (Foto: Arquivo Pessoal) Atualmente a criança está com 4 anos. (Foto: Arquivo Pessoal)
E assim, Graziele conseguiu entender o significado da palavra “Amor”, que veio em forma de um milagre. Hoje, seu amor tem nome, Davi Lorenzo.
De Prudente à Suíça
Gisela Viaccava vive há mais de 9 mil quilômetros de distância de sua filha Isabela, que mudou-se para Suíça há três anos, e passou a viver com o pai em Genebra. Apesar da saudade que iria sentir, a mãe apoiou totalmente essa decisão e, hoje, utiliza as redes sociais para ficar um pouquinho mais perto da filha.
Com a chegada da pandemia, a preocupação veio à tona, no entanto, Isabela logo tratou de tranquilizar a mãe.
“Ela cursava a faculdade de veterinária e não estava muito satisfeita, mas queria trabalhar. Como o pai dela, meu ex marido, vive em Genebra, eu sugeri dela ir morar lá, mesmo sabendo que seria muito difícil para mim, mas era para o bem dela. Nos falamos todos os dias, assim ameniza um pouco a distância. Mesmo com a quarentena, nem veio em minha mente de pedir para vir embora, porque na Suíça ela tem várias oportunidades e está se saindo muito bem”, conta.
Gisela visitou a filha em julho de 2019. (Foto: Arquivo Pessoal) (Foto: Arquivo Pessoal)
Gisela relata que ter uma filha morando fora do país não é nada fácil, pois a saudade e preocupação é muito maior. Felizmente, a tecnologia se avançou, já que antigamente, as ligações internacionais eram caríssimas e, agora, ela consegue se comunicar facilmente com Isabela.
“Ser mãe não é uma das tarefas mais fáceis de se cumprir, principalmente quando temos que lidar com a distância dos nossos filhos. Acho que é um dos maiores desafios que a vida impõe. Você gera, cuida, ajuda a crescer e sabe que um dia as asas vão fazer eles voarem para mais longe. Quando vemos um filho feliz e indo atrás do seu sonho, a mãe também fica feliz. O amor supera tudo!”, finaliza.
A Solutudo deseja um ótimo Dia das Mães a todas as mulheres guerreiras e batalhadoras de Prudente e do mundo!
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