Existem pessoas que carregam em si o desejo de viver de forma leve e alegre independente da situação. Você vai conhecer a inspiradora história de uma prudentina que, mesmo diante de um diagnóstico de câncer, não perdeu a esperança, buscou alegria em meio a dor e não deixou o desejo de viver para trás. Prepara o lencinho!

A Gabriela de Oliveira Souza Arce de 35 anos, Prudentina, casada e mãe do Higor de oito anos, venceu o câncer e segue contando sua história de forma leve e esperançosa.

Foto: Karoline Kol / Solutudo Presidente Prudente

A enfermeira é pós graduada em docência, oncologia e obstetrícia, atualmente trabalha com laser terapia e é, também, cabelereira, depiladora e manicure…ufa!! Faz bastante coisa esta mulher, né?! Mas tem uma parte da história da Gabi que como ela mesma sempre diz, veio para fazê-la evoluir. A fase começou em 2017, quando tinha 31 anos e recebeu um diagnóstico de câncer.

Com um filho de dois anos e meio, mãe solteira e morando sozinha, a Gabriela viu o mundo desabar quando, após alguns exames, recebeu o diagnóstico de que estava com câncer de mama. “Eu senti um caroço na minha mama direita, eu já era enfermeira oncologista, mas a gente sempre pensa que não vai acontecer com a gente e enquanto eu me secava com a toalha eu levantei o braço para secar o cabelo e eu vi o caroço pelo espelho”, conta a enfermeira.

A família e os amigos da Gabi sempre estiveram por perto prestando todo apoio e ajuda necessária, mas ela escolheu enfrentar o câncer vivendo sua rotina de uma forma que a doença não a impedisse de cumprir suas tarefas e preferiu que, principalmente, seus pais não sofressem com a dor. “A doença escolheu estar em mim, ela tem esta possibilidade e a gente não tem como mudar isso. Mas eu escolho se eu vou estar doente ou não. Eu tive câncer, eu enfrentei o câncer, mas nunca me permiti estar doente. Eu tentei seguir minha vida o mais próximo possível da normalidade”, explica Gabriela.

“E eu tentei enfrentar isso diferente. Por exemplo, eu trabalhava no hospital à noite e durante o dia atendia no meu salão, eu não me afastei de nenhum dos meus dois trabalhos. Como eu trabalho na parte administrativa do hospital, eu tive a oportunidade de continuar trabalhando. Então, eu preferia passar a noite inteira no plantão, saia de manhã tomava um banho na minha casa e ia para a quimioterapia. Eu ia para a quimioterapia e eu dormia lá porque eu sabia que eu ia passar mal se eu ficasse acordada, eu já ia cansada para poder dormir e sentir menos os efeitos colaterais”, acrescenta a profissional.

Talvez, o ponto chave da grandeza da história da Gabriela seja a forma como ela fala sobre a batalha contra o câncer com leveza, um sorriso no rosto e, principalmente, uma imensa sensação de esperança que faz brilhar os olhos. A aparência física que arremete a uma doença só a alcançou no momento em que, após as sessões de quimioterapia, seu cabelo caiu e o inchaço chegou. “As pessoas só me viram doente mesmo quando eu fiz a quimio e o cabelo caiu, eu fiquei inchada e ai estas respostas físicas trouxeram o ‘realmente ela está doente’. E foi a hora que eu decidi seguir em frente”, afirma Gabriela.

Diante de um cenário adverso, começa a surgir uma história que inspiraria outras pessoas na luta contra o câncer. Como enfermeira e também paciente oncológica, Gabriela lembra que cada um tem a sua dor e a maneira como lida com ela, mas a forma que se decide enfrentar uma doença pode mudar muita coisa durante o processo.

Vencendo o câncer

“Muitas pessoas, às vezes, chegavam em mim porque ouviram falar que eu estava com câncer, que eu estava doente e chegavam em mim, antes do meu cabelo cair, e falavam: ‘Nossa, mas você está tão bem, ouvi falar que você estava doente, que você estava com câncer. Nossa, acredita que falaram isso?’ Aí eu falava: ‘com câncer eu estou, mas doente não”, pontua a cabelereira.

Foto: Acervo pessoal

Parece não fazer sentido existir leveza durante um tratamento de câncer, não é mesmo? Mas para a Gabriela Arce, procurar o lado bom das coisas em meio a adversidade foi uma chave para ter uma vida leve e alegre. “Meu cabelo sempre foi crespo, então eu falava assim ‘gente, vamos raspar para ver se nasce melhor’. Eu sempre levei tudo na brincadeira, no bom humor para tentar tirar o lado bom de tudo” […] Eu ia para a praia careca e falava ‘gente, eu posso mergulhar no mar’, porque como eu tinha o cabelo crespo eu ia para a praia de chapinha e não podia nem molhar o cabelo”, relembra Gabi.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), só em 2020 mais de 300 mil mulheres foram diagnosticas com algum tipo de câncer, sendo a mama a região com maior índice da doença. Imagina que demais seria se estas milhares de mulheres conhecessem histórias assim para se inspirarem e receberem uma dose de esperança através da vida da Gabriela? Então, compartilhe este relato com quem você puder!

Beijos de quinta

Era assim que ela encerrava seus textos nas redes sociais onde registrava sua percepção de cada sessão de quimioterapia, que aconteciam todas as quintas-feiras. Mas além de textos nas redes sociais, a vivência do câncer deu origem ao livro ‘As duas faces do câncer’ escrito por Gabriela, que conta sua experiência com o câncer enquanto enfermeira oncológica e como paciente oncológica.

Foto: Karoline Kol / Solutudo Presidente Prudente

“O meu medo era não conseguir ensinar nada ou não conseguir demonstrar nada de bom do que eu estava passando. Era de chegar ao fim da minha vida e eu não ter aprendido nada com aquilo ali e não ter conseguido ensinar nada para ninguém. Foi a partir daí que eu comecei a escrever nas redes sociais e foi a partir daí que eu comecei a ter a ideia de escrever um livro”, comenta a escritora.

A motivação em relatar por uma outra perspectiva e experiência do tratamento do câncer nasceu porque “a esperança de estar lá fora era muito maior do que o que estava acontecendo de ruim ali dentro”, destaca a enfermeira.

Pandemia, recidiva e casamento

“Eu fiquei muito debilitada na segunda vez porque o organismo já tinha aquele efeito da quimioterapia anterior, então o meu corpo respondeu diferente. Eu precisei ficar de licença do trabalho, a gente estava no meio da pandemia, eu não podia trabalhar. E eu acho que isso foi uma das coisas que mais me deixou debilitada: ficar dentro de casa, estar doente”, adverte Gabriela.

A enfermeira já havia feito o tratamento de quimioterapia, cirurgia, estava livre do câncer e recuperada, mas em 2020 veio mais um diagnóstico, uma recidiva de câncer na mesma mama. Desta vez, porém, ela estava em um relacionamento que aconteceu de uma forma intensa e única. Com menos de dois meses após se conhecerem, em uma balada em Prudente, Gabriela e Wagner noivaram durante uma viagem à praia e com pouco mais de três meses de relacionamento se casaram no civil.

Em meio a pandemia da Covid-19, após três meses do casamento no civil e a três meses da data marcada para o casamento na igreja veio a notícia da recidiva. “Eu pensava ‘gente, meu marido não casou com o câncer, ele casou com uma mulher saudável, uma mulher que teve câncer, mas que é saudável. Como eu vou chegar na minha casa agora e falar: ‘então estou com câncer de novo?’. Porque eu sei o que é o câncer, eu já passei, mas ele não”, analisa Gabi.

Mas ela decidiu não abrir mão de viver o grande sonho de se casar na igreja. Três meses antes da cerimônia, ela precisou iniciar o tratamento de quimioterapia e com a eminente queda do cabelo surgiu a surpreendente ideia de ela e seu marido rasparem a cabeça juntos. “Da primeira vez eu fui no salão, raspei a cabeça e fui embora. Mas aí eu pensei, já que é para eu viver a doença eu vou viver a doença e aprender tudo o que eu não aprendi da primeira vez”, pontua.

Foto: Acervo pessoal

Sim, eles disseram sim em meio a pandemia e a uma recidiva do câncer. “Quando descobri que estava com câncer de novo eu pensei, ‘gente, não é possível que eu vou morrer e não vou casar’. Daí quando eu descobri que estava com câncer eu falei pra ele ‘a gente precisa casar a qualquer custo”, completa a enfermeira.

Quer conhecer mais da linda história deste casal? Pega o lencinho e clique aqui.

Muitas emoções em um texto só, né? Acreditamos que histórias assim tem força e poder para mudar a realidade de muitas outras pessoas que já passaram ou estão passando pelo câncer. E com este intuito a Gabriela segue palestrando e postando nas redes sociais sua experiência para quem precisar de uma dose de animo, fé e esperança. Então, compartilhe com quem você puder, inspire-se e inspire outras pessoas também.


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