Ourinhos é o município berço de grandes talentos musicais. Seja no canto, na apresentação de instrumentos de cordas, na percussão e tantas outras formas de ser um artista musical. São tantas pessoas, mas tem um que é destaque e há anos é considerado o melhor baterista da cidade. A Solutudo Ourinhos conseguiu uma entrevista exclusiva e hoje conta a história deste ourinhense.

Ele é Geraldo José Marques Ribeiro, 62, ou Gagá se você for íntimo e preferir. Ele vem de uma família de dez irmãos, sendo o sétimo filho. Considera ter sido uma criança chorona, mas sem traumas. Sua vida começou em Cambará, no Paraná, e veio para Ourinhos aos oito anos. Se define como um homem ponderado, não é atirado, é medroso, é pé no chão e não é ruim, é gente boa.

Da esquerda para direita: Luiz Otávio, seu filho caçula, Silvia, esposa, Caetano, primeiro filho, e Geraldo. Foto: arquivo pessoal

O seu apelido está relacionado com uma situação de infância. Em um determinado momento do mundo, alguns russos foram para o espaço e um deles se chama Gagari. Ele criança ouviu o nome na televisão e tentava repetir, a palavra que saia era Gagá. Pronto! O apelido começou neste instante.

Música e a Bateria

A sua história com a música, segundo ele mesmo, começou na barriga de sua mãe. Sua família sempre ouviu alguma canção em todos os dias da vida, até porque o seu pai era um trompetista. “Tenho dúvida sobre a música não estar presente em nosso DNA, sempre tive bom gosto”, fala Gagá.

Portanto, participava de coral da igreja e foi o grande motivo por despertar o interesse de participar de festivais de música. É desta maneira que ele conheceu os seus primeiros parceiros de banda, a antiga Solar.

Era a época do auge do rock nacional, em 1982, dois amigos estavam saindo de uma banda e lhe convidaram para montar outra, assim nascia a Solar. No começo, a função de Gagá era cantar, ser o vocalista. O tempo passou e ele sentiu vontade de experimentar a bateria, começou a estudar e se apaixonou.

Divulgação da banda Solar. Foto: arquivo pessoal

“Três meses depois eu cantava e tocava bateria. Fora mais de 13 anos com essa formação original da Solar”, relembra o músico. Suas inspirações são o baterista Duda Neves, a sua maior referência musical que ainda está na ativa nos dias de hoje, e o Serginho da banda Roupa Nova.

A banda se encerrou em 1993. Nesta época, Gagá já era casado por dois anos e a sua esposa incentivava a continuar na carreira musical. Como não tinha instrumento, acabou comprando uma bateria e virou freelancer ao lado de outros músicos em Assis.

Em paralelo, entrou na Orquestra Moffarej em 1998. Situação que fez ele ser professor de bateria do Conservatório Santa Cecília. Deu aula durante um ano para uma pequena turma e afirma que foi o momento da vida que mais teve contato didaticamente com a bateria.

Folheto sobre a Orquestra. Foto: arquivo pessoal

Na época de formar a turma do outro ano, a direção do conservatório foi alterada e os Quagliato, a nova direção, concluiu que o espaço dava mais prejuízo do que lucro, então fechou o conservatório e ele ficou sem emprego. Logo depois saiu da Orquestra, o motivo foi precisar cuidar do pai que adoeceu.

O tempo passou e seus amigos da banda Locomotion começaram a chamar para ajudar em alguns eventos e festas. Foi assim que ele se instalou como baterista nesta banda e fazem shows em barzinhos. Quando é divulgado a presença da Locomotion em algum lugar da cidade, pode apostar que será sucesso.

Banda Locomotion. Foto: arquivo pessoal

Inclassificável

Sobre ser considerado o melhor baterista de Ourinhos, Gagá não concorda e diz que ser reconhecido como um dos mais experientes já é bom demais. “Eu nunca estudei nem me dediquei, a minha real profissão é ser mecânico de máquina de roupa. A música ajuda a renda, mas é mais uma forma de bem-estar”, fala Geraldo.

A sua definição é ser um baterista de baile, experiências que o fez aprender a tocar de tudo e um pouco mais. Não era sua intenção ser reconhecido como o melhor, entretanto, com esta “fama” acredita que deu e dá o seu melhor como baterista.

Sou feliz na música e não fiz tanto para merecer tudo isso. E vou tocar até quando Deus permitir”, finaliza Gagá.


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3 COMENTÁRIOS

  1. Olá!

    Para ajustar a informação, nosso grande amigo Gagá, deixou a Banda Solar em 1993 onde preferiu se dedicar a família. A Banda Solar fez seu último show em 2012.

    Grande abraço!

    Att,

    Guto Campos

  2. Conheci o Gagá em 1979, convivemos pouco mais de 3 anos, tempo suficiente para conhecer uma das pessoa mais marcantes que já convivi, alegre brincalhão, cheio de energia e sobretudo um ser humano dotado de uma bondade incomparável. Quis o destino que nossos caminhos nos levasse a lugares opostos, distantes um do outro, aquela amizade permaneça viva na memória mesmo já tendo se passado cerca de 40 anos sem nos vermos e conversarmos. Meu amigo , como diz a música, ” amigo é coisa pra se guarda do lado esquerdo do peito…. um dia a gente vai se encontrar”. Sussesso meu caro, você merece

    Abraço

    Lourenço

  3. Grande gagá ??? tocamos juntos em algumas ocasiões , um grande amigo e músico , eu ia ver ele ensaiar em 1991 com a banda solar ,eu tinha 6 anos de idade kkk. Abraços gagá

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