No começo de Ourinhos, a cidade era uma fazenda. Um dos donos de terrenos era Domingo Perino que quando faleceu suas propriedades foram extremamente divididas e nasceu o bairro Vila Perino. História, inclusive, que já contamos aqui na Solutudo Ourinhos. E hoje a reportagem é especial por ser sobre a moradora pioneira do bairro. Você sabe quem é? Acompanhe o texto até o final!

A vida

Maria do Carmo Siqueira, de 99 e completa 100 anos no dia 21 de dezembro, nasceu em Pedra Branca (hoje se chama Pedralva), Minas Gerais. Ela veio para Ourinhos em 1949 e desde então reside na Vila Perino. Foi o seu marido que comprou o terreno do bairro e juntos construíram uma casa na Rua José Felipe do Amaral, 704.

O local é muito mais que um bairro para dona Maria do Carmo, significa vida, porque foi ali que ela criou os seus filhos, viu os netos nascerem e envelheceu cercada de amigos e dos seus familiares.

Andréa Maria Siqueira Gonçalves, 49, neta da pioneira, conta quais são as principais lembranças de sua avó do bairro. “Ela se lembra da construção da igreja Paróquia Santuário Nossa Senhora de Guadalupe, que ela fez parte da Pedra Fundamental. Se recorda da fazenda de café que era o bairro e como foi desmembrada. E, claro, do tempo que não existia água na vila, era preciso buscar de carroça no córrego do Parque Olavo Ferreira de Sá, o famoso lago da FAPI”, conta.

Lembrança de vida

Quem não tem uma lembrança que marcou a vida para sempre, não é mesmo? No caso de dona Maria, a recordação é negativa, uma tragédia familiar. Em uma determinada época, seu marido foi atropelado por um caminhão na esquina da Rua Duque de Caxias com a Rua Pará, onde tem um posto de combustível no presente.

“Meu avô, Reducino Antônio Siqueira estava voltando da padaria do seu irmão, Dolor Antônio Siqueira , quando foi atropelado no dia 15/09/1958 aos 37 anos, deixando viúva a minha avó com quatro filhos. Meu pai (o Nelson) se tornou o homem da casa aos 12 anos. Aliás, o meu tio Dolor e sua esposa, Noemia, passaram a ser segundos pais, sendo presentes em todas as ocasiões”, explica Andréa.

Reconhecimento

Um fator mega interessante, é que os vizinhos da época todos já faleceram e os atuais conhecem a Maria do Carmo, sempre que podem perguntam dela ou visitam. É uma relação de muito carinho. O acidente de seu esposo e sua participação em todos os eventos da igreja é o que fizeram ela ser bem reconhecida na Vila Perino.

Legado

Por fim, Andréa, a neta, afirma que o legado da avó é de fé. “Sempre que alguém tinha algum problema ela se apegava na fé para ajudar quem necessitava. Mas a sua honestidade também era e é algo determinante para a honra da família Siqueira na Vila Perino. Todos nós crescemos sendo cidadãos honestos, batalhadores e de muita fé”, finaliza.


É maneiro saber das figuras importantes do nosso bairro, a sensação de pertencimento é maior ainda. Mas você já sabia da dona Maria do Carmo? Qual outra pessoa merece uma reportagem especial na Solutudo? Conte para nós!!


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