Assim, como todo mundo, você já teve aquele sapato favorito com problema e já usou aquele sapato que estava guardado há muito tempo e quando foi usar ele simplesmente descolou ou descosturou. Quando isso aconteceu, você achou que não tinha mais solução e que você ia perder o sapato. Mas graças aos sapateiros tudo é possível concertar, eles fazem um verdadeiro milagre, pois além de termos sapatos que amamos, existem pessoas que não tem condição de comprar sapatos novos.

Conheça a história de dois irmãos que são sapateiros aqui há meio século, o Luís Antônio Rissi, 68 anos, e o Mario Aparecido Rissi, 66 anos. Os dois tem o apelido de Zequinha.

Na foto Luís a alguns anos atrás, Fonte: Arquivo Pessoal Luís

Luís conta que herdou o apelido de seu patrão José Grande de Carvalho e que tem muito carinho pelo apelido por guardar um lembrança do patrão. Ele começou a trabalhar na sapataria com oito anos e aos 12 anos já era aprendiz de sapateiro. De profissão tem 56 anos na mesma avenida, a Avenida Brasil, e na família apenas o irmão é sapateiro que entrou alguns anos depois para aprender com Luís. Aos 19 anos, Luís já era dono da sapataria e comprou ela de seu patrão por decidir (patrão) ir embora para São Paulo.

Nesse meio tempo, seu irmão entrou de sócio na sapataria para aprender a profissão e ele comenta que sempre está cheio de serviço, sente que a profissão está em extinção.

“Nenhum dos três sapateiros da cidade está ensinando ninguém e como todos já são aposentados, acredito que daqui alguns anos não haverá mais profissionais”, comenta Luís.

Fonte: Arquivo Pessoal Produtora

É uma profissão digna e muito bonita, é um artesanato. “Infelizmente, hoje em dia não libera menor de idade para trabalhar e aprender a profissão por conta dos produtos tóxicos que são usados, mas que qualquer um com vontade e dedicação e amor poderia aprender em no máximo seis meses”, fala o sapateiro. Ele ensinaria a profissão a quem quiser aprender,.

Já Mário, também conhecido como Zéquinha, tem 52 anos de profissão e começou a profissão trabalhando na mesma sapataria que o irmão aos 12 anos. De início, entrou somente como auxiliar do Zéquinha Patrão e engraxava os sapatos. Porém, como nesse meio tempo o patrão vendeu a sapataria para os irmãos, eles viraram sócios e o irmão foi quem terminou de ensinar tudo que sabia a ele. Com o passar dos anos, por ser sempre muito curioso, aprendeu muita coisa e ele pode oferecer alguns serviços diferentes dos outros sapateiros por conta da sua curiosidade em aprender o novo.  

Fonte: Arquivo Pessoal Produtora

“Seja qual for a profissão, é necessário que você tenha dedicação em aprender e que, mesmo com altos e baixos, nunca faltará serviço. As dificuldades podem aparecer todos os dias, você não pode nem deve se limitar, é preciso correr atrás”, explica Mário.

Mário conta que a sapataria já foi em três lugares diferentes, nesse período ele e o irmão separaram sociedade e somente neste endereço atual ele já está há mais de 30 anos. Ele é nascido em Osvaldo Cruz, assim como o irmão, e fala que nunca se arrependeu de estar aqui até hoje, pois gosta muito da cidade e tem muitos amigos no município.

Fonte: Arquivo Pessoal Produtora

Já conhecia a história dos irmãos? Conta pra gente nos comentários e compartilha com mais pessoas para todos conhecerem a história destes profissionais da nossa cidade.

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