Pedestres, ciclistas, transporte público, carros e motos dividem espaço pelas ruas da cidade. A mobilidade urbana utiliza de planos e ferramentas para integrar todos os modais de transporte, de forma a promover fluidez e praticidade ao movimento da comunidade.

São meios que ajudam no deslocamento de pessoas, facilitadores ao acesso à direitos sociais como a saúde e a educação. Na prática, a estrutura urbana tende a favorecer o deslocamento através de veículos automotores, como carros e motos.


A mobilidade urbana utiliza de planos e ferramentas para integrar todos os modais de transporte. (Foto: Reprodução/ITDP)

Um grupo de ciclistas em Marília promove passeios regulares como forma de inserir bicicletas – skate e patinetes também são bem vindos – ao planejamento urbano. São pedaladas comunitárias, mais lentas, que contemplam todas as idades e ritmos.

Um dos participantes do projeto, Sérgio Urbaneja, explica que, mais que um compromisso social e cultural, a ideia é chamar a atenção para a bicicleta como um modal sustentável.

Falta reconhecimento e planejamento urbano para as bicicletas. Então, uma forma que encontramos de reivindicar espaço foi organizando passeios ciclísticos.

“Que nossa forma tranquila de pedalar possa humanizar o trânsito da cidade”. (Foto: Thábata Camargo)

Bicicletada

O Bicicletada é um movimento existente em todo o mundo, um fenômeno espontâneo, uma maneira significativa de reivindicar direitos e avanços na mobilidade urbana.

Cada vez mais, andar de bicicleta vem se tornando um hábito, tanto individualmente quanto em equipe. Se tivéssemos uma atenção com a educação de trânsito e com a questão da sinalização já seria um avanço muito significativo para contemplar a comunidade de ciclistas na mobilidade urbana. 

O grupo une mais de 100 ciclistas que utilizam a bicicleta como meio de transporte diário, por esporte ou lazer. As pedaladas são organizadas através do aplicativo WhatsApp semanalmente, cada dia com um intuito diferente, mas sempre como forma de se colocar ativamente como meio de transporte.

Não é só questão de ciclovia, precisa de sinalização, paraciclo, bicicletário, e isso envolve não só o poder público, mas também empresas e escolas.

(Foto: Reprodução/Facebook Bicicletada Marília)

Pedalentas

Desfrutar cores, sons, sabores e formas de Marília é a proposta do Pedalentas. O evento é realizado às quintas-feiras, surgiu como uma alternativa às pedaladas mais rápidas, em ritmo de competição.

Aqui a proposta é englobar a cultura em seu trajeto, parando para fotografar, contemplar espaços artísticos e prestigiar as feiras noturnas da cidade.

Quando percebemos que havia no grupo um público mais idoso, e eles não iam nos passeios porque era muito rápido, acabavam ficando para trás, nós voltamos a atenção para atender essas pessoas.

Flávio Nóbrega, membro da União dos Ciclistas do Brasil – UCB e participante do Pedalentas, conta que esse tipo de evento consegue incluir também as crianças, como sua filha Ruth, de cinco anos, que sempre o acompanha.

A bicicleta tem essa característica de conectar pessoas. Minha filha tem 5 anos e já aprendeu a andar de bicicleta sem rodinha, às vezes ela vai na garupa ou no caixote.

A via pública é um bem de uso comum do povo, das pessoas, e não dos automóveis.

Thaís Lacerda participa ativamente dos encontros, para ela, pedalar é mais do que condicionamento físico, é um exercício de liberdade.

É um meio de transporte que vale a pena, saudável, não poluente, é um exercício. Amo a sensação de liberdade ao pedalar, o vento no rosto.

Thaís (primeira à direita) já é ciclista ativa, em 11/07 levou pela primeira vez ao Pedalentas a irmã e a amiga Chinesa. (Foto: Thábata Camargo)

Agentes de um processo de reconhecimento e conscientização desse modal, Sérgio completa, “Que nossa forma tranquila de pedalar, juntamente à contemplação do espaços e cultura da cidade, possam humanizar o trânsito da cidade”.

Serviço

Quer conhecer mais sobre o projeto?

Siga a página do Bicicletada Marília no Facebook e participe do grupo noWhatsApp.


Mais detalhes que encantam na Solutudo 🙂

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