Mauro Maurício, 62 anos, mais conhecido como Ratinho, é ajudante de caminhoneiro em um posto próximo à Rodovia BR-153. Nessa segunda-feira (22), o chapa encontrou uma carteira com cerca de R$ 15 mil em cima de uma mureta no local onde trabalha.
Trabalho há 35 anos aqui nesse ponto e nunca tinha acontecido nada parecido antes.
Tinha terminado um carregamento, fui tomar uma água. Quando voltei, a carteira estava na mureta. Peguei e levei até a lanchonete de um amigo meu, encontrei os documentos, tentei achar o dono, mas ele já tinha ido embora.
Diante da situação, Mauro levou a carteira para casa, com a intenção de levá-la até uma delegacia no dia seguinte. Foi quando um amigo entrou em contato, contando que alguém havia perdido os documentos na oficina.
Desci até a borracharia e lá me contaram de quem era, e que o rapaz tinha saído quase chorando por ter perdido a carteira. A hora que cheguei para devolver ele não estava lá, mas pedi para ligar e tentar encontrar o moço.
Na manhã de terça-feira (23), Mauro se encontrou com o dono da carteira, um comerciante de São José do Rio Preto (SP), para devolvê-la no mesmo lugar onde a havia perdido.

Fiquei mais contente com o abraço dele do que com o dinheiro que eu poderia ganhar.
Mauro conta que pensou que o rapaz era um trabalhador, assim como ele: “A minha consciência não permitiria, não faria diferente. Tudo que construí foi com o meu próprio trabalho, e é isso que eu quero passar para a minha família”.
O reencontro rendeu a volta da carteira e, de quebra, uma nova amizade, “Agora somos amigos, ele até me convidou para tomar uma cerveja!“.
O chapa
Há 35 anos, Mauro Maurício trabalha como chapa no mesmo ponto em Marília. Conhecido carinhosamente por todos como Ratinho, o senhor de 62 anos tem uma marca registrada: não sai de casa sem seu estiloso chapéu.

Venho com ele todos os dias, tem gente que até tenta imitar! (risos)
A história de honestidade de Mauro ficou conhecida graças à Silvana Olivato, a amiga trabalha próximo ao ponto do chapa e o conhece há muito tempo.
Conheço o Ratinho há quatro anos, ontem ele chegou e me contou a história toda da carteira. Quando ele me disse que a devolveu e que iria se encontrar com o dono dela, eu precisei compartilhar!
Não é uma coisa que acontece todo dia, ainda mais com a quantidade de dinheiro envolvida. Ele poderia ter ficado com o dinheiro, mas a escolha que ele fez de devolver foi muito nobre.
Já gostava dele, agora gosto mais ainda. Vale a pena ter uma amizade assim!

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