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Uma parada cardiorrespiratória, levou à morte da mulher do mariliense Gledson Fonseca. Keila Quintiliano, morreu em junho de 2015, após o parto dos gêmeos Samuel e Maria Luiza, os bebês ficaram com sequelas e paralisia cerebral. Após 11 meses um dos bebês teve um problema respiratório e também não resistiu.

Gledson e Keila se conheceram em 2001, cursaram a mesma faculdade, em Marília, na UNIVEM, ela análise de sistemas e ele comércio exterior. Os estudantes namoraram, casaram e planejaram ter uma família juntos.

“Tentamos durante quatro anos ter filhos, quando ela conseguiu engravidar ficamos muito felizes. A gestação foi tranquila. Alguns dias antes dela completar 37 semanas, ela sentiu falta de ar durante a madrugada, fomos para o hospital e então tudo aconteceu muito rápido.”

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Gledson e Keila ficaram 14 anos juntos

A vida de Gledson se transformou completamente do dia para a noite. Ele precisou encarar a perda da mulher e cuidar dos filhos que ficaram por 90 dias no hospital.

“Fiquei sem chão, mas sabia que precisava ter força para cuidar dos meus filhos. Consegui uma licença maternidade para ficar com eles, passava o máximo do tempo que eu podia no hospital, chegando a fazer seis visitas em um único dia.”

Neste período eu fiz o que a mãe deles faria. Dei de mamar, cuidei e estabeleci um contato mais intenso com eles”
Foto: reprodução

Suporte

Segundo Gledson, a família recebeu muito apoio naquele período. Sem a mãe para amamentar os bebês, uma igreja de Marília iniciou uma campanha de arrecadação de leite materno.

“A campanha começou na cidade e tomou proporções nacionais. Pessoas de várias cidades vinham para Marília para fazer as doações. O banco de leite teve estoque o suficiente para alimentar os meus filhos e os outros bebês que também estavam internados.”

Após a longa estadia no hospital, Gledson montou um home care na sua casa, com profissionais auxiliando 24 horas por dia, mas um mês antes de Samuel completar um aninho, o bebê teve uma pneumonia e não conseguiu sobreviver.

Gledson com Samuel e Maria Luiza no colo.
Foto: acervo pessoal

Resiliência

Na época, o caso teve destaque nacional, indo parar na TV e em grandes mídias. Além da família e dos amigos, pessoas de todo país procuravam e ainda procuram Gledson diariamente para saber o estado dos bebês, foi aí que ele teve a ideia de postar textos, contando um pouco sobre a situação e as evoluções nas redes sociais, além de informar sobre as lutas diárias para quem está na torcida, o pai tem também a oportunidade de desabafar.

Após algum tempo, Gledson conheceu Sueli, através de uma rede social, também viúva, com quem se casou em 2016. Sueli se apegou a família e criou um laço tão forte com a bebê, Maria Luiza, que abandonou seu emprego e sua carreira de 18 anos para ajudar a cuidar da pequena.

“Sueli tem sido uma mãe maravilhosa para a nossa Mallu.”
Foto: acervo pessoal

Gledson reconstruiu sua vida, enfrentou os desafios ser pai e mãe em um momento muito turbulento da sua existência. Hoje, ele é simbolo de força e superação para muitas pessoas e vai lançar um livro contando um pouco das muitas adversidades que a vida lhe trouxe e como conseguiu passar por elas com esperança em um futuro melhor. O livro será lançado no final desse ano e o título ainda é surpresa.


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