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“Não caiu a ficha ainda. Queria fazer história, conquistar o primeiro ouro do judô feminino, assim como foi no Mundial. Agora, fui campeã na terra do judô”, declarou a paratleta de judô Alana Maldonado, nascida em Tupã e que participa das Paralimpíadas de Tóquio pela Associação Mariliense de Esportes Inclusivos, a Amei. Alana, que possui deficiência visual, sagrou-se campeã e ficou com a medalha de ouro no quinto dia da competição paralímpica no Japão. E entrou para a história dos esportes inclusivos: é a primeira mulher paratleta do judô brasileiro a subir no ponto mais alto do podium. Ao vencer com wazari a atleta da Geórgia, Ina Kaldani, e emitir um grito de vitória que ecoou por todos os cantos do estádio Nippon Budokan, a judoca de Marília alcançou um dos mais significativos êxitos do judô brasileiro. Isso porque o Nippon Budokan é o templo sagrado deste esporte, uma espécie de estádio do Maracanã para o futebol mundial.

Aos 26 anos de idade, Alana Maldonado alcançou sua segunda medalha paralímpica. A primeira foi a prata no Rio de Janeiro, durante as Paralimpíadas de 2016. Dois anos depois, em 2018, assegurou o título no torneio mundial e passou a liderar o ranking de sua categoria, até 70 quilos. Assim, ao derrubar Ina Kaldani minutos depois das 5 horas da manhã – no horário do Brasil – a paratleta de Marília, com raízes em Tupã (terra de grandes praticantes do judô, inclusive medalhistas olímpicos), confirmou o seu favoritismo e consolida como referência nesta arte marcial.

A trajetória para o ouro paralímpico do domingo dia 29 de agosto de 2021, começou com um fato nada agradável, ocorrido aos 14 anos. Naquela época, Alana praticava o judô convencional e recebeu o severo diagnóstico da Doença de Stargardt (doença degenerativa da retina), que lhe veio tirando a visão de forma progressiva até então. Hoje ela possui apenas 10% de visão, mas a deficiência não sufocou sua garra e nem determinação, muito menos seus sonhos. Continuou praticando o esporte e treinando constantemente, agora pela modalidade inclusiva. Em 2014 se tornou uma atleta da Amei, com sede em Marília. Anos depois, passou a integrar o elenco de paratletas da equipe da sociedade esportiva do Palmeiras.

Alana Maldonado embarcou para Tóquio, Japão, no começo de agosto, junto com outros dois paratletas de Marília, os corredores Daniel Martins e Gustavo Dias. Estreou com vitória ao aplicar um ippon – o chamado golpe perfeito no judô – na italiana Matilde Lauria. Na semifinal venceu a paratleta da Turquia, Raziye Ulucam e se habilitou para a final, conquistando o ouro com um wazari na georgiana Ina Kaldani. A vitória de Alana emocionou o Brasil e vem inspirando moradores de Marília e Tupã, que estão utilizando as redes sociais para homenagear a conterrânea.


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