Estamos chegando ao final de nossa série #JundiaíRaiz, em comemoração aos 364 anos de Jundiaí. Desta vez, trazemos para você um pouquinho da história de alguns lugares significativos para a cidade. Afinal, quem nunca se perguntou o que de fato era aquele prédio verde e branco ao lado do São Vicente ou, pelo menos uma vez na vida, já se deparou com a grandiosidade e a riqueza de detalhes daquele prédio bonito da Pinacoteca, no início da Rua Barão de Jundiaí?

Mas ok, cá entre nós, tem alguns detalhes que nem sempre imaginamos que eles estejam ali, ou que fazem parte da história daquele lugar. Por exemplo: geralmente, esses lugares são ‘batizados’ com o nome de pessoas importantes para a cidade. Será que você já reparou nesses nomes? Ou você sabe que esses prédios, em sua maioria, já tiveram outras finalidades? ? Pois é! Nós vamos te ajudar e contar um pouquinho sobre as construções e sobre quem foi homenageado nelas. Vamos lá?! 🙂

Da primeira escola pública de Jundiaí, a Biblioteca e Pinacoteca

Esse lugar aqui é bem legal e talvez sua história não seja tão conhecida por parte dos jundiaienses. Estamos falando do prédio construído em 1896, no início da Rua Barão, e que abriga atualmente a Pinacoteca Municipal Diógenes Duarte Paes. Você sabia que até 1979 era lá que ficava o Siqueira de Moraes, a primeira escola pública de Jundiaí? ?

Fotografia em preto e branco de 1946 da fachada do prédio da atual Pinacoteca.
Foto de 1946 do Grupo Escolar Coronel Siqueira de Moraes. (Foto: Sebo Jundiaí/Reprodução)

Quando o Siqueira mudou para o atual endereço, na Rua 23 de Maio, o prédio passou a ser ocupado exclusivamente pela Biblioteca Pública Municipal Profº. Nelson Foot até o ano de 2006, quando foi transferida para o Complexo Argos.

A partir de 2008, passou a funcionar no local a Pinacoteca Municipal Diógenes Duarte Paes, que homenageia o renomado pintor e desenhista jundiaiense, autor de obras expostas na cidade e na capital, inclusive no Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Foto colorida da fachada da atual Pinacoteca.
Pinacoteca Diógenes Duarte Paes, inaugurada em 2008. (Foto: PMJ/Reprodução)


Aliás…

Conhece essa belezinha, aqui?

Bandeira do município de Jundiaí.
(Foto: Reprodução)

Siiim, o autor da bandeira de Jundiaí é o Diógenes! ?

A explicação dos elementos da bandeira é bem didática: o azul representa o Rio Jundiaí, já o vermelho, verde e o branco são referências aos imigrantes italianos e as datas são da fundação (1615) e elevação à vila (1655). O campo verde representa o “Mato Grosso de Jundiaí” e o forte cultivo de uva da região. As referências à indústria aparecem na roda dentada e, por fim, o Baluarte representa a ideia da “porta do sertão”. Legal, né?

Da Argos Industrial ao Complexo Argos

É um dos cartões postais da cidade e seu passado e presente são motivo de orgulho para todo jundiaiense! Os mais antigos talvez se lembrem dos tempos gloriosos da Argos Industrial, uma indústria de tecelagem fundada em 1913 e que chegou até a produzir o tecido usado nas fardas do Exército Brasileiro!

Porém, toda a história e importância na indústria de tecidos não foram capazes de resolver a crise instalada na empresa no início da década de 80, e a fábrica teve de fechar as portas.

Foto em preto e branco das antigas instalações da Argos Industrial.
A Argos Industrial chegou a ser a maior empregadora de Jundiaí. (Foto: Sebo Jundiaí/Reprodução)

O abandono tomou conta das instalações daquela que foi considerada, durante anos, a maior empregadora de Jundiaí, e que inclusive ajudou na industrialização da cidade e a formação dos bairros da região, como a Vila Arens.

Em 1989, com verba destinada para a educação, a Prefeitura compra o terreno e o transforma no Complexo Educacional e Cultural “Argos”, que abriga o Centro Municipal de Educação de Jovens e Adultos (CMEJA), o Centro Municipal de Capacitação e Formação Permanente do Magistério, o Centro Municipal de Informática, o Centro Municipal de Línguas, a Biblioteca Municipal Profº Nelson Foot, o Instituto Federal e a TVTEC.

Foto aérea atual do Complexo Educativo e Cultural "Argos".
Complexo abriga diversos equipamentos de educação e cultura de Jundiaí. (Foto: PMJ/Reprodução)

Para sempre uma Casa de Saúde

Outro local importante para Jundiaí é a Casa de Saúde Drº Domingos Anastácio. Construída no início do século passado pelo próprio doutor Domingos para a comunidade italiana, se chamava ‘Fratellanza do Mútuo Socorro’, e só a partir de 1924 passou a ser a ‘Casa de Saúde’. Durante décadas a dedicação de Domingos Anastácio e dos médicos que passaram pela Casa fizeram a diferença nas milhares de vidas que passaram por ali.

Foto em preto e branco da Casa de Saúde, mostrando também um pequeno perímetro da atual Praça Dom Pedro II.
Casa de Saúde nasceu da iniciativa de Domingos Anastácio e de médicos para atender a comunidade italiana. (Foto: Sebo Jundiaí/Reprodução)

Atualmente, sua histórica fachada está escondidinha por um muro, bem em frente à Praça Dom Pedro II. Suas dependências são usadas hoje em dia pelo Hospital Regional e pelo Hospital São Vicente de Paulo.

Ainda hoje lembrado

Domingos Anastácio nasceu em 1875 em Paola, na Itália, e formou-se em Medicina em 1898, na cidade de Roma. Veio para o Brasil em 1904, e em 1909 fixou-se em Jundiaí, onde faleceu em 1938.

Durante os quase 30 anos que morou em Jundiaí, Domingos se dedicou aos mais pobres da cidade, atendendo-os em suas próprias casas sem cobrar nem um tostão por isso. Muitas vezes ele mesmo dava os remédios ou o dinheiro necessário para a compra destes.

Até hoje, seu túmulo é um dos mais visitados no Cemitério Nossa Senhora do Desterro e sempre homenageado com flores e velas.

Foto colorida do túmulo de Domingos Anastácio no Cemitério Nossa Senhora do Desterro. O túmulo está com alguns vasos de flores, de visitantes.
O túmulo de Domingos Anastácio é um dos mais visitados e homenageados do Cemitério Nossa Senhora do Desterro. (Foto: Memórias Póstumas da Cidade/Reprodução)

Olha, sabemos que faltaram muuuitos locais! Afinal, que cidade cheia de história é Jundiaí, não? Esperem por mais matérias cheias de curiosidades! Mande aqui embaixo nos comentários os locais mais legais da cidade ou os que você gostaria de saber mais sobre seus detalhes e sua história. ?


Pessoal, encerramos por aqui nossa série #JundiaíRaiz! Foram matérias inesquecíveis e que com certeza retratam um pouco da nossa cidade, da nossa cultura, do nosso povo. Ficamos muito felizes pelos acessos, comentários e compartilhamentos de todo mundo! E não se esqueçam: Jundiaí é maravilhosa! Ame, cuide e a torne ainda mais Jundiaí! Feliz aniversário, Jundiaí! ???

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