Senhoras e senhores, hoje (19 de agosto) é comemorado o Dia do Artista do Teatro! Dia daqueles que fazem a alegria da plateia, a faz chorar, se apaixonar e entrar em cena.

Essa data homenageia os profissionais que atuam em performances teatrais, atores, diretores e os responsáveis pela sonoplastia, iluminação e figurino, pois todas as funções são fundamentais para o sucesso de qualquer espetáculo teatral, por isso devemos parabenizar todos os profissionais da área.

Para entender um pouco mais sobre a vida de um ator, conversamos com Rodrigo Moraes, 29 anos, que trabalha como ator e também tem formação em administração. O jundiaiense brinca que foi “fabricado” no Paraná, pois seus pais vieram para a cidade no sexto mês de sua gestação. Ele passou toda a sua infância e adolescência no Jardim São Camilo e hoje mora no bairro Caxambu, sendo o caçula da família.

Rodrigo em cena – Foto: Divulgação

Rodrigo conta que iniciou no teatro aos 11 anos, “Foi por meio de um projeto social no bairro. As aulas eram ministradas no Complexo Fepasa. Contudo, o grande “barato” era a “viagem” de ônibus do bairro (Jd. São Camilo), até o Complexo (Centro). Mas a alegria não durou muito, naquela época as salas não dispunham de condições e tivemos de encerrar as atividades por lá.”

Ele retornou as atuações aos 14 anos, com aulas em um salão comunitário do bairro onde morava. Foi aí que pegou o gosto pela arte e não parou mais. Após deixar a instituição devido à inserção no mercado de trabalho, com a conquista do primeiro emprego, Rodrigo continuou a fazer teatro em outros locais. Aos 19 anos, decidiu fazer um curso técnico em São Paulo e conciliar com as atividades que fazia por aqui (trabalho e faculdade).

Rodrigo em cena – Foto: Divulgação

Mesmo com a ideia do técnico, ele ainda não havia se imaginado fazendo teatro como forma de ganhar a vida. Ele nos contou que sua vivência profissional é recente. “Deixei o “mercado tradicional” a pouco mais de dois anos. Tenho vivido a experiência do trabalho com teatro com crianças e adolescentes como arte educador na instituição Almater que realiza o trabalho de Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Tenho realizado também trabalhos como Contador de Histórias com uma parceira – Sueli Patelli, Contadora de Histórias e Professora de Literatura Infantil há muitos anos. Juntos, criamos o UNI VERSO & PROSA.” Não profissionalmente, também já vivenciou muitas coisas nos palcos, passando por autores consagrados como Nelson Rodrigues, Ariano Suassuna e William Shakespeare, e autores não consagrados e locais.

Ele ressalta as diferenças de ser ator profissional e do teatro sendo apenas um hobby. Para ele essa separação foi um processo natural. “O teatro sempre foi muito presente pra mim, e eu não o escolhi, ele me escolheu. A maior diferença está na questão do ofício, quando alguma coisa que você faz passa a ser teu meio de vida e você o faz com amor, dedicação e respeito, mora aí um caráter diferente, uma busca pela melhoria contínua. Isso é bom e penso ser profissional.”

Atualmente faz trabalhos esporádicos (em relação à atuação) e não participa de nenhum grupo. Mas segue na carreira artística como contador de histórias e arte educador, em seu segundo ano. Ele anseia fazer parte de uma companhia de teatro que seja viva, com pesquisas e projetos constantes. Um de seus muitos sonhos é fazer um filme. Quem sabe em breve o veremos nas telinhas?

Rodrigo em cena – Foto: Divulgação

Um grande artista que o inspira muito é seu primeiro professor, José Renato Forner, que ainda atua na área, atuando, dirigindo, lecionando, um verdadeiro artista do teatro. “Além dele, sempre gostei muito do cinema nacional e, nomes como Antônio Fagundes, Selton Mello, Fernanda Montenegro, Wagner Moura, Rodrigo Santoro, entre outros, me fizeram olhar de forma diferente o ofício do ator.” Ele deixou uma mensagem para aqueles que pensam em seguir carreira nessa área:

“O teatro tem me feito perceber o mundo que não percebia enquanto desempenhava outras profissões/funções. Mas não porque sou melhor ou diferente agora. Pelo contrário. Aliás, parto da premissa de que ser artista não é uma vantagem. Então, essa percepção está totalmente ligada ao prazer e o carinho com que despendo minhas energias, uma vez que tenho feito o que
gosto, amo. Não importa o que vá fazer, tenha prazer!”

História do Teatro

A origem do teatro seu deu no século VI a.C., na Grécia Antiga, surgindo das festas dionisíacas realizadas em homenagem ao deus do vinho, teatro e fertilidade, Dionísio. Essas festas eram rituais sagrados, procissões e recitais que duravam dias seguidos, aconteciam uma vez por ano na primavera, períodos em que se fazia a colheita do vinho naquela região.

Teatro de Herodion (Atenas, Grécia). Foto: Anastasia Fragkou/Shutterstock

O teatro grego que hoje conhecemos surgiu, segundo historiadores, de um acontecimento inusitado. Quando um participante desse ritual resolve vestir uma máscara humana, ornada com cachos de uvas, sobe em seu tablado em praça pública e diz: “Eu sou Dionísio!”. Todos ficam espantados com a coragem de se colocar no lugar de um deus, ou melhor, fingir ser um deus, coisa que até então não havia acontecido. Este homem chamava-se Téspis, considerado o primeiro ator da história do teatro ocidental. Este acontecimento é o marco inicial da ação dramática.

No Brasil, as representações surgiram no século XVI, no começo as encenações tinham temáticas religiosas e a intenção dos espetáculos era a catequização do público. Em 1808, com a vinda da família real portuguesa para o país, os primeiros teatros começaram a surgir.

E se você é fã de teatro, confira na Solutudo o que tá acontecendo na cidade!

Fonte: Calendarr; Infoescola.
Foto: Divulgação


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