Dia 25 de julho é celebrado o Dia Nacional do Escritor. Uma data que homenageia aqueles que se dedicam a escrever sobre temas diversos, podendo ser textos científicos ou fictícios. Por isso decidimos entender um pouco mais sobre a profissão.

Para ser um escritor é necessário um grande conhecimento de vocabulários, gramática e ortografia, além de ter criatividade e conhecimentos gerais do mundo. Um escritor é aquele que não só produz arte escrita, mas também é reconhecido como tal por quem lê a sua produção.

Para George André Savy, uma pessoa só é de fato considerada um escritor, após ter publicações. “Qualquer um pode ter um caderno que escreve memórias, poesias, mas enquanto ele só tem material guardado, não é reconhecido como um escritor.”

Conversamos com o escritor George André para entender um pouco mais sobre esse universo dos escritores, ele nos contou que não escolheu a profissão, mas se descobriu escritor. “Foi na escola quando comecei a fazer redações e ler para a classe, os alunos gostavam da minha redação e o professor me dava nota máxima, foi a partir daí que descobri que tinha o dom para ser escritor e passei a escrever em casa, guardando meu material até que decidi publicar meu primeiro livro, Marvin, quando eu tinha 25 anos.

Foto: Divulgação/George André Savy

O que George acha mais legal em ser escritor é poder conversar com pessoas anônimas: “Pensar que pessoas que eu não conheço lerão o meu trabalho e entrarão em contato comigo me dando um feedback sobre ter gostado ou não da obra e fazendo perguntas.” Ele ressalta que com o surgimento da internet, esse contato ficou ainda mais fácil, pois antes era necessário deixar o endereço no livro para receber uma possível resposta.

Sobre os assuntos que escreve, ele se considera eclético na literatura, “Escrevo sobre quase tudo, sempre fui dinâmico e quis descobrir mais sobre o mundo, os assuntos preferidos são temas sociais e romances policiais.”

Por atuar nessa área social, seu trabalho acaba se tornando importante para a cidade, documentando os fatos que ocorrem, principalmente no aspecto geográfico, pois muitos não conhecem muito bem a cidade onde vivem, por isso ele costuma escrever bastante artigos ou crônicas sobre o meio ambiente e a cidade em geral. Outros meios de inspiração é através da observação, George conta que sempre gostou de sair e conhecer novos lugares e escrever sobre o que via, a cidade e os aspectos humanos. Um outro jeito, um tanto mais diferenciado, é através dos sonhos, que geralmente é influenciado por um conhecimento que ele já tem, mas acaba despertando ideias e a vontade de escrever.

A leitura é um pré-requisito para a escrita?

Na verdade não, nem sempre aqueles que gostam de escrever, também gostam de ler. George nos explicou que é algo que tem uma certa conexão, mas é muito mais complexo, uma pessoa pode ser um escritor, sem ter leitura. Como em um exemplo que ele se lembra: “Um caso raro de um senhor analfabeto que tinha toda a história na cabeça, ele lia pouco, mas era bom de conversa e oratória. Mesmo não tendo o estudo para passar para o papel, ele poderia se tornar um escritor a partir de seus gostos e conexão de ideias.” Ele também faz uma analogia ao fato de que não só não é necessário gostar de ler, como também há pessoas que gostam de ler, entretanto, não conseguem escrever.

Vão haver livros no futuro?

Uma preocupação de George é a questão do mundo virtual, como será a leitura no futuro? As pessoas estão deixando de ter o material impresso em casa e estão utilizando cada vez mais outros aparelhos. “Não sou contra a tecnologia, mas acredito que na internet você se distrai mais fácil, você está lendo e de repente, aparece algo que o distrai ou uma tentação de querer ver o que tem nas redes sociais, fazendo com que a pessoa não assimile muito a leitura. Com o livro físico é mais fácil continuar com a concentração.

Ele acredita que desde que existam leitores para os impressos, sempre haverá livros, principalmente como patrimônio dos que já existem hoje.

Dicas do Escritor Piloto

“Eu sempre digo que é importante as pessoas pensarem na concentração na hora da leitura, você pode utilizar o meio virtual, desde que se envolva e tenha atenção com o que está lendo. Tem pessoas que tem dificuldade em concentração, precisa de um lugar silencioso, outras conseguem ler em um ambiente mais barulhento. Se você tem dificuldade, recomendo o treino, procure saber onde está a dificuldade e como superar, não desistindo.

Hoje está mais fácil ser escritor, com a internet se tem mais recursos para serem avaliados. Há pessoas que têm medo de escrever e não agradar o público, não tenha medo de ser criticado, de receber perguntas, sempre haverá quem vai gostar e quem não vai.

Outra dica é registrar as obras, se a sua ideia for bacana ela pode ser roubada! O título e texto da obra pode ser registrado na Biblioteca Nacional, por isso, sempre é bom dar uma pesquisada se o nome do seu livro já existe antes de publicá-lo.”

Escritor Piloto

Foto: Divulgação/George André Savy

O Escritor George André, conhecido pelo nome literário André Piloto, é formado em Administração e Meio Ambiente. Possui 3 livros publicados por editoras e 7 montados artesanalmente. Também atua fazendo palestras sobre meio ambiente e incentivo a leitura.

Agora que você já conhece um pouco mais sobre o mundo dos escritores, que tal começar a escrever?

E para todos os escritores, desejamos um feliz dia do escritor.

“Ou escreves algo que valha a pena ler, ou fazes algo acerca do qual valha a pena escrever.”

Benjamin Franklin

Fontes: Calendarr; Infoescola.
Foto: Divulgação Unsplash/Aaron Burden.


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