Neste Dia das Mães gostaríamos de contar um pouco da história da Érica Rodrigues. É claro que sabemos que todas as mães são especiais, mas escolhemos a história dela pra fazer uma homenagem a todas elas. ?

Desejo e luta

Érica conheceu seu esposo, Rogério, em 1995. Eles se casaram em 2006, mas sempre tiveram um sonho ainda maior: serem pais. Érica nos contou que em 2010 eles decidiram ter filhos: “Eu não engravidava, e quando eu consegui, sofri um aborto, e só daí foi que descobri que estava grávida e que tinha ovários policísticos, que dificultava a gravidez.”

Com esse desejo de serem pais, decidiram buscar informações sobre o processo de adoção. Foram ao Fórum de Jundiaí e entraram na fila para adotar uma criança. O processo durou cerca de 11 meses. Nesse meio tempo, apadrinharam algumas crianças na Casa de Nazaré para começarem a sentir um pouco de como era ser pai e mãe.

Finalmente em 2014 veio a notícia: havia um grupo de irmãos na cidade de Diadema para serem adotados. Érica disse que na hora já pensou “são meus!”, mas ela ainda precisava conversar com o marido.

“Na época tínhamos um buffet, a vida era uma correria, pensamos que o máximo que aconteceria era termos que parar com o buffet e procurar uma nova renda. Então decidimos adotar os irmãos João Victor, de 1 ano, a Thaís Vitória, que tinha 2 aninhos e o Davi Gustavo, de 4 anos.”

O casal foi conhecer os novos filhos, ficaram 15 dias indo de uma cidade para a outra. “O momento mais difícil foram esses dias, pois íamos ver eles e depois deixávamos no abrigo.”

Nova vida

Após esse período, as crianças ficaram dois dias na casa do casal e, na volta pro abrigo, choraram na despedida. Foi o momento que conversaram com a assistente social e decidiram: “fácil não vai ser, mas são nossos filhos”. Então a família reunida voltou para casa.

A dificuldade em ser mãe, que estava mais relacionada ao fato de serem pais de primeira viagem, só que em dose tripla, com o tempo foi gerando aprendizados e muitas alegrias. “Uma hora não havia nenhuma criança, depois tinham três. Às vezes era 21h30 e ainda não tínhamos jantado. Foi uma correria, pois todos usavam fralda na época, mas também foi gratificante.”

Com tudo caminhando bem, Érica não procurou mais tratamento para os ovários: “pra mim já estava tudo certo e o vazio já havia sido preenchido.” Ela lembra que em 2017 a mãe de sua cunhada perguntou se ela queria ter mais filhos e ela respondeu que “se Deus quiser que eu seja uma mãe biológica e quiser me presentear com isso, vou aceitar e amar igual já amo os três, mas pra mim eles já bastam, eu me sinto mãe, não me falta nada“.

Deus escuta, viu?

Após um tempo de ter dito isso, Érica começou a passar mal. Comentando com seu esposo, ele a sugeriu que fizesse um teste de gravidez. “Eu achei que era apenas uma virose. Depois as coisas foram piorando e fiz o teste, que pela primeira vez deu positivo.”

E assim começou a gravidez da Maria Laura, que foi bem tranquila, apesar da idade de Érica (35 anos) e algumas doenças que deixavam a gravidez como sendo de risco. “Meus filhos me ajudaram muito durante a gestação e também com o enxoval, pois meu marido trabalhava fora.”

Família completa!

A família é um grude, viu? Eles têm o hábito de saírem todos juntos para o mercado, pro médico, shopping… A única vez que ficaram longe das crianças foi no parto. haha

E é lindo ver como uma mãe fala de seus filhos. Olha só: “todos eles são inteligentes, organizados e solidários. O João é bem arteirinho, é o jogador da casa, adora cantar o dia inteiro. A tatá, Thais, é a professora, adora ensinar os irmãos e vai muito bem na escola. E o Davi é o mais espontâneo, o que fala mais, o porta-voz dos irmãos e tem muito cuidado com a irmã mais nova, que dá mais trabalho que os três juntos. Cada um demanda uma ajuda diferente, mas amamos os quatro igualmente”. ?

Ser mãe

“Ser mãe é doação, é participar da vida dos filhos, estar junto o tempo todo, ajudar no dever, acordar no meio da noite por causa de dor, medo. É a melhor coisa que existe na vida de uma mulher e acho que todo mundo deveria passar por essa experiência, ser mãe biológica ou de coração. Essa foi a maior bênção da minha vida. Tem dias que você tá exausto mas você precisa cuidar, eu amo ser mãe. Um medo que eu tinha era da amamentação, as pessoas a minha volta me apavoravam ainda mais, mas hoje eu amo amamentar, acho maravilhoso. Ser mãe muda totalmente a nossa rotina, você perde seus medos. Eu tinha pavor de dirigir e por eles eu consegui tirar carta.”

Para o Dia das Mães Érica deseja só coisas boas.

Acho que o Dia das Mães é todos os dias. A gente não espera nada em troca. Você só entende sua mãe de verdade quando se torna uma. Eu desejo para as outras mães muita força, paciência e saúde! E para aquelas que desejam ser mães e não podem, conheçam o processo de adoção. Às vezes tem muitos mitos em relação a criança crescer revoltada, mas dando amor, não tem porque isso acontecer. Quando me dizem que estão pensando em adotar, falo que foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida.

Que lindo, não? ? Com certeza você também teve uma mãe maravilhosa, e que guardará ela pra sempre nas memórias e no coração. Que tal ligar pra ela, falar que você a ama muito e que, apesar de tudo, ela é a melhor mãe do mundo? Um feliz Dia das Mães! ???


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