Talvez uma das maiores alegrias que possam existir para um pai é ver seus filhos crescerem, construírem uma vida digna e confortável e, se não for pedir demais, ainda por cima repleta de sucesso, né não? ? Agora, imagina o tamanho da alegria e do orgulho se eles alcançarem tuuudo isso justamente cuidando de um negócio familiar, construído por você próprio, com muito suor e trabalho? Não tem preço, né? ?

Para este Dia dos Pais, temos a maior alegria de contar aqui a história de duas das mais tradicionais empresas da cidade, que começaram pequenas, a partir do sonho de dois homens, e que ganharam corpo e existem até hoje por causa de seus filhos. Com vocês, as origens e histórias do Gran Bazaar e da Refrigeração Fabrício! ?

Pais visionários

Com certeza, se você não já precisou delas, ao menos alguma vez na vida já passou pela frente ou chegou a entrar pra ver o preço de alguma coisa. ? E, apesar de épocas, donos e propósitos diferentes, as histórias do Gran Bazaar e da Refrigeração Fabrício se confundem em dois aspectos: a visão de seus idealizadores e a tradição familiar de continuar os negócios.

Luciane Atique Martins é empresária e filha do fundador do Gran Bazaar, o senhor Wahib Atique. Filho de um imigrante libanês, começou cedo a trabalhar com o pai em uma loja de roupas masculinas ali na Rua São José. “Meu pai sempre foi muito persistente e autodidata. Depois de alguns anos, no início da década de 60, mais precisamente em 1961, também na Rua São José, ele começou a trabalhar com conserto e venda de televisão“, conta Luciane. ?

À época, Wahib era uma das poucas pessoas que prestavam o serviço de conserto de televisores na cidade. Passados alguns anos, ele se casou com Maria Lúcia Orlando Atique, que começou a trabalhar junto com o marido na loja. “A partir daí, mudaram de ramo e começaram a vender utilidades domésticas. Quase não haviam lojas com esses produtos e então ele viu que seria um ramo promissor.” No início, vendia para restaurantes, bares e clubes. Com o passar dos anos a loja cresceu, se modernizou e se mudou para a Rua Barão de Jundiaí. 

Cerca de 20 anos após o início do sucesso dos Atique, foi a vez dos Fabrício fazer a diferença em Jundiaí. Em 1984, Onorato Fabrício já trabalhava no comércio jundiaiense, mas seu principal trabalho era mesmo distribuir frangos nas mercearias, mercados, restaurantes e lanchonetes de Jundiaí e região. Conhecedor do ramo, Onorato percebeu uma certa carência de lojas especializadas no segmento de refrigeração, e viu a oportunidade de abrir uma que oferecesse tudo em refrigeração e mais um pouco. Assim nascia a Refrigeração Fabrício.

“Logo, eu e meu irmão Orlando começamos a trabalhar na empresa, que até hoje é familiar, ajudando meu pai na administração e em todos os segmentos da loja. Era uma loja muito pequena, com em torno de 150m²”, lembra os primórdios do negócio César Fabrício, filho de Onorato. “Na década de 1990, com o aquecimento da economia, a loja cresceu rapidamente. Nessa, minha mãe também iniciou o trabalho conosco. Então trabalhava o pai, a mãe e os filhos, juntos, na administração.” ?‍?‍?‍?

Dos pais pros filhos

César afirma que o envolvimento seu e o do irmão Orlando no negócio do pai sempre foi muito grande, desde a juventude. “Tínhamos por volta de 20 anos quando começamos a trabalhar com meu pai, tanto na administração como em todas as outras áreas da loja.” Depois de um tempo fazendo de tudo um pouco, já no comando da loja, os irmãos tem as tarefas bem definidas: Orlando fica na área de compras e César de de projetos e recursos humanos, e a administração geral é compartilhada por ambos.

E no ano 2000, no aniversário de 16 anos da Refrigeração Fabrício, mais uma integrante da família adentra nos negócios. É a vez da família expandir para o segmento de utensílios e a irmã Maísa tomar conta da nova empreitada. “A gente cobre com a Fabrício Utensílios todas as necessidades de pratos, talheres, panelas para atender restaurantes, hotéis, bares, e todo o segmento que necessita desses utensílios”, lembra César. 

No caso de Luciane, a empresária também sempre trabalhou com os pais, mesmo quando ainda estudava. E, mesmo após ter cursado duas faculdades, decidiu permanecer no negócio iniciado pelo pai. “Depois que me casei meu marido e eu trabalhamos juntos, e assim, se passaram quase 60 anos desde o início de tudo, com muita dificuldade e lutas durante todos esses anos”, afirma. 

Esperança nas novas gerações

“Tenho 2 filhos que, com certeza, irão fazer uma faculdade. E se eles quiserem tocar o negócio da família, acho o comércio um excelente e promissor trabalho. Gosto muito do que faço e não trocaria por emprego algum”, garante a dona do Gran Bazaar.

Quem também tem filhos e torcem para que eles continuem a trilhar o caminho dos pais são os irmãos Fabrício. O filho de César até já terminou a faculdade de Admnistração, enquanto o de Orlando, que faz o mesmo curso do primo, irá em breve também se formar. “Nós esperamos que nossos filhos sigam o nosso caminho, mas optamos por deixar caminharem por outras áreas, e fora da empresa, para adquirirem um know how e aprendizado para que possam trazer novas ideias para a empresa”, explica César.

Tanto César como Orlando compreendem que o comércio eletrônico ainda é um baita desafio para eles, e que serão os filhos, a terceira geração dos Fabrício nos negócios, que poderão entender e atender as expectativas da empresa no mundo digital. “A gente tem esperança de que eles se apaixonem também por esse mundo comercial e que caminhem com a gente, dando continuidade a essa empresa que há 36 anos é totalmente familiar.”


Que demais, né gente? E, independente se seu pai administra um negócio formal ou os negócios aí da sua casa, temos que aplaudir e valorizar o esforço e o trabalho de cada um deles! Aos pais de ontem e aos de hoje, um Feliz Dia dos Pais! ?‍??


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