Todo mundo, quando criança, tem um sonho, não é verdade? Alguns querem ser, quando crescer, jogadores de futebol, outros querem ser médicos, bombeiros, e assim vai… E quando sabemos da história de alguém que não deixou o sonho morrer mesmo em meio aos desafios e dificuldades da vida, somos motivados a, mais do que nunca, continuarmos a correr atrás dos nossos sonhos, independente da situação ou condição em que estejamos. ?

Cada um de nós, mesmo com as nossas próprias histórias e trajetórias, somos convidados a conhecer e nos inspirar com a história de vida do advogado jundiaiense Diego Barbosa, de apenas 36 anos, que não abandonou em nenhum momento o seu trabalho de motorista de caminhão em um depósito de materiais de construção para realizar seu sonho de, um dia, poder advogar. ⚖

(Foto: Arquivo Pessoal/ Reprodução)

O alicerce

“Um jovem com muita vontade, crença e honestidade“. É dessa forma que Diego costuma se descrever, complementando ainda que esses três valores são seus princípios para tudo na vida. “No meu íntimo, são essas a minha base: de nada vale saber se eu não empregar o querer, a vontade de fazer, de realizar. A crença é indispensável, pois acreditar é a base para a iniciação de qualquer coisa, e a honestidade é a verdade que busco empregar sempre nas minhas relações” explica, com maestria.

E quem lhe apresentou tais princípios, mais do que apenas falar deles, os empregou também com maestria em vida: “Impossível não falar de minha mãe. Mulher guerreira, batalhadora que se viu sozinha aos 30 anos após o repentino falecimento do meu pai, também muito jovem. Sozinha, com três crianças pequenas, eu com 7 meses de vida, minha irmã com 3 anos e meu irmão com 5 anos, nós sempre vimos nela um porto seguro, uma muralha intransponível e inabalável, pois demostrava, e ainda demostra, ser a literal prática da crença, vontade e honestidade”. ?

Com seu amor, Érica, Diego é pai de Itallo e de Belinha, o xodó da família. (Foto: Arquivo Pessoal/ Reprodução)

A construção de um sonho

Mesmo jovem, sua mãe dedicou integralmente seu tempo à criação dos filhos e ao sustento da casa. E, apesar da família ter passado algumas vezes por dificuldades financeiras, foi por vontade própria que Diego começou a trabalhar com apenas 12 anos. “Vontade própria pois, embora pobres financeiramente, tínhamos aquilo que até hoje entendo ser necessário e suficiente para qualquer pessoa humana: apoio moral, alimentação, moradia e afins, juntamente com a liberdade para estudar. Tínhamos muito mais que infelizmente a grande maioria não tinha”, recorda.

Seu primeiro trabalho foi de ajudante de motorista, e foi ali o início da paixão pelos caminhões. Assim que Diego atingiu a maioridade, tirou sua habilitação e, após um tempo, finalmente migrou para a habilitação profissional. “A grande magia para quem tem vocação para isso está na dinâmica de estar em diferentes lugares em curtos períodos, bem como o sentimento de liberdade e independência.”

E, mesmo estando ali, todos os dias fazendo o que gostava, o jovem motorista ainda nutria um antigo sonho, que ainda estava bem vivo dentro de si: o de seguir a carreira policial, especificamente como investigador de polícia. E foi um amigo que lhe deu um conselho que mudaria para sempre sua vida: “Ele me disse para fazer Direito, pois futuramente poderia ser um delegado. E foi então que o interesse veio e tudo aconteceu”.

Diego concedendo entrevista à Rádio Difusora de Jundiaí, em 2015. (Foto: Arquivo Pessoal/ Reprodução)

“Foi bem desafiador, pois por todo o período da faculdade eu continuava sendo motorista de um depósito de materiais para construção. Um trabalho de muito desgaste físico. Costumo brincar que a quantidade de cimento que carreguei na cabeça, pessoas normais não tomaram de copo de água”, se diverte o advogado.

Passados os 5 anos de curso, foi no final do último da faculdade, ainda como motorista, que Diego foi finalmente contratado como estagiário em um escritório. Escritório este, aliás, em que hoje ele é sócio: o Monteiro & Valente.

Raízes

Apesar de trabalhar desde então na área, e ainda ter expandido nesse tempo sua área de atuação – hoje, ele tem um restaurante e uma loja de conveniência -, Diego ainda possui seu bom e velho caminhão. No entanto, o veículo tem uma finalidade um pouco diferente da de alguns anos atrás: “Minha filha adora andar no ‘caminhão do papai’, nas palavras dela. Ainda sinto paixão pela estrada, e num futuro próximo espero utilizar para trabalhos esporádicos, porém, se possível, sem a dependência financeira do mesmo”.

“Tenho uma família maravilhosa, a qual amo incondicionalmente”. (Foto: Arquivo Pessoal/ Reprodução)

Em simples palavras: o caminhão foi a base e ainda continua sendo a minha paixão; o escritório é a minha dignificante profissão.


Que história realmente inspiradora! ? E como o Diego, tantas outras pessoas têm muito a nos ensinar sobre dedicação e perseverança. Parabéns, Diego, e a todos que ainda seguem com seus deveres e sonhos nas boleias (e escritórios) Brasil afora. ??


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