Por mais um ano, todos nós teremos um Dia das Mães, diríamos, um tanto diferente por conta da pandemia de covid-19. Seja pelas comemorações mais contidas, seja pela ausência delas, acreditamos que jamais devemos deixar de ter esperança de que tudo ficará bem e que dias melhoras virão. ? E nada melhor para nutrir essa esperança por dias melhores do que se inspirar em pessoas que já estão fazendo a diferença na vida de quem mais precisa, não é mesmo? ?

Queremos então dividir com vocês desta vez a história do projeto Mães que acolhem, criado aqui mesmo em Jundiaí a partir de um verdadeiro ‘instinto materno’, se podemos chamar dessa forma. “O projeto nasceu da ideia de três mães, que montaram um grupo de WhatsApp quando souberam, em 26 de março deste ano, da história de um adolescente e uma criança que perderam o pai, a mãe e a avó para a doença”, explica a psicóloga Renata de Lucca Zezza, uma das idealizadoras.

De mãe para mãe

Criado no dia 26 de março, com pouco mais de 1 mês de existência, e contando apenas com doações da comunidade e a solidariedade de dezenas de pessoas que se voluntariaram para ajudar na causa, o grupo conseguiu amparar 10 crianças e adolescentes órfãos pela covid-19. Três destes órfãos são irmãs entre 9 meses e 10 anos, e que após a morte da mãe de apenas 26 anos, no início de abril, passaram a morar com a avó, a manicure Adriana Del Rio Zafalon, de 42 anos. O pai das crianças, segundo relata a avó à Agência Brasil, abandonou a família logo depois do funeral da mulher.

Precisando sustentar as netas e os 2 filhos, Adriana e o marido procuraram o Mães que Acolhem, que está ajudando das mais diversas formas, inclusive a pagar o aluguel da casa. Segundo Adriana, o vazio da perda não vai sumir, mas o apoio dado pelo projeto tem ajudado de forma crucial a família neste momento difícil.

Olhar de mãe

E para oferecer um quadro completo de acolhimento e apoio, Renata lembra que o projeto fez parcerias com o Conselho Tutelar, com a Casa de Nazaré, com o projeto Associação Sacolinha e com o Grupo Anchieta, que auxiliam o Mães que Acolhem a chegar nos casos de crianças e adolescentes que necessitam de amparo. “Nós também vamos atrás de casos que ficamos sabendo pela mídia, e qualquer pessoa que souber de algum menor nessa situação pode nos procurar”, enfatiza.

Renata explica que o primeiro passo dado quando um novo caso é abraçado pelo projeto é um estudo psicossocial realizado por uma assistente social voluntária, para saber das necessidades da criança e da família que a acolheu. A partir disso, o grupo de mães define o tipo de ajuda que irá fornecer e por quanto tempo. “Uma coisa que a gente pensa, e que é verdade, é que quando existe um caos todo mundo vai lá para ajudar, mas e daqui a um tempo? Quem vai assistir? Quem vai apoiar esses jovens? O nosso objetivo é dar continuidade para que eles tenham segurança para seguir.”

Mães que acolhem – e são ajudadas

Atualmente, com mais de 300 pessoas interessadas em ser voluntárias, o Mães que acolhem conta com um cadastro de voluntários profissionais, com cada interessado tendo preenchido uma ficha online com aquilo que pode fazer. “Com isso, hoje temos psicólogos, fisioterapeutas, advogados, cabeleireiros, contador de história, assistente social, e assim vai”, explica Renata.

Leia também: Todo bem que o Bem nos traz

O projeto mantém também uma arrecadação constante de cestas básicas para os acolhidos e materiais que podem ser vendidos em um bazar online pelo Instagram, o @bazardomaes. As doações podem ser feitas de segunda a sexta, das 8h às 18h, na Rua Santa Maria, 412, na Ponte São João.

Os interessados em doar qualquer quantia em dinheiro, pode realizar transferências via PIX pelo número 11997015319, ou pela conta bancária da publicação abaixo. Outras informações acerca das ações do Mães que Acolhem e de como também se voluntariar você encontra no Instagram oficial do projeto, o @maes_que_acolhem.


O amor de mãe sempre tem algo a nos ensinar, não é mesmo? ? E, sobretudo neste caso, nos mostra que ele não tem limites, nem alvo certo para atingir. O carinho, o cuidado, o acolhimento é para todos. Parabéns, mães! ❤ E a todas vocês, nossos mais afetuosos abraços e o desejo de um Feliz Dia das Mães! ???

Fontes: Agência Brasil, Uol


Gostou desse conteúdo? Deixe seu comentário no campo abaixo! E se você conhece alguma história bacana de Jundiaí e quer que ela seja contada aqui, entre em contato pelo e-mail: [email protected]

5/5 - (8 votes)

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor, deixe o seu comentário
Por favor insira o seu nome aqui