Independentemente da sua crença ou religião, todos nós temos, ou conhecemos alguém, com alguma história que inspira e emociona, e que mistura elementos de fé e de amor. E neste dia 12 de outubro, tão especial sobretudo para os fieis católicos brasileiros, por comemorarem há mais de 300 anos nesta data a padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, você conhece a história do casal Geralda e Clodomiro, casados há mais de 40 anos e que fazem valer desde o primeiro dia, e com a ajuda de Nossa Senhora, o voto que juraram no dia do matrimônio: “prometo estar contigo na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos separe”. ?❤?

Casal quase perfeito

Como em todo bom romance, há sempre uma ótima história de como os pombinhos se conheceram. ? E é claro que com a dona Geralda de Brito Costa, de 70 anos, e o seu Clodomiro Alves Costa, de 69 anos, não poderia ser diferente, né? Dona Geralda conta que o amor chegou uma noite sem avisar e bateu à sua porta, entrou em sua vida e nunca mais saiu… Literalmente. “Eu e o Clodomiro nos conhecemos em minha casa mesmo, através da minha cunhada, irmã dele. Uma noite ela veio em casa e o trouxe também, e eu acho que foi amor à primeira vista, porque eu olhei e gostei dele, e ele a mesma coisa comigo. Depois fomos a uma quermesse, e aí começamos a namorar”, relembra.

Os dois namoraram por 6 meses e logo se casaram. E, desde então, foram quatro décadas de uma casamento repleto de muitas delícias e aprendizados. “Esse tempo foi muito bom, com muitas graças, mas também com muitas quedas. Mas foi através dessas quedas que levantamos mais fortes. E eu só tenho que agradecer a Deus, porque o Clodomiro era um dependente de álcool e deu bastante trabalho. Mas o Senhor me deu muita paciência, muita sabedoria pra cuidar dele. E o Clodomiro também cuidou de mim, porque nas horas que não bebia ele era muito bonzinho pra mim, então isso foi aconchegando mais nosso relacionamento de casal”, conta Geralda.

Acima de tudo, a fé

O piedoso casal com um de seus netos, Wagner Junior, seminarista da Diocese de Jundiaí. (Foto: Arquivo Pessoal/ Reprodução)

A senhora lembra que Clodomiro, quando tinha cerca de 35 anos e ainda bebia, não conseguia parar em emprego algum, e foi ela que teve que segurar a barra por um bom tempo dentro de casa. “Ele bebia muito, então em uma bela noite eu falei pra Nossa Senhora Aparecida: ‘Mãe, eu não aguento mais, me tire dessa situação, ao menos mude ele, porque eu tenho 3 crianças para criar, tenho 3 anjinhos pra cuidar, Mãe’. E, logo de manhã, eu o chamei e percebi que ele não se mexia, pegava a mão dele e ela caia. Corri pro orelhão e liguei pedindo uma ambulância urgentemente. Eles vieram e constaram que meu esposo havia sofrido um derrame cerebral“.

Os paramédicos levaram seu Clodomiro imediatamente ao hospital, e lá a equipe médica constatou que seu estado era muito grave. Os médicos informaram dona Geralda que, antes de entrar com a medicação para tratar propriamente do derrame, precisavam desintoxicá-lo, tamanha era a quantidade de álcool em seu sangue. “Ele estava muito intoxicado pela bebida, e os médicos tiveram que tratá-lo por mais de 10h pra tirar totalmente o álcool do corpo dele.”

Graças a Deus o derrame dele estacionou e ele ficou bem. Ele deu muito trabalho pra mim, mas Nossa Senhora Aparecida deu muita força, e foi assim que me apeguei ainda mais a ela. E, cuidando dele com amor e carinho, eu sabia que a gente iria vencer.

Em um dia 12 de outubro…

Após 23 dias internado, no dia 11 de outubro Clodomiro finalmente teve alta e foi levado de volta para casa. No entanto, as sequelas do derrame eram muitas, e dona Geralda se perguntava como que seria a vida a partir dali. “Você sabe o que é levar uma pessoa pra casa sem ela poder fazer nada sozinha? A mão dele não se movia, ele não andava”, conta emocionada. E, mesmo diante da insegurança por toda aquela situação, Geralda não deixou-se abalar, e confiava mais do que nunca em uma intervenção divina. “Peguei na mãozinha dele na ambulância, entramos em nossa casa e pensei ‘E agora, Mãe?’. Deitei ele em nossa cama e ficamos ali.”

No dia seguinte, dia de Nossa Senhora Aparecida, os termômetros na cidade de Jundiaí marcavam altas temperaturas. E foi na tarde daquele abafado dia 12 de outubro que seu Clodomiro fez à sua esposa um pedido um tanto quanto compreensível, porém impossível de ser realizado por ela sem ajuda: “Ele me falou que queria um banho de chuveiro, e eu disse que não podia levá-lo, e que ele teria que levantar e ir. Disse a ele: ‘Esqueceu que hoje é dia de Nossa Senhora Aparecida, nossa Mãe do céu? Levante e vai‘. Depois disso peguei minha menininha de 3 anos e saí pra rua.”

Terminado o passeio com a caçulinha, dona Geralda já se encontrava novamente no portão de casa quando ouviu o barulho do chuveiro ligado. Imediatamente se perguntou quem poderia ser, já que na casa só havia seu marido, sem poder sequer se levantar sozinho. “Quando fui ver era ele tomando banho. Comecei a rir, pus a mão na cabeça e disse ‘Louvado seja Deus e Nossa Senhora Aparecida’. Foi uma alegria muito grande, Nossa Senhora nos socorreu.” E dali em diante, seu Clodomiro retomava a cada dia um pouco mais de suas forças, e a vontade de não beber se renovava a cada momento.

Quando me lembro disso tudo, eu digo a Nossa Senhora como que ela foi boa pra mim, como que ela foi mãe pra mim e pra ele. Nós morávamos em uma casa muito humilde de apenas um cômodo, e era extremamente difícil pra nós, mas eu encontrava tanta força, tanta alegria pra morar naquele cômodo com meu marido dependente e as crianças, na certeza, na esperança de que um dia ele iria vencer.

Graça sobre graça

Passados mais de 30 anos da cura física e do vício da bebida de Clodomiro, também pela crença e perseverança de sua amada Geralda, a fé de ambos também foi cada vez mais fortalecida. Tanto é que uma outra graça, entre tantas alcançadas por este casal de fé, teve uma mãozinha mais que especial de Nossa Senhora Aparecida.

“Nós, há muito tempo, fazemos todo ano uma peregrinação ao Santuário de Aparecida. Há 4 anos fomos, e na ocasião ele fez um pedido especial a Nossa Senhora: que naquele momento em diante, já com 53 anos como fumante, que ela o ajudasse a sair desse vício. E a Mãezinha intercedeu por ele. Quando voltou pra casa ele não fumou mais. Foi uma graça imediata, e foi mais uma graça que nós recebemos através de Nossa Senhora Aparecida. Hoje ele não bebe e não fuma, e louvamos e agradecemos a Mãe Aparecida por essa e por tantas outras graças, e por estar sempre cuidando de nós.”

Em sua casa, como sinal de agradecimento e devoção, o casal reserva um pequeno espaço para suas orações e devoções. (Foto: Arquivo Pessoal/ Reprodução)

Tudo foi graça sobre graça, e depois disso tudo que já vivemos só podia agradecer pela intercessão de Nossa Senhora, minha mãe poderosa e maravilhosa. Confiamos, porque ela vem mesmo ao nosso encontro. Na hora que você está mais desesperada é ali que ela chega intercedendo por nós junto a Jesus, porque Ele é maravilhoso. ‘Pedi e recebereis’, Ele diz.


Por esses e tantos outros testemunhos, que o povo brasileiro, desde 1717 encontra forças para suas lutas diárias e para as batalhas da vida. ? E você, alcançou alguma graça ou conhece alguém que a alcançou por intercessão de Nossa Senhora Aparecida? Conta pra gente aqui embaixo nos comentários! E viva Nossa Senhora Aparecida!!! ??

Colaborou Wagner Junior


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