Lives! Quem não conhecia, virou adepto; quem já curtia, não vive mais sem. É mais do que clichê dizer que as lives viraram sensação, né? Elas, do lado de cá do computador ou do celular, nesse tempo de isolamento social é muitas vezes a salvação na hora de se divertir. Mas, e do lado de lá, de quem está transmitindo, como está sendo a experiência de promover as lives? ?

Seja para tirar seu sustendo, para levantar fundos para uma causa ou apenas para entreter o público, artistas de todo o país têm transmitido seus shows ao vivo, pelas redes sociais e pelo YouTube. E os artistas aqui da nossa Jundiaí não ficam atrás, viu? ?

Conversamos com três músicos aqui da terra querida que estão se desdobrando para se adaptar a esses novos tempos e se reinventar para seu público – agora, mais do nunca, virtual! ?‍?

Sinônimo de aprendizado

Para Big Chico, com 25 anos de carreira, a quarentena tem sido de puro aprendizado! Ele, que não era adepto das lives até o início do distanciamento social, já tinha planos de algum dia promovê-las, mas não tão rápido. “Era algo que já via com bons olhos, pela facilidade de atingir o público. Fui então um dos primeiros em Jundiaí e no circuito de blues, a fazer”, conta.

O músico, que em todos esses anos de estrada nunca tinha ficado tanto tempo parado, acredita que as lives são uma ótima alternativa para ele mesmo se reinventar e continuar levando sua música para as pessoas, amenizando um pouco os efeitos negativos do isolamento.

“Tem o lado ruim, porque tem vidas que estão indo embora, pessoas ficando doentes. Mas, por outro lado, nesse tempo de quarentena estou aproveitando para estudar mais as redes sociais, meus instrumentos. Estou dando aulas online, voltei a dar aula de gaita. Está sendo o momento de olhar pra mim mesmo, de cuidar da minha saúde mental, da minha saúde física.”

Com lives às sextas e sábados, sempre a partir das 20h, Big Chico também conta com parcerias: com apresentações para lojas de instrumentos musicais e até bares, a próxima será com o Hotel Ibis, em prol da Casa de Nazaré. “Com mais câmeras, transmissão pelo YouTube e pela TV Japi, essa quarentena está sendo mais do que de inovação: está sendo de muito aprendizado.” E, sem dúvidas, de muita solidariedade também.

Show de solidariedade!

Motivado pelo avô, Manoel, mais conhecido como ‘Barquinho’, a paixão pela música vem de criança. “Autodidata e viciado em música”, como ele mesmo se identifica, Marcio Yagui além de cantar, sabe tocar 25 tipos de instrumentos. ?

E o que era paixão, foi ficando sério e hoje é um tipo de mistura entre hobby e trabalho. “Principalmente quando o canal do YouTube começou a ganhar uma proporção maior”, afirma o músico. Com mais de 45 mil inscritos, Yagui coleciona vídeos com ótimos índices de visualização. Esse aqui embaixo, por exemplo, está a pouquinho de atingir 14 MILHÕES de visualizações!

Dá só uma olhadinha:

Nestes dias, os olhos de todos estão se voltando para uma bela atitude de Marcio: uma live em prol da Cidade Vicentina, entidade em Jundiaí que acolhe idosos. A live, que será transmitida a partir das 17h45 deste sábado (23), não será a primeira do músico, mas com um ‘peso’, uma dimensão que as outras não tiveram.

“Só de saber que estaremos ajudando o próximo, já cria um grau de satisfação enorme. Toda a equipe está a mil por hora, acho que agora está tudo fluindo bem, estamos todos ansiosos para sábado, mas a expectativa tá la em cima, muitos cantores, artistas e empresas estão apoiando. Acho que vai ser um sucesso essa live.”

Marcio conta que a ideia da live em prol da Cidade Vicentina veio naturalmente, uma vez que desde criança já tinha o hábito de visitar os idosos acolhidos na entidade. “Em 2017, ganhei em 1º lugar o Show de Talentos da Sociedade de São Vicente de Paulo, mantenedora da Cidade Vicentina, e desde aí começou uma grande amizade com os integrantes vicentinos”, conta.

“O foco vai ser sertanejo pelos diversos pedidos, mas podem aguardar surpresas. Vamos tentar dar um ar de nostalgia em algumas músicas”, garante Marcio. 😉

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  • YouTube (Live solidária a partir das 17h45)

50 dias de reinvenção

“Já fazia algumas lives antes, porém não em casa e de vez em quando também, por conta do tempo mesmo”, conta a sertaneja Karla Mantovani. Suas experiências de lives, até então, eram as que fazia nos shows, para chamar o público até o local onde estava naquela noite – geralmente bares, lanchonetes e choperias. “Onde a gente tava tocando a gente fazia live.”

Karla também conta que a ideia das lives surgiu logo quando começou as medidas de distanciamento social, “porque eu sabia que iria ficar um tempo parada em casa. Comecei a receber muita mensagem de gente que ia aos meus shows dizendo que estava com saudades, que tava difícil ficar em casa, então tive essa ideia da fazer a live diária”.

E que ideia, hein? Logo de cara, ainda sem previsão de até quando iria durar a quarentena, Karla estipulou a meta de 50 lives, 50 dias, sem parar, que iria fazer shows de 1h30 de duração. “E eu consegui fazer as 50 lives, todos os dias, e depois dessas 50 eu decidi dar uma pausa, coisa de uma semaninha”, conta.

Mas não se engane que acabou o gás, viu? A pausa que começou no dia 12 de maio acabou oficialmente no dia 17, domingo, quando fez uma live com 3 horas de duração. “Como não era todos os dias, mas duas vezes na semana, aumentei o tempo das lives, cada uma com 3 horas. Foi legal, uma experiência bem bacana e bem produtiva para mim. Tinha bastante gente que acompanhava fielmente todos os dias”, lembra.

A cantora comenta que esse período de quarentena está sendo bem difícil, principalmente por estar distantes, fisicamente, do grande público. “Mesmo que estejamos fazendo as lives, não é a mesma coisa. Não temos o retorno do público, as palmas, os elogios, as pessoas cantando com a gente, o calor humano dos barzinhos e choperias.”

Karla também participou de lives solidárias, contabilizando 3 até o momento. Mas, sem dúvidas, um momento marcante desta ‘temporada’ de lives foi a solidariedade do público para com ela.

“Graças a Deus, tenho pessoas que eram fãs e viraram amigos de verdade, e que naquelas 50 lives grande parte deles resolveu doar um valor em forma de cachê pra mim. Teve bastante gente do ‘Fã Clube Karla Mantovani’ que me ajudou financeiramente, e eu sou muito gratas a eles. Se eles sentiram a vontade de me ajudar, é porque eles gostam mesmo do meu trabalho. Eu resisti um pouco no começo, mas não teve jeito, eles mesmos fizeram uma vaquinha e trouxeram pra mim.”


Como é legal ver que, apesar das dificuldades, cada um deles estão conseguindo se reinventar e, de uma forma ou de outra, ajudando quem mais precisa e sendo também ajudados, não é verdade? ? Vamos conhecer e valorizar nossos artistas, Jundiaí! Ah, e não esqueça que acessando nosso portal de eventos você encontra tudo que tá rolando, viu? ?


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