Primeiramente, temos que saber o que é o Bullying para depois combatermos. E a palavra tem origem na língua inglesa, no verbo “to bully”, que significa o ato de ameaçar, agredir ou intimidar uma pessoa indefesa.

E agora vamos pensar: o que o esporte tem a ver com isso? Adrieli Regina Benedicto, tem 32 anos, leciona aulas de judô há pelo menos sete anos. O esporte pode parecer violento para quem não conhece, mas, na verdade, é recomendado pelos médicos para crianças diagnosticadas com autismos, síndrome de down e hiperatividade.

Adrieli representando Jaú em um campeonato – Foto: arquivo pessoal

“O esporte, como todos sabem, é contra toda prática de violência. Eu, como professora pedagoga e sensei (professora) de Judô, sei as diferenças entre crianças que praticam e não praticam atividades físicas. O esporte tem como princípio respeito ao próximo. No caso do judô, o alteta precisa respeitar seu adversário e isso por si só já diz tudo. No esporte você aprende a canalizar sua agressividade, suas frustrações e suas dores, ou seja, você tem controle sobre suas emoções. E isso ajuda muito no convívio social”, destaca Adrieli.

Professora com os alunos durante um treino – Foto: arquivo pessoal

Por isso, uma data foi criada para conscientizar a sociedade sobre os problemas causados pelo bullying e estimular a reflexão sobre o tema.

“No meu caso, que trabalho na escola e nos tatames, escuto muito das mães: ‘Você é professora de Judô, queria colocar meu filho em alguma luta para ele não apanhar mais na escola ou aprender a se defender quando baterem nele.’ A maioria das pessoas pensam assim, mas o que falo para as mães é realmente o contrário, no esporte você aprende a se defender, mas não aprender a utilizar o que aprendeu na luta no dia a dia ou em uma briga. O que você aprende no esporte você usa no esporte! A criança leva para a vida a máxima de respeitar os adversários, aprender a cair e levantar e a ter disciplina“, comenta Adrieli.

Aluno durante as aulas na pandemia – Foto: arquivo pessoal

PREVINIR É OMELHOR REMÉDIO

Para a psicóloga Marina Aleixo, o primeiro passo para a prevenção é a conscientização do problema, a percepção e a aceitação de que bullying não é brincadeira e, sim, uma forma de violência, causadora de grandes dores físicas e emocionais.

“Em casa, os pais devem alertar os filhos sobre o que é o bullying e como eles devem agir. Que as crianças devem falar com um adulto de confiança na escola e comunicar os pais sobre o que está acontecendo“, explica a psicóloga.

 Pais, responsáveis e todos os envolvidos no ambiente escolar devem estar atentos:

“As escolas devem investir em programas de prevenção, conscientizando o que é, quais as consequências que podem gerar como o isolamento e a baixa autoestima“, ressalva Marina.

Marina Aleixo – Psicóloga -Foto: arquivo pessoal

A intervenção com a vítima pode ser ajudá-la a arranjar estratégias para lidar com a situação, estratégias que promovam a sua autoestima e o seu poder pessoal.

 “Tomar consciência dos próprios pontos fortes, mostrar uma atitude de afirmação ao agressor, dizendo que não vai mais permitir que continue a ter este comportamento ou ignorando e virando-lhe as costas, irá transmitir ao agressor um desconforto de que ele perdeu o controle que antes tinha sobre aquela vítima”, cita a psicóloga.

O recurso a terapia em grupo ou individual são formas eficazes de atuar neste tipo de situação, é de extrema importância ajudar psicologicamente crianças e jovens.


Vamos juntos construir um mundo melhor?

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