Diego Adriano Dias é dono do Sheik Shawarma, um food truck bem conhecido aqui em Foz do Iguaçu e também de uma história surpreendente e inspiradora.

Diego começou trabalhando na loja do sogro em um shopping de Colombo. Em 2014, conseguiu comprar uma pequena loja em Curitiba e, junto com a esposa, assumiram a antiga Kadosh. O lugar era pequeno e tinha capacidade para doze pessoas, mas foi ali que aprenderam os verdadeiros desafios do empreendedorismo. O sucesso veio tão rápido que dentro de seis meses a média era de 160 lanches por dia, sendo que no início a média era de 15.

Mas nem tudo é flores. Apesar do sucesso começando a florescer, Diego foi diagnosticado com câncer no testículo em 2015. Começou com um pequeno desconforto, mas pela presença de câncer no histórico familiar, ele procurou médicos e foi negativamente surpreendido. Então, ele vendeu a loja e veio para Foz fazer o tratamento. Graças à ajuda da agora vereadora Rosane Bonho, conseguiu ser atendido pelo SUS e fazer a primeira cirurgia. Logo depois, houve uma segunda leva de exames em que o médico detectou mais dois tumores: um no tórax e outro no abdômen.

Foto de acervo pessoal

Como resultado da cirurgia, a produção de espermatozoides caiu e, com a quimioterapia, cairia ainda mais. Por isso, ele voltou para Curitiba e junto com a esposa, decidiram ter o segundo filho. Seguindo com o tratamento, Diego teve problemas estomacais, sua pele tomou um aspecto acinzentado e o cabelo caiu, da mesma forma que a esposa teve problemas de pressão em decorrência do estresse. Foi uma época tão complicada que o casal passou boa parte da gravidez distante um do outro.

Falando disso agora é tranquilo, mas na época o desespero vinha sempre

A segunda etapa dessa história é o tratamento dos dois outros tumores. A única chance de cura viria com mais cirurgias, mas o caso de Diego era complicado: sabiam onde os tumores estavam, mas não precisamente. Ou seja, o risco era enorme. Ante o impasse, a coragem veio de orações, Diego pedia respostas, se conseguiria ver o filho crescer. A certeza veio de uma conversa com uma amiga, que garantiu “Deus te deu esse filho e você vai criar.” A partir disso, Diego seguiu com as cirurgias de cabeça erguida, apesar do medo ser um constante e inconveniente acompanhante.

As cirurgias foram contextos contrastantes: enquanto a do abdômen durou cerca de sete horas, a do tórax durou cerca uma hora e meia. Era esperado que Diego ficasse na UTI, e que só recebesse alta depois de quatro dias internado. Porém, como o procedimento foi bem melhor que o esperado, pôde pular a UTI e sair no terceiro dia.

Quando o câncer virou águas passadas, a história dele toma o rumo do Sheik Shawarma. A família veio para Foz do Iguaçu e eles finalmente puderam recomeçar um negócio. Desde então, o crescimento veio exponencialmente e agora Diego só tem a agradecer. Ele aprendeu a arte da comida árabe e agora consegue fazer com que o cliente “coma primeiro com os olhos.”


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