Um araçari-castanho (Pteroglossus castanotis) teve as penas transplantadas após ser resgatado pela Polícia Ambiental – Força Verde e levado ao Parque das Aves. O pássaro chegou no dia 22 de junho clinicamente comprometido. Uma das asas tinha as penas cortadas para contenção de voo.

Após receber os cuidados necessários da equipe, o animal passou pelo transplante de penas para reabilitar sua capacidade de voo. Segundo Paloma Bosso, diretora técnica do Parque, o procedimento visa fazer com que a ave volte a voar imediatamente.

A plumagem faz parte da anatomia da ave. É responsável não só pelo voo e coloração, mas também para o isolamento térmico

Paloma conta ainda que dessa maneira a ave jamais sobreviveria na natureza, pois a impossibilidade de voar a tornaria um alvo fácil para predadores.

O animal passou por um período de isolamento e adaptação a uma dieta adequada antes de ser colocado junto com outros da espécie. No momento, está no manejo do recinto Aves de Rios e Mangues e parece estar voando normalmente. Entretanto, os veterinários farão uma nova avaliação quando for liberado para voos de maiores distâncias no recinto.

Foto: imagem de acervo público

Técnica antiga

O procedimento de implante de penas é uma técnica antiga utilizada principalmente na falcoaria e em centros de reabilitação. Durante o procedimento, as penas de um banco de penas são transferidas para aves que apresentam penas cortadas ou quebradas. Isso ajuda a restabelecer a capacidade de voo enquanto aguardam a troca das penas, quando as implantadas serão naturalmente substituídas.

Com lascas de madeira e cola, unimos a pena do banco ao canhão da pena do animal, respeitando a ordem e o lado de cada

Ela acrescenta que o procedimento não é invasivo e não há dor, pois as penas não têm terminações nervosas.

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