A vocação para o modão de viola é inexplicável e acompanha a vida de algumas pessoas ao longo de toda a história. O cantor de moda de viola Kel Werneck, 46 anos, sabe bem o que isso significa.

Ele começou a cantar e tocar seu violão em bares ainda criança, aos 14 anos, quando trabalhava na roça.

Kel explica que viu duplas famosas surgirem e desaparecerem enquanto seguia sua trajetória no violão. Ele toca sucessos de Tonico e Tinoco, Pedro Bento e Zé da Estrada, Pena Branca e Xavantinho, dentre outros cantores tradicionais.

“Acompanhei o início do Zezé di Camargo e Luciano; João Paulo e Daniel; Tonico e Tinoco e outros tantos. Talvez por essa razão e por estar a tanto tempo na estrada, me acostumei com o famoso modão sertanejo”, explica.

Werneck relembra o passado com nostalgia e fala de um tempo, há mais 15 anos, quando em dupla conseguiu posicionar uma canção entre as 100 mais tocadas nas rádios de Botucatu.

“Montei duas duplas que não deram certo e desde então parti para a carreira solo. Somente agora, no últimos três anos somei forças com o Fernando Rantim. Mas, ainda não oficializamos uma dupla, não temos recursos para esse compromisso, entretanto estamos na batalha dividindo o mesmo sonho”, diz.

Como quase todo artista vocacionado Werneck não consegue viver apenas de sua arte e eventualmente atua como disque-entregas. “Acabo não tendo muito tempo para vender meus shows. Me apresento quando sou convidado, e vou onde me chamam, pode ser no barzinho, casamento, festas; enfim, não nego trabalho tem espaço para uma moda de viola eu estou lá”, revela.

Tocando em bailes e bares

Um dos locais que sempre conta com a presença de Werneck e Fernando Rantim é o Restaurante Castelinho, onde ele divide com a plateia seu sonho da profissionalização. “Ainda não comecei realmente a divulgar meu trabalho estou desenvolvendo meu portfólio musical e pensando em estruturar uma equipe”, diz.

Werneck tem vocação para o modão e não tem dificuldades com o repertório musical ou preparar as apresentações com antecedência. “São muitos anos de estrada e cantoria, e porque tenho todas as letras acumuladas na cabeça. Quando nos apresentamos em bares e lanchonetes fazemos a vontade da plateia. Prefiro essa relação mais próxima com o público”, diz.

Se você ficou interessado no trabalho de Werneck a melhor forma de conhecer de perto será nos dias 16 e 22 de fevereiro em sua apresentação no Castelinho. Nos dias 24 e 28 de abril o artista anima o público na Estância Jacutinga, sempre na hora do almoço.

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