Artur Galindo é um fotógrafo que está preparando uma exposição que mescla sensações e imagens para serem admiradas por cegos.

Ele é um fotógrafo diferente, otimista, daqueles que sempre enxergam o copo meio cheio. Essa sensação boa é repassada em seu perfil no Facebook onde compartilha fotos da Cuesta de Botucatu e de passeios pela cidade.

Artur Galindo é um fotógrafo diferente, otimista, daqueles que sempre enxergam o copo meio cheio. Essa sensação boa é repassada em seu perfil no Facebook onde compartilha fotos da Cuesta de Botucatu e de passeios pela cidade.

Porém um dia Galindo percebeu que o copo meio cheio não estava tão pleno como esperava. “Busco sempre fazer uma troca de energia com a natureza, com Deus! Entretanto, após a montagem da primeira exposição, surgiu uma questão: como um cego poderia perceber minha exposição? Eles também têm o direito de ao menos ter sensações das belezas que nos rodeiam. Isso faz parte da troca”, diz.

A possibilidade de aproximar as sensações dos deficientes visuais o atormentou por alguns dias até que teve uma ideia. “Pensei em levar objetos e elementos naturais das imagens para perto dos amigos com dificuldade de ver e assim desenvolver seus sentidos, cheiros e a percepção tátil”, explica.

Em 2015 ele começou o trabalho e desenvolveu uma exposição, utilizando maquetes de monumentos como a Igreja da Santo Antônio (Rubião Júnior), skate para simbolizar uma foto de manobras dos esportistas, cera de abelha para simbolizar uma imagem onde uma abelha repousa entre seus dedos, dentre outros elementos para que os deficientes visuais tocassem.

“Acabei fazendo a exposição em vários lugares. Como o cartório Eleitoral e praça pública e a reação dos amigos especiais foi espetacular e emocionante. Experiência única”, relata.

Fotógrafo prepara segunda exposição sensitiva

Artur Galindo na exposição que mescla sensações e imagens para cegos
Artur Galindo apresenta uma maquete de igreja para que deficiente visual possa sentir a arquitetura do monumento

Agora Galindo prepara a segunda edição da exposição que mescla sensações e imagens. Porém precisa de apoio para a ampliação das imagens e outros custos inerentes ao projeto. “Vou trabalhar uma nova roupagem. Retomei o sonho, mas para realizar uma nova experiência com uma abordagem muito diferente e divertida junto aos amigos especiais. Espero um pouco de apoio e incentivo”, antecipa.

A proposta já está definida e Galindo já desenvolveu o roteiro para as fotos e revela que pretende ir atrás dos deficientes visuais reclusos. “Acredite. Existem deficientes visuais que nunca ouviram falar de uma grande escola dentro do nosso município. Como o NAPE e posso garantir, que se alguém tem a vontade de conhecer um super-herói de perto e se deparar com um cego andando sozinho na rua, bingo. Você encontrou um herói que dá de mil a zero naqueles das telinhas”, diz.

Agora, a intenção é recolher os itens sensoriais no momento em que vai fazer as fotos. “O resultado será inusitado, mas creio que será lindo. Estou preparando tudo com muito carinho”, antecipa.

Fazendo amigos enquanto trabalha

Com a primeira exposição Galindo conquistou amigos e reconhecimento recebendo Moção de Congratulação da Câmara Municipal da cidade através de requerimento do vereador Carlos Trigo, que é deficiente visual.

Gostou da ideia? Quer ajudar? Entre em contato com Galindo através de sua página pessoal do Facebook e se torne parceiro dessa iniciativa que faz de Botucatu uma Cidade Maravilhosa.

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