O teatro é uma das mais antigas artes surgidas na Grécia. Seu diferencial é ser ao vivo, momentâneo e possível de ver apenas por um ângulo de cada vez. A beleza desta arte está, inclusive, pelo fato dos atores não saberem qual será a reação do público

Animação baseada em Hamlet, obra de Shakespeare (Reprodução: site Giphy)

A acadêmica de jornalismo Tainara Borborema é uma destas apaixonadas pela arte do aqui e agora. Ela fez um macaco alado na peça “A terra encantada de Oz. Atualmente, não faz mais o curso por estar na faculdade, e conta que sempre volta ao Sesi para assistir aos alunos.

Tainara fala que o teatro mudou toda a sua dinâmica de vida, já que proporcionou um conhecimento pessoal mais amplo e também possibilitou um olhar mais crítico diante da realidade e da sociedade.

Macacos alados com a Bruxa Má. Tainara é a primeira a direita. (Reprodução: arquivo pessoal)

Há quase 15 anos o Sesi Birigui oferece aulas de teatro gratuitas para pessoas de 8 até 90 anos, uma oportunidade para os apaixonados por teatro ou, simplesmente, para aqueles que desejam ser menos tímidos. A unidade movimenta a cena cultural e despertas paixões.

Os cursos semestrais são os de iniciação teatral, com quatro turmas dividas por idade: 8 a 12 anos, 12 a 15 anos, 15 a 17 anos e, a novidade, turmas acima de 18 anos.

Há também o curso anual, conhecido como Múltiplas Linguagens, oferecido a adultos com mais de 18 anos que buscam aprimorar o estudo das artes cênicas, por meio do processo de montagem teatral. Ao final do curso, os alunos poderão montar e apresentar um espetáculo teatral no projeto Cena Livre, feito com todas as unidades do Sesi.

A montagem do ano passado foi referente ao tema: “Por que a criança cozinha na polenta“, baseada no livro de Aglaja Veteranyi. O espetáculo contava a história de uma criança que era filha do palhaço e da mulher que se pendura pelos cabelos no circo. Ela e a irmã reinventam a realidade atrás de uma lenda romena na qual se cozinha a criança na polenta.

Histórias de quem fez

Um dos protagonistas dessa história foi Renan Augusto Castro Dia. Ele faz teatro no Sesi desde os 16 anos e já passou por diversos grupos lá dentro. Além disso, o rapaz explica o motivo de gostar tanto da arte:

No teatro mexemos o corpo, trabalhamos a mente, rimos e choramos muito. Sinto falta dessa mistura de sentimentos e dos amigos

Também encenou “Por que a criança cozinha na polenta” a atriz Annelisa Gregolis. Ela começou no teatro aos 30 anos e hoje espera a aprovação para participar pela terceira vez do curso Múltiplas Linguagens.

Eu sempre ia assistir às apresentações de teatro no Sesi e sempre saía de lá com vontade de estar do outro lado, no palco e não na plateia.

Conta Annelisa
Annelisa em cena no ano passado, ao lado esquerdo. (Reprodução: divulgação do Sesi)

Outra história é a de Larissa Gomes Xavier, que se apaixonou pelo teatro ainda na infância mas que ao passar do tempo tornou-se uma adolescente tímida. Aos 15 anos voltou a fazer teatro e, hoje, aos 19 sente falta dos dias em cena.

Posso afirmar que mudei muito ao longo desses dois anos, não só me aprimorando nos palcos mas também pessoalmente.
Melhorei minha habilidade de trabalhar em grupo, de me comunicar, me tornei mais tolerante, quebrei preconceitos que antes eu nem sabia que tinha…

Finaliza ela.
Larissa, a esquerda, foi um dos macacos alados e sua amiga Raquel, a direita, foi uma cidadã perolense (natural da Cidade das Pérolas) em sua apresentação de “A terra encantada de Oz” (Reprodução: arquivo pessoal)

No final de 2015, minha amiga que fazia teatro no Sesi me convidou para assistir a peça que eles ensaiaram durante todo o ano. Era “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”. Quando eu assisti essa peça fiquei encantada. Há anos não assistia uma peça de teatro e aquilo me despertou uma vontade imensa de voltar a atuar. Eu cheguei em casa naquela noite e, com muita insistência, consegui convencer meus pais a me inscreverem no curso, visto que eu moro longe do Sesi.

Conta Larissa.

Larissa faz faculdade de jornalismo e acredita que aprende muito culturalmente e sabe se portar bem com as pessoas graças ao curso. Ela também decidiu que seguirá carreira em Jornalismo Cultural.

Também foi um macaco alado em “A terra encantada de Oz”, a atriz Raquel Barboza, que começou aos 16 anos no Sesi Birigui e decidiu que esta seria sua profissão. Ela fez o curso durante dois anos e prestou vestibular para Artes Cênicas em 2017.

Acho que a maior dificuldade que eu tive era tentar mostrar aquilo que eu tinha na minha cabeça. Tinha muita coisa que eu queria mostrar e eu não conseguia, por timidez. Mas na maioria das vezes eu me sentia muito competente de estar ali, acho que se eu me jogasse sairia muitas coisas bonitas.

Explica Raquel sobre seu início no Sesi Birigui.
Alunas do Sesi Birigui após a apresentação de “A terra encantada de Oz”, Raquel é a primeira acima e do lado direito. (Reprodução: arquivo pessoal)

Atualmente, ela está em seu último ano em artes cênicas no Célia Helena Centro de Artes e Educação, em São Paulo. Além disso, Raquel fez cursos extras de atuação, e encontrou a sua vocação, afinal, não consegue mais ver sua vida sem o teatro.

Arquivo pessoal de apresentações e exercícios cênicos de Raquel.

Raquel é de Araçatuba mas isso não a impediu de participar do curso. Ela ainda conta que se o teatro for mesmo o seu lugar, não há nada que possa te afastar dele.

Faça sua matrícula

Até sexta-feira, 7 de fevereiro, as inscrição são apenas para alunos do SESI, beneficiários da indústria e seus dependentes. E a partir de 11 de fevereiro, segunda-feira, a comunidade em geral pode matricular-se também.

Saiba mais AQUI.


Confira essa e outras histórias da cidade no site da Solutudo Birigui!

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