Os profissionais da saúde devem ser celebrados todos os dias por serem os responsáveis por amparar e garantir o bem-estar de toda uma população.

Hoje, mais do que nunca, o trabalho dessa classe deve ser valorizado- são eles que estão na linha de frente no combate ao Coronavírus, colocando suas próprias vidas em risco por um bem maior: cuidar das pessoas.

Heróis Reais. GIF: Reprodução/Site Giphy

Hoje, 12 de maio, é comemorado o Dia da Enfermagem, e para conhecer um pouco mais sobre a profissão e entender como está sendo todo o trabalho de combate ao COVID-19, nós batemos um papo com a Juliana Vaz, de 37 anos, Técnica de Enfermagem em Birigui.

O despertar do interesse

Juliana nos conta que, desde criança, sempre escrevia “Enfermeira” quando os trabalhos da escola perguntavam “o que você vai ser quando crescer?”. Nunca houve dúvidas sobre a profissão que queria seguir, portanto, em 2011, ela se formou como Técnica de Enfermagem e, hoje, atua na área há 14 anos.

Foto: Arquivo Pessoal

A linha de frente do combate ao COVID-19

Os profissionais da saúde são os mais afetados no combate à pandemia que estamos enfrentando- é um momento de muita pressão psicológica e atenção redobrada.

Trabalhamos paramentados e com o máximo de cuidado, tem que estar atento o tempo todo. Chega um certo momento em que a máscara machuca o nariz, a touca dá dor de cabeça, o óculos pesa atrás da orelha, parece que tudo incomoda, mas são necessários, é nossa proteção

Juliana nos conta que, em seu local de trabalho, eles têm escalas para o setor de isolamento, onde estão os pacientes contaminados ou suspeitos, e para adentrar essa área é necessário fazer o uso de uma vestimenta especial.

Foto: Arquivo Pessoal

A Técnica em Enfermagem também diz que vários colegas de profissão foram afastados devido a contaminação, mas também há profissionais já curados, que puderam retornar à linha de frente.

Durante os plantões fazemos orações, alguns fazem jejum, por fim estamos todos preocupados, mas cada um apoiado em sua fé para que venham dias melhores. Tudo mudou, apesar de não existir mais o abraço, parece que o carinho e a preocupação entre os colegas de trabalho aumentaram e estamos mais unidos

Dentre as principais mudanças ocasionadas pelo vírus, é citado o fluxo de pacientes, que reduziu consideravelmente uma vez que a instituição onde ela trabalha está destinada a atender pacientes com síndrome gripal. Entretanto, a tensão é muito maior.

O convívio com a família

Além de Técnica de Enfermagem, Juliana também é casada e mãe de três filhos. Ela diz que passa o dia com as crianças, principalmente durante a fase de isolamento social. Contudo foram notadas várias mudanças na rotina da família.

Todo dia visitava minha mãe e a bisa, agora as visitas são raríssimas. Vamos nos adaptando, ajudamos a pequena com as tarefas escolares, o filho mais velho sempre me ajuda em tudo e a filha do meio se junta com o pai e tocam músicas para animar a família, assistimos filmes juntos, inventamos brincadeiras e fazemos bolo, muito bolos!

O apoio da família tem sido fundamental para Juliana durante esta fase.

Trabalhar na linha de frente é motivo de orgulho, poder de alguma forma fazer minha parte e contribuir para a melhora de alguém. Por outro lado existe a incerteza da contaminação, saio de casa, abraço e beijo minha família, todos eles me pedem para ter cuidado, e sempre fica a dúvida: Será que vou voltar pra casa contaminada e ainda contaminar os meus? Cuido de cada detalhe no trabalho para chegar em casa e poder abraçar novamente os meus amores

Foto: Arquivo Pessoal

Como posso ajudar durante a pandemia?

Enquanto profissional da saúde, Juliana pede que todos fiquem em casa, e, se for preciso sair, que todos os cuidados sejam devidamente tomados.

Alguns profissionais da saúde também estão sofrendo preconceito extra-hospitalar, pois a população teme a contaminação através dos profissionais, e Juliana pede respeito à classe:

Agradecemos os aplausos, mas o que realmente queremos é respeito e desejamos saúde e muita paciência. Sabemos que para alguns está sendo muito mais difícil que para outros, mas isso vai passar

Foto: Arquivo Pessoal

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