Você conhece o Projeto Cemeia? Sabia que, se quiser montar uma horta em casa, eles podem te ajudar? Que orientam sobre o plantio e o cultivo de diversas espécies? Ou ainda que organizam feirões de doação e troca de sementes?

O Projeto Cemeia, que é a abreviação de Centro Municipal de Educação e Identificação de Plantas da Agricultura Urbana, foi criado em novembro de 2019 e, desde então, desenvolve um trabalho de educação ambiental por meio da agricultura. Como parte do Programa Agricultura Urbana, nasceu de uma parceira da Secretaria de Agricultura e Abastecimento com a Secretaria de Educação, e tem como um dos principais objetivos difundir informações para que a população bauruense conheça a origem e o cultivo dos alimentos que chegam ao prato.

“Muitas vezes, a pessoa consome o café já em forma de bebida todos os dias, mas não conhece um pé de café. E aqui nós temos para que todos possam ter esse contato. Para quem já conhece e quer plantar em casa, fazemos as indicações. Para quem já tem e está com problemas, fazemos recomendações técnicas”, explica o técnico agrícola e responsável pelo Projeto Cemeia Mário Augusto Camargo.

Guto Camargo pontua que o foco não é a produtividade, mas sim a demonstração. Dessa forma, o espaço é voltado para visitas monitoradas que estão disponíveis para o público em geral, desde crianças em fase escolar até idosos que fazem parte de projetos sociais. Nesse contato com as plantações, há rodas de conversas e atividades práticas que proporcionam vivências relacionadas à agricultura.

Por conta das restrições impostas pela pandemia, as visitas em grupo foram prejudicadas, mas o atendimento individual seguiu contribuindo para a relação do projeto com os munícipes. “Cada um que vem aqui tem uma dúvida ou quer uma informação. Diante dos relatos, nós trabalhamos para oferecer as respostas mais adequadas. Assim, todos podem ver, por exemplo, como funciona o cultivo ou quanto espaço ocupa aquela planta que gostaria de ter. Os bauruenses vêm aqui, nos visitam e a gente traça juntos um plano para desenvolver o projeto nos espaços das pessoas”, explica Guto.

Atualmente, em um período de retomada, as visitas devem ser agendadas. Para isso, o contato pode ser realizado por e-mail (cemeia@bauru.sp.gov.br).

Foto: Divulgação

Feirões de doação e troca de sementes

Tomate-cereja, alface roxa, quiabo de metro, erva cidreira, mertiolate, melhoral, anador, losna, hortelã e mais! Durante os eventos, uma variedade de sementes é oferecida à população!

Os feirões de doação e troca de sementes são organizados de acordo com a disponibilidade do Projeto Cemeia e, até hoje, já foram três. “Quando a gente planta, naturalmente teremos sementes e frutas. Então, no nosso manejo, ou seja, a colheita ou a poda (tirando os excedentes), essas matrizes, que são sementes ou mudas, são geradas. Por isso, promovemos o feirão, que não é algo diário”, esclarece Guto.

Segundo o técnico agrícola, já foram distribuídas cerca de seis mil sementes e 180 mudas. “Limitamos as doações a cinco sachês por pessoa. Acima disso, pedimos um ou dois litros de leite, por exemplo, para controlar a quantidade, o que permite que a gente atenda e ajude mais pessoas. Assim, esses números são relevantes. Ter uma rotatividade de 200 pessoas de fato interessadas, para nós, é muito significativo”, analisa.

Foto: Divulgação

Estruturas

Para promover a aproximação dos bauruenses com a agricultura e os alimentos orgânicos, existem espaços voltados à demonstração dos elementos que envolvem o processo produtivo, como o sementário, o jardim sensorial e o hotel de insetos.

Guto lembra que o sementário foi montado logo no início do projeto. “São potes com sementes diferentes em termos de formato, de coloração ou de tamanho. Assim, nós trabalhamos com os aspectos curiosos de casa uma”, acrescenta.

Já o jardim sensorial é um espaço formado por plantas medicinais. “Nós temos aproximadamente 70, desde o conhecido boldo, que tem propriedades digestivas, até plantas como estévia (quanta gente não consome o adoçante e não conhece a planta?), cânfora, anador, doril e vick, que são nomes populares cujos princípios ativos são extraídos pela indústria”, destaca Guto Camargo.

Já o hotel para insetos é uma espécie de casinha. Segundo o responsável pelo Cemeia, trata-se de uma caixa com vários ambientes, como casca de árvore, rolha, bambu e pinha. “É uma ferramenta a mais para mantê-los aqui. O inseto é muito importante para a agricultura! As pessoas acham que os insetos estão presos, mas não é isso. É um instrumento espontâneo: se não achou um abrigo melhor, ele se hospeda aqui”, informa Guto.

Curiosidades sobre as plantas

O responsável pelo projeto destaca algumas plantas presentes no local e suas curiosidades. A primeira é a araruta, cuja raiz substitui a farinha de trigo, o que pode ser uma boa opção para os intolerantes.

Em seguida, temos a árvore moringa, conhecida pelos veganos por ter tanta proteína quanto a carne; a taioba, marcante na cozinha mineira; a vinagreira ou umê, da cozinha oriental e maranhense; e o quiabo de metro.

Projetos sociais

Além de todas as atividades promovidas, o Projeto Cemeia é um espaço importante para projetos sociais da cidade. De acordo com Guto Camargo, há parcerias com a Fundap, a Fundação do Desenvolvimento Administrativo, e a AELESAB, que são os Programas de Integração e Assistência à Criança e Adolescente, e cada uma tem ações variadas. Assim, o Cemeia recebe públicos muito diversos, como crianças, idosos, acolhidos e residentes.

“Uma relação que a gente mantém e tem trabalho aqui dentro é a Casa de Passagem Esquadrão da Vida. Uma vez por semana eles vêm aqui. A gente cedeu um espaço para e eles que cuidam: preparam o canteiro, plantam, colhem e fazem todo o manejo”, evidencia o responsável pelo projeto.

Serviço

  • O Projeto Cemeia funciona nas dependências do Almoxarifado Central da Prefeitura, na esquina da quadra 42 da Avenida Rodrigues Alves com a rua Hélio Pólice, no Redentor. 
  • Contato: cemeia@bauru.sp.gov.br

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