Dia 28 de junho é uma data de alegria, mas também de reflexão em todo o mundo. Hoje, celebra-se o Dia Internacional do Orgulho LGBT+.

Diversas cidades em países ao redor do globo costumavam realizar paradas e desfiles que contavam com milhões de pessoas. Aliás, você sabia que uma das maiores do mundo era brasileira? Pois é! Acontecia na cidade de São Paulo. Para se ter uma ideia da dimensão da coisa toda, em 2019, mais de 3 milhões de pessoas participaram do evento!

No entanto, com a pandemia de Covid-19, esse dia de celebração e conscientização precisou ser adaptado. Pelo segundo ano consecutivo, a parada LGBT+ foi realizada de forma virtual! Com atrações musicais e uma programação com diversas opções de entretenimento, o tema de 2021 foi HIV/Aids: Ame + Cuide + Viva +. Isso porque, em 2021, faz 40 anos que o primeiro caso da doença foi diagnosticado no Brasil. Com isso, a ideia foi desmistificar os preconceitos em torno do tema e trazer informações para contribuir com a prevenção.

Diante de todo esse cenário, resolvemos contar por aqui a história por trás do Dia do Orgulho LGBT+. Afinal, relembrar os fatos é entender toda a caminhada que foi necessária para chegarmos até os dias atuais!

Origem da data: a Revolta de Stonewall Inn

Para entender tudo, temos que voltar meio século no tempo, mais precisamente em 1969. Os anos 1960 não eram nada fáceis para a comunidade LGBT+ nos Estados Unidos. Proibições, preconceito e violência policial eram a realidade dessas pessoas em níveis ainda maiores do que os atuais.

Stonewall Inn era um bar de Nova York voltado para este público, um lugar de refúgio para quem buscava liberdade. “Era um lugar seguro para nós”, afirmou ao The New York Times Mark Segal, um frequentador daquela época. “Quando as pessoas entravam no Stonewall, elas podiam andar de mãos dadas, se beijar e, o mais importante, era possível dançar”, relatou.  

Fachada do Stonewall Inn durante os anos 1960. (Foto:Wikimedia Commons)
Fachada do Stonewall Inn durante os anos 1960. (Foto:Wikimedia Commons)

O dono do bar era o mafioso Tony Lauria, mais conhecido como Fat Tony. A máfia novaiorquina se aproveitava de uma lei da época que proibia a venda de bebidas alcoólicas para estabelecimentos considerados “gays”. Assim, Tony subornava a polícia e vendia uma bebida aguada a preços exorbitantes para esse público, que não possuía outras alternativas.

No dia 28 de junho daquele ano, a polícia entrou no bar para fazer uma batida, quebrando o acordo feito com o mafioso. Segundo os frequentadores, a força policial ameaçou os empregados por vender bebidas ilegais e prendeu vários clientes por conta das roupas “inapropriadas”.

Foi então que tudo começou. Inconformados com a repressão, o público do bar reagiu violentamente, fazendo ofensas e atirando objetos contra os policiais. “A dor, a raiva, a frustração, a humilhação, a constante insistência, a constante agitação que causaram em nossas vidas: agora era a hora de se livrar disso tudo”, disse o frequentador bar, Martin Boyce, ao The New York Times. “Não precisava machucar um policial, não precisava machucar ninguém, só precisava gritar”, disse.

Não há registros de mortes durante a revolta.

Stonewall Inn atualmente. (Foto: Wikimedia Commons)
Stonewall Inn atualmente. (Foto: Wikimedia Commons)

Dessa forma, em 1970, dez mil pessoas se reuniram para comemorar um ano da revolta: era o início das atuais paradas LGBT+. Stonewall Inn segue aberto até os dias de hoje e foi tombado como patrimônio nacional dos Estados Unidos. Como forma de homenagear o acontecimento, tão importante para a causa, o dia 28 de junho se transformou no Dia Internacional do Orgulho LGBT+.

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