Nossa cidade é cheia de mulheres incríveis!

Para comemorar o Mês da Mulher, resolvemos contar a história de algumas bauruenses inspiradoras, como as motoristas Alessandra e Daiane, por exemplo.

Mas, na história de hoje, a mulher inspiradora não fica atrás de um volante e sim em uma academia de luta.

Rosângela Selas Jorge Gomes (46) é professora de Muay Thai -arte marcial tailandesa conhecida pelo uso conciliado de mãos, braços e pernas- há 13 anos e inspira outras mulheres a aprenderem a lutar.

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Rosângela é inspiração para as alunas. Foto: arquivo pessoal

Paixão por luta

“Sempre estive dentro do ringue, exceto pelo período em que estava grávida dos meus dois filhos. Também já lutei três vezes em campeonato e em um, saí vitoriosa!”, relembra a professora com orgulho.

Desde 1989, Rosângela, estimulada pelo marido, pratica Muay Thai na academia fundada por ele na cidade de Piraju.

Comecei a treinar quando eu e meu marido éramos namorados. Nos casamos e continuei firme nos treinos. Lembro que a grande maioria dos alunos era homem, mas nem me importei. Fui me tornando cada vez mais apaixonada pelo esporte.

Em 2007, ainda em Piraju, passou de aluna à professora e, alguns anos depois, em 2010, conquistou a tão sonhada faixa preta.

O desejo de Rosângela de tornar-se professora surgiu quando ela notou que os treinos passados para ela eram diferentes dos passados para os homens.

A lutadora queria poder passar treinos iguais para ambos gêneros e fazer com que mais mulheres se interessassem pelo esporte.

Eu não tenho turma só de mulher porque tudo que eu ensino pros homens, as meninas são ensinadas também, Quando eu era aluna, queria aprender tudo e não passavam porque era muito violento. Depois. quando fui lutar, senti a diferença nos treinos. Não quero que isso aconteça com as alunas. Elas são 60% da academia que dou aula e, vou te falar, viu? Muitas batem mais forte que homens!

conta a lutadora orgulhosa
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A professora não se deixa abalar por comentários maldosos e continua treinando e dando aula. Foto: Reprodução/Facebook

Inspiração e motivação

Defesa pessoal, condicionamento físico, alívio de estresse, elevação da auto estima e outros benefícios vêm com a prática do Muay Thai.

Porém, para quem se interessa pelo esporte, infelizmente, é preciso lidar com machismo, como fez Rosângela em diversas situações, tornando-se referência para muitas alunas.

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Desde que descobriu o interesse por luta, Rosângela foi atrás e quis aprender cada vez mais. Foto: arquivo pessoal

“Dentro da academia não sofro machismo por parte dos professores, mas já aconteceram situações bem chatas com alunos que duvidaram do meu profissionalismo por ser mulher“, relata.

Segundo a professora, é preciso levar em consideração que o machismo e preconceito estão em todos os lugares, portanto, a única saída é continuar buscando o que amamos e enfrentando os desafios que vierem.

Uma vez estava dando aula e um aluno entrou e saiu no mesmo pé. Disse que só tinha aula com profissionais e com lutadores, que não queria ter aula com mulher. Um amigo viu e saiu atrás dele e o convenceu a fazer uma aula. Depois de algum tempo, ele me pediu desculpas. Quando aconteceu, fiquei chateada, mas busquei mostrar que sou boa no que faço e tão capaz quanto qualquer homem

finaliza orgulhosa

Viu só como nossa cidade tem mulheres incríveis?

Vamos valorizar as profissionais locais e respeita-las!


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