Você já deve estar sabendo que segunda-feira da semana passada (18) ocorreu um acidente de trânsito na nossa cidade e a atitude nobre de um policial bauruense ganhou repercussão na internet, certo?
Para quem não lembra, uma moto acabou colidindo com um ônibus no cruzamento das ruas Antônio Alves e Ezequiel Ramos.
Na colisão, uma mulher de 31 anos que estava na garupa da moto, faleceu, e uma grande aglomeração em torno dos veículos começou.

Empatia em meio ao caos
Ao avaliar o local da fatalidade, o cabo André Gustavo Ferreira da Silva, que está na profissão há quase 19 anos, reparou que o motorista do ônibus elétrico encontrava-se sentado no assoalho do veículo chorando, em estado de desespero.
Eu o chamei pelo nome algumas vezes e o fiz descer do ônibus. Então, o abracei bem forte. Ele chorou, dolorido, e eu apenas disse que estava ali para ajudá-lo
A cena do policial abraçando o motorista acabou viralizando nas redes sociais e servindo de exemplo de amor e compaixão.
André nos conta que já participou de ocorrências chocantes, nas quais é difícil encontrar palavras que amenizem a dor e sofrimento das vítimas.
Segundo ele, os policiais são treinados para lidar situações em que os envolvidos estão fragilizados emocionalmente. Por isso, decidiu agir e transmitir palavras de segurança ao motorista.
Acredito que uma atitude de carinho em meio ao caso faz com que a pessoa que está vivendo a situação não venha a sofrer danos maiores ainda
Sensibilidade
No caso desta ocorrência, André comenta que ‘foi bastante peculiar porque naquele momento eu senti que precisava fazer alguma coisa, afinal, ele estava muito abalado e parecia que não suportaria o choque da situação”.
Apesar de toda a beleza na atitude do cabo, a situação não acabou assim, não.
Houve preocupação em saber como o motorista se sentiu depois do ocorrido. Por isso, um membro do Sindicato dos Motoristas de Bauru enviou uma mensagem de agradecimento a André.
Aproveitando a oportunidade, o cabo pediu o contato do motorista que havia abraçado: “temos nos comunicado todos os dias e já até marcamos um café para nos reencontrarmos pessoalmente. Tenho certeza de que ele superará essa experiência triste”.
Em meio a uma situação tão traumática e triste, vimos um ato de amor em terras bauruenses. Que maravilha, né? Parabéns ao policial!
Gestos e palavras possuem o poder de quebrar traumas e impedir que eles se tornem profundos. Nós, policiais, somos seres humanos, apesar de cobertos com a armadura. Estamos em meio a toda essa violência urbana para combatê-la. Devemos e podemos usar o amor e empatia nessa missão
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